Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

domingo, 27 de abril de 2014

Guia masculino da separação: superando o término em cinco passos

Apesar de altíssimo o índice de separações no Brasil – mais de 8 em cada dez casamentos acabam - , as pessoas continuam dando festas caríssimas e,  o pior: as religiões só se preocupam com a preparação para o casamento: jamais fazem uma preparação para a separação. Décadas atrás li um livro que vinha na contramão deste mau costume. “A Arte de Separar-se”, de Edoardo Giusti é excelente para ajudar quem vai dar este passo – para não se tornar um mau passo.
Li o texto na internet e achei pertinente. 

Guia masculino da separação: superando o término em cinco passos


Frequentemente nos pegamos conversando por telefone sobre separação com um amigo – isso quando não somos nós nessa situação. Se eles estão meio que chorando ou gritando do outro lado, você já até espera que seja um término. Aí você analisa o caso dele e percebe que o cara cometeu os erros típicos de um sujeito que acabou de terminar um relacionamento longo, e agora está se sentindo o mais solitário do universo. É bom ir com calma, rapaz! Segundo cientistas, um término pode realmente ser um momento difícil, tanto quanto se livrar de um vício.

O estudo sem precedentes, feito pela Rutgers University e publicado na edição de julho do Journal of Neurophysiology, examinou o cérebro de pessoas que haviam terminado seus relacionamentos e não conseguiam superar o seu relacionamento. “O amor romântico é um vício”, disse a autora da pesquisa Helen E. Fisher, antropóloga biológica. “É um vício muito poderoso. Maravilhoso quando as coisas estão indo bem e horrível quando as coisas estão indo mal”, afirma ela.
Se você é esse cara descrito nos parágrafos acima, amigo desse tipo ou conhece ele, não se desespere, pois há solução pra tudo nessa vida. Fique ligado nas cinco dicas sobre como superar o seu “vício” e não ser infantil quando terminar com ela. E NÃO SE APAVORE

 1.  Descubra por que você se separou
Algumas separações estão fora de nosso controle pois, na maioria das vezes, as partes envolvidas contribuíram para o fim de alguma forma. Em vez de gastar seu tempo desejando a morte da ex ou que ela pegue uma doença sexualmente transmissível com o novo pretendente, gaste seu tempo refletindo sobre seu relacionamento, prestando mais atenção nos erros que você pode ter cometido. Se necessário, escreva numa folha aquelas vezes que você errou feio e quase assinou o atestado de óbito do relacionamento.

Mesmo se sua ex tiver te traído, quase sempre há um motivo – descubra a fonte disso. Se você for capaz de controlar suas emoções durante uma conversa, pergunte a ela o que a fez seguir em frente, assim você mata a charada e enfrenta o jogo, porque superar, meu jovem, só depois de encarar essa mesmo.

2. Não destrua as memórias de vocês
Muitos homens terminam seus relacionamentos e passam a repugnar o amor e a felicidade, o que acaba fazendo com que eles tratem suas futuras namoradas como um jogo de vídeo game. Tudo parece um grande circo, porém com um único palhaço, e neste caso certamente não é a namorada. Digamos que esse ciclo precise ser interrompido para que o relacionamento não vire uma guerra.

E é claro que você deve se livrar das coisas que vão te fazer lembrar dela e chorar, mas vale manter certas memórias, aquelas que servirão de exemplo de como os tempos não foram sempre tão difíceis assim entre vocês. Se não houver essa correlação, outro relacionamento poderá começar, embora certos traumas te farão agir de maneiras que irão custar para sua nova parceira aceitar e entender.

3. Não durma com todas...ainda!
Após o término, o maior erro que os homens cometem é derramar suas lágrimas num mar de mulheres estranhas. Isso pode fazer você se sentir melhor no início, mas qualquer paquera que você tiver antes de estar recuperado do término recente poderá barrar seu progresso emocional.

Assim que você concluir sua meta de ficar com todas as menininhas da cidade, você vai acabar aonde começou – ou pior. Neste caso, seria recomendável ficar um tempo sem relacionamento sexual, pelo menos um mês ou o quanto for necessário. O conselho basicamente é: enfrente a fossa saindo dela, jamais fugindo.

4. Não tente se vingar da sua ex
Quando nosso coração está partido, começamos a ficar mais egoístas – é inevitável. O comportamento egoísta leva a hábitos egoístas, e hábitos egoístas levam a um estilo de vida egoísta, onde você perde o bom senso. Mesmo que a amiga gatinha da sua ex sempre tenha te dado umas olhadas suspeitas, é melhor você segurar a onda, e não se vingar saindo com a amiga bem agora. Em primeira instância é fácil comprar essa ideia, porém depois do serviço feito isso vai te fazer se sentir ainda mais idiota do que aquele “antigo você” que sua ex largou há algum tempo. Respeite-a mesmo quando ela não te respeitar. Isso o ajudará a se respeitar mais quando você finalmente se livrar desse carma.


5. Faça da escuridão sua aliada
Todos nós temos aquele período de reflexão em que ruminamos tudo o que aconteceu. A reflexão pode parecer triste para alguns, entretanto é um momento em que ficamos emocionalmente conectados com nós mesmos de uma forma que raramente acontece.


Explorar essas emoções obscuras é um jeito de se conhecer. Escreva, leia, ou produza músicas se você souber. Use o tempo que estiver sozinho para se conhecer fazendo algo criativo. Aproveite a fossa para aprender com a experiência terrível de se livrar de um “vício”.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O que nos realiza é o que nos motiva.

Muita tinta e papel (e linhas de computador) já foram gastos para falar de motivação. Eu mesmo já postei algo do gênero por aqui (veja: Trabalho, Motivação e Gratificação., publicado em 02/02/11). Ela é interna, externa? Todos a temos? Adquire-se?
Este texto , lido não sei onde, dá uma boa abordagem sobre o tema. Vamos a ele.



O que nos realiza é o que nos motiva.

Para sair da cama todas as manhãs, para ir ao trabalho diariamente ou cumprir a meta de três vezes por semana praticar uma atividade física, é preciso motivação. A definição desse sentimento está nas duas palavras que formam o termo, motivo e ação. Na realidade, estamos falando da razão que leva alguém a agir.

"A motivação pode ser entendida como algo que move uma pessoa ou que faz com que ela mude de direção, em determinado momento da vida", explica a psicóloga Mônica Rahal Mauro, supervisora do curso de Psicodrama do Instituto Sedes Sapientiae.

Essa força que nos leva a agir está diretamente ligada às nossas necessidades e vontades. "Estar motivado significa ir além para alcançar um objetivo específico. A motivação é um conjunto de fatores, que interagem entre si e que determinam a conduta de um indivíduo", diz a psicóloga Letícia Guedes, mestre em Psicologia pela PUC Goiás (Pontifícia Universidade Católica de Goiás).
Tornamo-nos  motivados a partir de fatos cotidianos, decorrentes de bons trabalhos ou boas ações que fazemos para nós mesmos ou para outras pessoas. A motivação, geralmente, está presente quando estamos empenhados em algo que nos deixa feliz, que nos realiza.
"Somos motivados tanto pelo desejo de avançar e conquistar pessoas, coisas ou posições, como também pela dificuldade, que pode disparar em nós um desejo de reação ou de mudança. A motivação está sempre ligada a um propósito", diz Letícia.
É a motivação que nos possibilita ter uma visão positiva da vida, já que ela influencia nossos pensamentos e sentimentos. "Se uma pessoa está desmotivada, provavelmente ela não está conseguindo agir de acordo com o que realmente deseja ou acredita. Só é possível sentir-se motivado quando as ações individuais têm um sentido", afirma Mônica.

A desmotivação, por sua vez, atrapalha o desenvolvimento pessoal, já que, segundo as especialistas, faz com que a pessoa se prenda demais aos obstáculos e perca os objetivos. "Quando estamos desmotivados, não fazemos as coisas como deveríamos fazer, não temos ânimo para estudar, trabalhar ou ir à academia. Assim, a falta de motivação pode acarretar problemas de relacionamento, trabalho e saúde", diz Letícia.

Motivação interna e externa
A motivação pode se apresentar a partir de uma força interior, a chamada automotivação.

"Um indivíduo intrinsecamente motivado considera a atividade que está desenvolvendo como entretenimento, satisfatória ou como uma oportunidade para desenvolver novas habilidades e obter domínio e conhecimentos", explica Mônica.

Já a externa é aquela gerada pelo ambiente em que a pessoa vive ou pelo contato com os outros. Em um ambiente profissional, por exemplo, um salário compatível com o mercado e um bom clima organizacional são razões para que muitas pessoas se sintam plenamente realizadas ao desempenharem suas funções. 
Sempre na ativa
É bom saber que todos nós, em algum momento da vida, vamos nos sentir desanimados. Mas esse quadro se torna mais frequente quando o propósito para agir está completamente ligado a fatores externos. Ou seja, se uma pessoa só tem ânimo para trabalhar por conta do dinheiro que cai na conta ao fim do mês. Se algo acontecer de ruim no setor financeiro, ela rapidamente se frustrará.
"A pessoa que trabalha a autoestima e sabe do próprio valor dará bem menos importância aos fatores externos", declara a psicóloga Luci Balthazar, mestre em Psicologia do Trabalho pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
E se o autoconhecimento é uma ferramenta para manter o pique, outro recurso é quebrar a rotina com uma certa regularidade, buscando surpreender-se. "Se a pessoa faz a mesma coisa todos os dias, mesmo que ela seja apaixonada por aquela atividade, irá, em algum momento, desmotivar-se. Isso porque a energia que ela estava carregando lá no início fatalmente perderá a sua força", diz a psicóloga Letícia Guedes.

Em suma, a motivação é mais duradoura quando está na própria caminhada e não na chegada. "As condições externas podem ser criadas para o indivíduo sentir-se motivado, mas ele mesmo deve procurar as oportunidades de fazer o seu melhor e, assim, realizar-se", diz a psicóloga Balthazar

domingo, 20 de abril de 2014

Três Regras para a Paz de Espírito e um Conto sobre a Paz Perfeita.

Três regras que podem mudar sua vida e lhe dar paz de espírito:

PARADOXO: a vida á um mistério, não desperdice seu tempo tentando entendê-la.

HUMOR: mantenha seu senso de humor, especialmente com relação a você mesmo. É a força além de todas as medidas.

MUDANÇA: nada permanece imutável. Adapte-se.


Agora, um conto:


Uma vez, um rei ofereceu um grande prêmio ao artista que pudesse captar em uma pintura a paz perfeita. Muitos artistas tentaram. O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas que realmente lhe agradaram, e teve que escolher entre elas.
A primeira era um lago muito tranquilo. Esse lago era o espelho perfeito no qual se refletiam plácidas montanhas que o cercavam. Sobre elas, encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para essa pintura pensaram que refletia a paz perfeita.
A segunda pintura também tinha montanhas, mas eram escabrosas. Sobre elas, havia um céu furioso do qual caia um impetuoso aguaceiro com raios e trovões. Uma espuca corrente de água parecia retumbar montanha abaixo. Ali, nada parecia pacífico.
Quando o rei observou atentamente, descobriu por trás da torrencial cascata um delicado arbusto que crescia em uma fenda da rocha; a arvorezinha tinha em um de seus galhos um ninho. Alí, no meio do rugir da violenta queda d'agua, repusava placidamente um passarinho em seu ninho... A paz perfeita.
O rei escolheu a segunda pintura e disse: "Paz não significa estar em um lugar sem barulho, sem problemas, sem trabalho duro ou sem dor: Paz significa que, apesar de estar em meio às vicissitudes, somos capazes de manter a calma dentro de nosso coração. Esse é o verdadeiro significado da paz".
Autor desconhecido

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O incrível processo da morte! - Por: Drauzio Varella

Apesar de enfrentarmos a "morte" quase todos os dias e a vivermos em toda nossa vida (são parentes que morrem, amigos, conhecidos, animais de estimação, plantas), estamos sempre apavorados com nossa própria morte. Alias morremos dia a dia.
Estamos na Semana Santa (para os católicos), onde os festejos lembram a morte de Cristo (e sua ressurreição). Creio que um texto forte, mas não piegas, não religioso, inteligente e bem escrito, vem a calhar.


"Nossos filhos se tornaram adultos e tiveram filhos. O nascimento de um neto é evidência de 

que não somos mais necessários para a perpetuação de nossos genes. Desse momento em 

diante a vida seguirá em frente, estejamos ou não por perto. 

Em 70 anos, uma recém-nascida se tornou avó ou bisavó. Quando nos aposentamos, a vida 

corre mais devagar. Nossos movimentos também estão mais lentos. Os sinais externos da 

idade ficam mais evidentes. Nossos sentidos estão menos sensíveis. 

Desde o nascimento, começamos a perder os cílios responsáveis pela captação dos sons, no 

interior do ouvido. Nessa idade já temos dificuldade para escutar os sons de alta freqüência. 

Devagar, com o tempo, perderemos até os que captam freqüências baixas. 

Os ossículos que transmitem as ondas sonoras da membrana do tímpano para dentro do 

ouvido endurecem. Fica difícil ouvir o que os outros falam. A visão também piora. A vida inteira 

expostos aos raios de sol, o cristalino, a lente dos olhos, perde a elasticidade e escurece. Pode 

até mudar a cor dos olhos. O cérebro precisa fazer acrobacias para compensar essas 

alterações. 

O esqueleto reflete bem o desgaste de muitos anos. Os ossos continuam fabricando células 

novas para substituir as velhas, mas os osteoblastos já não dão conta de repor as células

perdidas. A perda constante de massa óssea torna os ossos quebradiços: é a osteoporose, um 

perigo permanente. Sofrer uma fratura é muito mais fácil. Isso acontece com ambos os sexos,

mas as alterações hormonais da menopausa aceleram o processo nas mulheres. 

Por que a aparência de nosso corpo muda tanto entre os 40 e os 70 anos? É bem mais do que 

uma questão de uso e desgaste. O envelhecimento é um processo que afeta uma por uma de 

nossas células. A cada dia, bilhões de nossas células se dividem em duas. Para isso, precisam

duplicar o DNA, e destinar uma cópia para cada célula-filha. Enquanto as células mais velhas 

morrem, as recém criadas ocupam o lugar deixado por elas. 

O problema é que o mecanismo de divisão celular é sujeito a pequenos erros. Quando o DNA 

é copiado, as imperfeições contidas nele também são duplicadas. Cada um desses erros é 

transmitido às células-filhas, às células-netas e, assim, sucessivamente, para todas as 

descendentes. 

É como nas fotografias: cópias de cópias perdem a nitidez. Desde o nascimento trocamos 

todos os ossos do nosso rosto a cada dois anos. Aos 70 anos, nossa face é a trigésima quinta 

cópia da que tínhamos ao nascer. A cada cópia as imperfeições se tornaram mais aparentes. É 

por isso que parecemos tão diferentes quando estamos mais velhos. 

Outra causa do envelhecimento está no ar que respiramos. Sem oxigênio não podemos 

sobreviver, mas ele nos corrói lentamente. Dentro de cada célula, as mitocôndrias são nossas 

centrais energéticas, nossas fábricas de energia. 

Elas combinam o oxigênio com os nutrientes para produzir a energia necessária ao 

funcionamento do organismo. Nesse processo são liberados poluentes, chamados de radicais 

livres, que agridem as próprias paredes das mitocôndrias e comprometem a produção de 

energia. 

Como conseqüência, não conseguimos mais repor as células necessárias, nem corrigir os 

defeitos ocorridos em seu DNA. O funcionamento dos órgãos fica comprometido. Eles podem 

falhar. A morte, como a vida, é um processo construído no interior de nossas células. Da 

mesma forma que o DNA controla nosso desenvolvimento, também limita a duração de nossas 

vidas. 

Em cada cópia de si mesma, a célula perde um pequeno fragmento de DNA. Depois de bilhões 

de divisões, foi perdido tanto DNA que a capacidade de formar novas células fica 

comprometida. A morte não é um acontecimento instantâneo. É um processo através do qual 

os órgãos pouco a pouco entram em falência. Ao dar as últimas batidas, o coração espalha 

pelo corpo um hormônio que aliviam a dor: as endorfinas. Sem oxigênio, os órgãos param de 

funcionar. 

Em dez segundos a atividade cerebral cai. Em quatro minutos o cérebro será lesado 

irreversivelmente. Perderemos a condição humana. A audição é o último sentido a nos 

abandonar. Mas algumas células permanecem vivas até mesmo depois da morte: as da pele 

ainda se dividem por 24 horas. E são necessárias 37 horas para que o último neurônio encerre 

a sua atividade. 

Para alguns de nós, a vida pode durar muito tempo. Quem nasce hoje tem expectativa de viver 

80 anos ou mais. Mas todas as jornadas um dia devem terminar. Depois de nossa morte, 

nossos filhos e netos carregarão nossos genes no interior de suas células, e vão transmiti-los 

para seus descendentes. Nossa vida continuará dentro deles. As memórias que deixamos, 

também. 

A nossa Viagem Fantástica chegou ao fim."

sábado, 12 de abril de 2014

A busca pela felicidade é uma farsa.

Gosto de textos instigantes, demolidores e polêmicos (alguém já chamou de polêmico, e outra, de teórico). E, acima de tudo, inteligentes. O de hoje, recolhi-o em um dos inúmeros emails que recebo. E passo para vocês.



Dia desses eu comi um pastel gorduroso que ficou entalado na minha garganta; comprei, então uma lata de Coca-Cola. Nela estava escrita a palavra: Felicidade. Esta palavra não significa mais nada, está morta – do contrário, jamais poderia ser estampada aos milhões em uma lata de refrigerantes. Isso não é mística, isso é economia, isso é teoria da comunicação. De onde chegamos à conclusão de que, ao mesmo tempo, ela está se tornando a palavra mais valiosa de todas, para a felicidade da indústria. Gostou do trocadilho? Foi péssimo, eu sei.
Voltando à felicidade: se eu posso estampar essa palavra em uma lata de refrigerante, numa marca de supermercados, num pote de margarina ou em qualquer outro produto, é porque existe algum consenso em torno dessa palavra, uma espécie de entendimento comum onde “feliz” = bom, “infeliz” = não-bom. Na verdade isso chama-se redundância – quando uma mensagem possui zero ou quase zero de informação nova.
Ah sim, existe uma segunda dimensão desse pensamento, onde “feliz” = lucrativo, e “infeliz” = mais lucrativo ainda.  Tente imaginar a água da sua descarga girando ao mesmo tempo nos dois sentidos. Eles fabricam Rivotril com essa água. Cerveja também.
Agora, espere um pouco, eu garanto que não sou um sujeito deprimido e rancoroso destilando meu veneno contra a humanidade de um quarto escuro. Se você me convidar para conhecer sua casa ou dar uma volta, eu irei com o maior prazer, daremos risadas e será ótimo; o problema não é, de modo algum, viver momentos felizes.
O problema é a compreensão da palavra felicidade que se tornou o lugar comum. “Dinheiro não traz felicidade, todo mundo sabe disso”. Eu sei, eu li todos esses textos que você leu, horríveis por sinal. “Largou tudo pra ser feliz”, bla-bla-bla. Palestras do Steve Jobs: trabalhar com o que você gosta = felicidade. Sério, eu vi tudo isso, o que quer dizer que tudo isso era pra mim também. Céus, me sinto péssimo. Isso não deve ser coincidência.
Eu vou deixar você fazer essa pesquisa: digite “gente feliz” no Google imagens. Eu tive que olhar de novo pra ver se eu não tinha digitado “um bando de idiotas jogando as mãos pro alto, gargalhando sem motivo aparente” porque é justamente isso que o Google cospe para “gente feliz”. Mas isso é ilustrativo.
Se estamos falando sobre “felicidade”, estamos automaticamente falando sobre “infelicidade”, ou “tristeza”, isso acontece 100% das vezes. A felicidade, assim como qualquer valor de natureza humana, é dual, projeta uma sombra. Vou tentar reescrever um conto zen-budista que eu ouvi em uma certa ocasião, muito belo, para ilustrar o que eu quero dizer a seguir:
O mestre de um templo zen-budista no Japão havia falecido. No cortejo fúnebre, muitas flores e cânticos; um clima leve pairava no ambiente. Os monges e pessoas que atendiam a cerimônia haviam absorvido muitos dos ensinamentos do mestre, e sabiam que a vida era passageira. O mestre havia morrido em paz; não foi uma morte sofrida nem dolorosa. No entanto, o discípulo mais próximo do mestre, considerado o mais sábio entre os monges, estava em prantos. Chorava, tremia e soluçava copiosamente. Os outros monges estavam perplexos; como ele, o mais sábio, cotado para ser o próximo mestre, estava em um estado tão miserável? Um deles se aproximou do monge que chorava e perguntou: “O que há contigo? Não sabe que o mestre se encontra unido novamente com a natureza e a divindade? Não há motivo para lágrimas.”
Ao que o monge que chorava respondeu: “Querido irmão, meu espírito está em paz. Quem chora são meus olhos, que não poderão mais enxergar o mestre. Quem treme é o meu corpo, que não poderá sentir a proximidade do mestre. Quem agoniza são meus ouvidos, que não mais escutarão suas palavras. Meu corpo se acostumou à presença do mestre e agora lamenta a sua partida. Eu não desejo me opor a ele; deixarei que chore, deixarei que sofra, até que se acostume à sua nova vida, longe do mestre.”
Você vê? Esse conto é muito belo:
1.   O mestre morreu. O que fazer? Claro, todos os envolvidos tinham algum nível de elevação espiritual. Um dos monges vem ao monge que chora e diz: o que você está fazendo? Do que vale todo o conhecimento que o mestre te transmitiu? Os outros monges estão olhando. Recomponha-se! Ele está preocupado com as aparências.
2.   Independente de todo o seu conhecimento, o monge que chorava não tentou distorcer a realidade; deixou seus sentimentos aflorarem e viveu o momento de maneira honesta e franca. Ele estava triste, mas estava em paz. Esta é a parte mais importante do conto. Mas nós dormimos nessa hora do filme.
Quando Nelson Mandela morreu, você compartilhou uma foto dele em alguma rede social, com uma mensagem de “valeu, Madiba!”. Mas o que você deveria ter feito é ter pensado: “o que raios eu estou fazendo com a minha vida?”. Aquele homem passou 27 anos dentro de uma prisão. Você acha que Mandela estava preocupado com felicidade nesse período? Se ele estivesse preso a um ideal de felicidade desse que nós compramos - fazer o que gosta, trabalhar com o que gosta, nos darmos o valor que merecemos etc - ele teria se matado ou enlouquecido, provavelmente os dois. Um ano após o outro, acordando no mesmo lugar, vendo as mesmas pessoas, o mesmo Sol quadrado, sem poder sair… é uma vida dura!
Mas Mandela viu algo mais nessa situação – ele não só resistiu aquele tempo todo; ele saiu e realizou grandes feitos. Ele fez o que havia para ser feito, o que a vida lhe apresentou como possibilidade. Suas quase três décadas encarcerado certamente causaram transformações profundas em seu íntimo, a ponto de declarar que não sentia ódio de seus captores, sob o risco de tornar-se igual a eles. Mas essas histórias são boas apenas para serem vistas, não é mesmo? Você quer só a felicidade, esqueça essa parte do sofrimento, da luta, da persistência. A indústria ficará muito feliz em te ajudar nessa parte. A Internet também.
Um tempo atrás várias pessoas compartilharam um link no Facebook; ele se chamava “Vale a pena largar tudo em busca da felicidade?“. Eu abro a página e BANG, lá está um hipster sorridente, ganhando um beijinho no rosto de sua namorada. Calma lá, refreie sua raiva, todos amamos odiar hipsters, mas isso também é um truque da mídia – eles são ótimos “bois de piranha”, mas deixemos isso pra outro momento. De qualquer modo, um começo mais do que suspeito. Eu começo a ler o texto e é necessário escalar uma muralha de propaganda, branding puro: casamento com uma mulher bonita e inteligente, prêmios profissionais, lua-de-mel, lançamento de livro, banda, vida em São Paulo etc.
Logo no segundo parágrafo eu já desconfiava de uma armadilha, mas no trecho a seguir eu tive certeza:
De repente, um monte de outras coisas começaram a aparecer como necessidades urgentes para que minha vida fosse plena: “você precisa comprar um carro pra ser feliz”, “você precisa comprar um pacote de viagem anual pra ser feliz”, “você precisa comprar aquele ingresso caríssimo de festival cheio de bandas (que você nunca ouviu na vida) pra ser feliz” e, finalmente, “você precisa comprar uma máquina de Nespresso pra ser feliz”.
Espere aí garotão, você quer me dizer que essas “necessidades urgentes” simplesmente pularam na sua frente, surgiram na sua vida como um fator inevitável? Aula número zero da faculdade de propaganda e marketing, extraído de um site genérico:
Um dos conceitos mais simples do Marketing é a definição do Target, o público alvo. O público alvo é o conjunto de pessoas que pretendemos chegar com a nossa mensagem. Existem diversas definições para este conceito, resumidamente é quem pretendemos que compre os nossos produtos ou serviços.
Se você está vendo, é para você. Céus, se você faz questão de explicitar a propaganda da Nespresso, é muito possível imaginar o tipo de mídia que você anda consumindo e a categoria de público-alvo da qual você faz parte. A essa altura do texto eu estava tentando montar o quebra-cabeça, mas não precisei me esforçar, o mapa das peças foi fornecido algumas linhas depois:
Sim, porque eu (que era editor-chefe dos sites do Núcleo Jovem da Editora Abril) e a Karin Hueck (que era editora da SUPERINTERESSANTE) pedimos demissão no começo de agosto e acabamos de mudar temporariamente para Berlim (a atual “capital mundial da criatividade”) para tocarmos essa investigação.
Ugh. Por onde começar? Editora Abril? “Mas não é aquela que edita a revista V…” Shh, fale baixo, já está constrangedor o suficiente. Mudar para Berlim para investigar a felicidade? OK, agora era o momento em que eu esperava algum tipo de método, alguma proposta, diga o que você vai fazer em Berlim para tocar essa “investigação” – mas não, nada disso, talvez isso, talvez aquilo e a chave de ouro do texto (sim, fica pior):
 O que oferecemos para vocês é uma carona na nossa viagem de busca por respostas que possam levar à felicidade. Porque – como ensina o filme “Na Natureza Selvagem” – “a felicidade só faz sentido quando é compartilhada”.
Se você está aprendendo coisas com filmes de Hollywood, feche as portas, apague a luz, você é mídia dos pés à cabeça. A última frase dessa parte é reveladora. Felicidade compartilhada: não no sentido de “venha almoçar na minha casa” mas no sentido de “olhe a foto do que eu fiz no almoço, ficou linda com esse filtro”. Esse site se chama Gluck Project – isso é século XXI, a “felicidade” como um projeto. Há textos com títulos típicos de revistas sensacionalistas: como ser feliz no trabalho, como deixei de ser corrupta (?!)como a psicologia pode ajudar, como ter um corpo perfeito para o verão etc. “Mas o título sobre o corpo de verão era irônico.” Mas você leu de qualquer jeito, não? Eu li. É assim que funciona.
Esse site é um produto da mídia; eles dizem ter abandonado os empregos na Abril, porém o site é repleto de links para matérias de seus antigos trabalhos. Você pode abandonar a mídia, mas a mídia não abandona você. Gostaram dessa? Dá uma boa tatuagem. Aliás, eles já colocaram no site o link “Na mídia”, onde você pode ver o que andaram falando na mídia sobre o projeto, que não é sobre felicidade, de modo algum, é sobre eles mesmos. Aliás, é a mesma mídia que vendeu as propagandas que nosso amigo tanto questionou, inclusive a máquina Nespresso – lembra da água privada girando nos dois sentidos ao mesmo tempo?
Todos esses discursos midiáticos sobre felicidade são embustes, simplesmente porque ser feliz é análogo a um dia eterno de Sol; no começo é gostoso, mas você vai sentir falta de ver as estrelas. Felicidade é um conceito manipulável; enquanto você estiver buscando a felicidade, você pode muito bem estar correndo atrás de um unicórnio ou uma máquina de café ou qualquer que seja a ideia que você comprou a respeito disso. E enquanto isso, você gasta horas lendo sobre a felicidade alheia na Internet. OK, eu também li, estamos juntos nessa, mas estou tentando aqui fazer um rationale disso tudo.
É possível que sua vida não lhe permita nem sequer pensar em ser feliz. Você nasceu pobre, num lugar horrível, tudo lhe falta, desde o mais básico. O que fazer? O outro extremo também vale: você nasceu rico, num lugar maravilhoso, nada lhe falta. O que fazer? O problema é que você está perdido - esse trabalho não é bom pra mim, essa vida não é a que eu quero, meus amigos são chatos, meu país está perdido – existe uma situação ideal em sua mente que não corresponde com a realidade. E o problema nesse caso não é, de modo algum, a realidade. A diferença é que o pobre não tem tempo parainvestigar, ele tem que acordar e fazer o que deve ser feito para colocar alimento dentro de sua casa. Vários estudos já apontaram que há altos índices de felicidade em países extremamente pobres. Como é isso?!
Vou descer do muro agora. Existiu um homem na Grécia antiga que saía por aí nas ruas, apontando o dedo para as pessoas e gritando: conhece-te a ti mesmo! Seu nome era Sócrates e seu destino foi trivial, foi obrigado a beber veneno por causa de seus pensamentos, nada de mais. Mas essa frase é reveladora - conhece-te a ti mesmo. É o conselho mais precioso que já foi dado para a humanidade, e muitos o repetiram – Jesus, Buda, Nietzsche - torna-te o que tu és! Foi precisamente isso que Mandela fez. Não há investigação, há fazer o que deve ser feito; enquanto você buscar na mídia esse tipo de resposta, “como ser feliz”, o máximo que irá acontecer é entulhar sua mente com um monte de histórias que só tem uma coisa em comum: você não faz parte delas, você é um espectador, um dia você vai fazer aquilo… Vamos observar a coisa de uma forma mais transcendental do que mundana? O místico Osho disse:
Se a felicidade se tornar o grande objetivo a ser alcançado em sua vida, então ela será para você um verdadeiro pesadelo. Mas quando, para você, a felicidade está nas pequenas coisas, na forma pela qual você as vive (…) sua casa torna-se um templo, seu corpo se torna a morada de Deus, e, para onde quer que você olhe e qualquer coisa que você toque, se torna imensamente bela, sagrada – então, a felicidade é liberdade.
Mas isso é extremamente difícil, não é mesmo? Num metrô lotado, no seu emprego, no seu casamento… é difícil viver as pequenas coisas. Por isso é mais fácil acompanhar essas histórias da mídia, repletas de grandiose, pretensão, e sempre associadas ao mundo do consumo, do mercado - abandonar empregos, mudar de país, doar tudo o que você tem, fazer uma dieta extrema – jamais pode ser uma coisa pequena e simples, pois assim todos poderiam fazê-lo e não só alguns personagens midiáticos.
Meu deus. Eu preciso de uma Coca-Cola. Das grandes. Para encher um balde e enfiar meu cérebro dentro.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Amor romântico? Perigo.! Perigo!



Quantas frustrações podemos ter se reforçamos este lado romântico do amor! Vejam este texto de Regina Navarro.


Pessoas pensam que encontraram o grande amor de suas vidas  e depois ficam chocadas e decepcionadas.

Muitas vezes, até em relações duradouras, ouvimos a descrição do parceiro amoroso de alguém como sendo uma pessoa maravilhosa, bonita, inteligente, carinhosa e nos sentimos constrangidos quando somos apresentados a ela. É comum não possuir absolutamente nenhuma das características atribuídas pelo outro.
O amor romântico é construído em torno da projeção e da idealização sobre a imagem em vez da realidade. A pessoa amada não é percebida com clareza, mas através de uma névoa que distorce o real. Os amigos dizem: “O que ela viu nele?” ou “O que ele viu nela?” Porque eles veem a pessoa, enquanto você vê a imagem idealizada do outro.
Entretanto, para se manter envolto na névoa que cobre o amor romântico depois de algum tempo de relação, é necessário que o outro corresponda, evitando qualquer intimidade real, se calando sobre os pensamentos e sentimentos mais íntimos, bem como mantendo um certo afastamento físico.
As pessoas sempre souberam disso. Até alguns anos atrás, o argumento que as mães usavam para controlar o namoro de suas filhas era de que qualquer intimidade física antes do casamento faria o rapaz perder o interesse pela moça. Parece que não havia preocupação quanto ao depois. Aí já estariam casados e tudo tinha que ser suportado. Ainda hoje encontramos defensores da falta de intimidade física para adiar o desencanto.
O autor americano Robert Johnson, em seu trabalho sobre o amor romântico, uma análise de como esse sentimento tão valorizado entre os ocidentais afeta a vida das pessoas. O amor romântico não resiste à intimidade porque a relação não é com a pessoa real, do jeito que ela é. O “apaixonado” centraliza o seu ser na ilusão do romance, acreditando que vai encontrar a si mesmo e a vida em toda a sua plenitude. Mas, como a magia nunca dura e a idealização do outro acaba, surge o desencanto. Nessa quebra de encanto, começamos a perceber que a pessoa amada e as projeções colocadas nela são realidades distintas.
A convivência torna evidentes as diversas características de personalidade da outra pessoa. Seu jeito de ser e de pensar, como também sua generosidade ou seu egoísmo, sua coragem ou suas inseguranças, por exemplo. Alguns aspectos nos causam admiração, outros repúdio, mas de qualquer forma não conseguimos mais perceber o outro tão maravilhoso e idealizado como no início da relação. As nossas projeções sofrem a interferência da realidade.
Qualquer transgressão à ordem social estabelecida é imediatamente perdoada se for em nome do amor. Todos torcem para que o amor supere tudo e sempre vença. Ao mesmo tempo, estão todos dispostos a reconhecer que a paixão é uma forma de intoxicação, uma doença da alma como pensavam os antigos. Na era de Hollywood ninguém quer acreditar nisso. Estamos todos mais ou menos envenenados.
Inegavelmente, o amor romântico tem seu próprio tipo de excitação, temporária por natureza. Enquanto estamos apaixonados por alguém, o mundo se reveste de tamanho significado que a cada encontro somos transportados para fora da realidade e cria-se um estado de exaltação. É como se uma parte que nos faltasse nos tivesse sido devolvida, sentimo-nos enaltecidos, como se de repente tivéssemos nos elevado acima do mundo comum.
Existe uma expectativa no homem e na mulher de que o amor revele algo sobre eles mesmos ou sobre a vida em geral. A paixão é sempre uma aventura. Transforma a vida de cada pessoa, enriquecendo-a de novidades, riscos e prazeres.
As características do amor romântico são inconfundíveis. O êxtase e a agonia que nos causam tornam a vida emocionante, nos dando essa sensação de transcendência. Para se manter nesse estado de plenitude, homens e mulheres exigem coisas impossíveis de seus relacionamentos: nós realmente acreditamos inconscientemente que o outro tem a obrigação de nos manter sempre felizes, de tornar nossa vida significativa, vibrante, plena de encanto.
Mas, quando nos desapaixonamos, o mundo instantaneamente parece desolado e vazio apesar de, em alguns casos, continuarmos ao lado da mesma pessoa que antes nos propiciava tanta felicidade.
Em nossa cultura, o romance está em toda parte. A literatura, os filmes e músicas o expressam em abundância. Ficamos dramaticamente encantados quando o romance está no pleno vigor e desesperados quando ele acaba. Todo um conjunto de verdades sobre o romance nos é oferecido. Inconsciente e automaticamente, nós o aceitamos sem discutir e ficamos profundamente irritados quando alguém o faz.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Assalto a um banco na China. Lições.

Recebi o texto por email. Não sei a autoria. Como um refresco para assuntos e tempos muito pesados, vai uma história bem humorada. (Dei um leve toque irônico em algum lugar. Será que algum leitor perceberá?)

SETE LIÇÕES DE UM ASSALTO A UM BANCO NA CHINA

Durante um assalto em Guangzhou, na China, o ladrão de bancos gritou para todos as pessoas que estavam na agência:
- Não se mexam! O dinheiro pertence ao Estado, mas suas vidas pertencem
somente a vocês!
Toda a gente no banco se deitou calmamente no chão.
1ª. - Isso é chamado de "Mudando o Conceito Mental" - mudar a forma convencional de pensar.

Quando uma senhora se apresentou sobre a mesa provocativamente, o ladrão gritou para ela:
- Por favor, seja civilizada, isto é um assalto e não um estupro! E a Deputada Manoela D'Avila poderá entrar no circuito, complicando nossa situação.
2ª. - Isso é chamado de "Ser Profissional"- concentre-se apenas no que você foi treinado para fazer!

Quando os assaltantes voltaram para casa, o ladrão mais jovem (MBA trainee) disse ao ladrão mais velho (que só completou seis anos na escola primária):
- Grande mestre, acho que já podemos começar a contar o quanto nós
arrecadamos!
O assaltante mais velho rebateu e disse:
- Você é muito estúpido. Há tanto dinheiro nessas sacolas que vai levar um tempão pra gente contar tudo. Hoje à noite, o noticiário da TV vai informar a quantia total que nós roubamos do banco!
3ª. - Isso é chamado de "Experiência" - hoje em dia, a experiência é mais importante do que as qualificações do papel.

Depois de os ladrões saírem, o gerente do banco disse ao supervisor bancário para chamar a polícia rapidamente.
Porém, o supervisor lhe disse:
- Espere, vamos retirar 10 milhões de yuans do banco pra nós mesmos e adicioná-lo aos 70 milhões que já desviamos do banco!.
4ª. - Isso é chamado de "Nadar a Favor da Maré" - converter uma situação desfavorável em benefício próprio!

O supervisor complementa:
- Era bom pra nós se houvesse um assalto a cada mês.
5ª. - Isso é chamado de "Morte do Tédio" - felicidade pessoal é mais importante do que o seu trabalho.

No dia seguinte, o noticiário da TV informou que 100 milhões de yuans tinham sido roubados ao banco. Os ladrões contaram e contaram e recontaram, mas eles só podiam contar o montante de 20 milhões. Os ladrões ficaram muito irritados e reclamaram:
- Nós arriscamos as nossas vidas e só levamos 20 milhões de yuans. O gerente do banco levou 80 milhões com apenas um estalar de seus dedos. Parece que é melhor ser gerente do que ser ladrão!
6ª. - Isso é chamado de "Conhecimento Que Vale Tanto Quanto Ouro".

O gerente do banco estava sorrindo, feliz, já que suas perdas no mercado de
acções foram agora cobertas por este roubo.
7ª. - Isso é chamado de "Aproveitar as Oportunidades".- ousadia para assumir riscos!

Qualquer semelhança com situações vividas no Brasil, NÃO É mera coincidência.