Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Você é mentalmente forte? 13 coisas que não deve fazer.


Todos nós cuidamos do corpo, da casa, do carro, de outras pessoas, mas acabamos nos  esquecendo da parte mais importante de nós mesmos: nossa vida mental. Nossas emoções.
Foi na década de 90, do século passado, que David Goleman, com seu livro “Inteligência Emocional”, sacudiu nossos pensamentos ao informar e reforçar a idéia de que nossas emoções são importantes para nos fazermos mais inteligentes e ou mais felizes.
Até eu preparei um Curso de Inteligência Emocional (o último que dei foi no ano passado em Betim), querendo passar para o maior número de pessoas a importância destes conceitos. E visando a sua prática. (Quem quiser ler algo sobre isto acesse a  postagem, aqui no blog, de 28.08.11.)
Agora mesmo acabei de encontrar este texto com 13 ideias bem curiosas.
Pessoas mentalmente fortes têm hábitos sadios. Sabem lidar bem com os pensamentos, emoções e comportamentos, e de tal forma que se tornam bem sucedidas na vida. Agora prestem atenção no que estas pessoas NÃO FAZEM, sigam o exemplo e vocês poderão se tornar uma pessoa mentalmente forte ou sadia.


1)     Elas não perdem tempo sentindo dó de si mesmas.
Pessoas mentalmente fortes não ficam por aí sentindo dó de si mesmas, colocando culpa nas circunstâncias ou reclamando da maneira como os outros as tratam. Ao contrário: assumem a responsabilidade pelas suas atitudes, pelo próprio papel em sua vida e sabem que a vida não é fácil e nem justa.



2)     Não desistem de seu próprio poder.
Elas não permitem que os outros as controlem e nem dão aos outros poder sobre elas mesmas. Jamais vão dizer: “O meu chefe me deixa deprê”, porque elas sabem que têm o domínio de suas próprias emoções e que depende delas a escolha de como sentir.

3)     Não têm medo de mudanças.
As pessoas mentalmente fortes não tentam evitar mudanças e nem fogem delas. Ao contrário, dão boas vindas às mudanças e sempre se mostram flexíveis. Sabem que as mudanças são inevitáveis e acreditam que possuem habilidades para se adaptar.

4)     Não gastam energia em coisas que elas não podem controlar.
Você nunca vai ouvir uma pessoa mentalmente forte reclamar de bagagem perdida, do trânsito caótico. O foco delas está no que elas podem controlar em suas vidas. Elas sabem que às vezes a única coisas que elas podem controlar é a sua própria atitude diante dos acontecimentos.

5)     Elas não estão preocupadas em agradas todo mundo.
As pessoas mentalmente fortes reconhecem que elas não precisam agradas todo mundo o tempo todo. Não têm medo de dizer “não” ou falar grosso quando necessário. Esforçam para ser educadas e justas, mas sabem que algumas pessoas vão ficar aborrecidas com elas se elas não as fizeram felizes.

6)     Não temem correr riscos calculados.
Não tomam riscos estúpidos ou tolos, mas não se preocupam com os riscos calculados. Elas gastam tempo e energia pesando os riscos e benefícios antes de tomar uma grande decisão e se acham muito bem informadas dos potenciais prejuízos antes de agirem.

7)     Não vivem no passado. Nem no passado.
Essas pessoas mentalmente fortes não perdem tempo  vivendo no passado e desejando que as coisas fossem diferentes. Dão valor ao seu passado e podem dizer o que aprenderam com ele. Porém não ficam revivendo constantemente as más experiências ou fantasiando as glórias passadas. Muito antes pelo contrário: vivem o presente e planejam o futuro.

8)     Não ficam repetindo os mesmos erros.
Aceitam a responsabilidade de seus comportamentos e aprendem com os erros do passado. Como resultado, não ficam repetindo estes erros pelo resto da vida. Elas se mexem e buscar tomar melhores decisões no futuro.

9)     Não têm dor de cotovelo pelo sucesso alheio.
As pessoas mentalmente fortes chegam até a apreciar e celebrar o sucesso dos outros. Não são ciumentas e nem ficam aborrecidas se outros as superam. Pelo contrário, sabem que o sucesso vem com trabalho duro e estão prontas a dar o duro para conseguir o seu próprio sucesso.

10)  Não desistem após o primeiro fracasso.
O fracasso para estas pessoas não é razão para desistir. Mas uma oportunidade para crescer e  melhorar. Vão continuar tentando até conseguir o que queriam.

11)  Não têm medo da solidão.
As pessoas mentalmente fortes conseguem tolerar a solidão e não temem o silêncio.  Não têm medo de ficar a sós com seus pensamentos e usam este tempo para se tornarem produtivas. Gostam da própria companhia, não são dependentes dos outros quer como companhia quer para o.lazer. Podem ser felizes sozinhas.

12)  Não sentem que o mundo deve alguma coisa a elas.
Não nasceram e nem cresceram com a ideia de que os outros têm que tomar conta delas e nem que o mundo deve lhes dar alguma coisa. Ao contrário. As oportunidades vão surgir pelos seus próprios méritos.

13)  Não esperam resultados imediatos.
Quer estejam trabalhando, ou cuidando da própria saúde ou fazendo algum negócio, as pessoas mentalmente fortes não esperam resultados imediatos. Talento e tempo são as melhores coisas para suas habilidades e  as  grandes chances levam tempo.






sábado, 23 de novembro de 2013

Que tipo de turista é você? Crônica de Martha Medeiros. Só o título que é meu.

O título talvez devesse ser: Como aproveitar o turismo. Ou o Turista Ideal versus Turista Acidental. E que
tipo de turista é você? Mas, como quase tudo de Martha Medeiros, adorei até mesmo o título desta crônica.. 
Quanto ao  IPod que ela fala, é curioso como pegamos ansiosamente a máquina, o smartphone ou celular 
para tirar fotos e esquecemos de nos extasiar diante da beleza do lugar.

   A capacidade de se encantar

Muita gente diz que adora viajar, mas depois que volta só recorda das coisas que deram errado.
 Sendo viajar um convite ao imprevisto, lógico que algumas coisas darão errado, faz parte do pacote.
 Desde coisas ingratas, como a perda de uma conexão ou ter a mala extraviada, até xaropices menos relevantes, 
como ficar na última fila da plateia do musical ou um garçom mal-humorado não
 entender o seu pedido. Ainda assim, abra bem os olhos e veja onde você está: em Fernando
 de Noronha, em Paris, em Honolulu, em Mykonos. Poderia ser pior, não poderia?

Outro dia uma amiga que já deu a volta ao mundo uma dezena de vezes comentou que lamentava
 ver alguns viajantes tão blasés diante de situações que costumam maravilhar a todos. São os que 
fazem um safári na Namíbia e estão mais preocupados com os mosquitos do que em admirar a
 paisagem, ou que estão à beira do mar numa praia da Tailândia e não se conformam de ter
 esquecido no hotel a nécessaire com os medicamentos, ou que não saboreiam um prato 
espetacular porque estão ocupados calculando quanto terão que deixar de gorjeta.

Não saboreiam nada, aliás. Estão diante das geleiras da Patagônia e não refletem sobre a 
imponência da natureza, estão sentados num café em Milão e não percebem a elegância dos 
transeuntes, entram numa gôndola em Veneza e passam o trajeto brigando contra a máquina
 fotográfica que emperrou, visitam Ouro Preto e não se emocionam com o tesouro da arquitetura
 barroca – mas se queixam das ladeiras, claro.

Vão à Provence e torcem o nariz para o cheiro dos queijos, olham para o céu estrelado do Atacama 
sofrendo com o excesso de silêncio, vão para Trancoso e reclamam de não ter onde usar salto alto,
 vão para a India sem informação alguma e aí estranham o gosto esquisito daquele hamburger: ué, 
não é carne de vaca, bem? Aliás, viajar sem estar minimamente informado sobre o destino escolhido
 é bem parecido com não ir.

Estão assistindo a um show de música no Central Park, mas não tiram o olho do Ipad. Vão ao Rio,
 mas têm medo de ir à Lapa. Estão em Buenos Aires, mas nem pensar em prestigiar o tango –
“programa de velho!” São os que olham tudo de cima, julgando, depreciando, como se o fato de 
se entregar ao local visitado fosse uma espécie de servilismo – típico daqueles que têm vergonha
 de serem turistas.

É muito bacana passar um longo tempo numa cidade estrangeira e adquirir hábitos comuns aos
 nativos para se sentir mais próximo da cultura local, mas quem pode fazer essas imersões com
 frequência? Na maior parte das vezes, somos turistas mesmo: estamos com um pé lá e outro cá. 
Então, estando lá, que nos rendamos ao inesperado, ao sublime, ao belo. Nada adianta levar o
corpo pra passear se a alma não sai de casa.

Martha Medeiros
 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Viver como se fosse o último dia de sua vida parece ser fria.

Li o texto a seguir, gostei e pensei: meus leitores poderão gostar também. Aposto que sim.


Os livros que se propõem a ensinar qualquer um a ser mais feliz, os gurus de autoajuda, os coaches pessoais e até o inconsciente coletivo pregam que é preciso viver cada dia intensamente, como se fosse o último. Afinal, a única coisa que temos de concreto é o presente. 

De acordo com essa linha de pensamento, só dessa forma podemos desfrutar ao máximo de tudo aquilo que temos – e ainda daquilo que não temos, se exageramos no entusiasmo na hora de usar o cartão de crédito.

A máxima, no entanto, é praticamente impossível de ser seguida. E, caso alguém tenha coragem de encará-la literalmente, não terá felicidade garantida.
Quando as pessoas pensam em viver intensamente, em geral, têm em mente extravagâncias, como viajar pelo mundo, comer à vontade e realizar desejos – normalmente, caros e/ou pouco saudáveis–, como se a humanidade fosse ser extinta no dia seguinte. Esse comportamento, no entanto, é factível apenas para um grupo muito pequeno.

Para os especialistas em comportamento, viver intensamente significa, em primeiro lugar, valorizar as coisas importantes do dia a dia.

"Tem a ver, principalmente, com a maneira de realizar qualquer atividade, seja ela cotidiana ou grandiosa. Você vive intensamente comendo uma pizza, encontrando com os amigos, trabalhando, nas relações amorosas. Não é a situação em si, mas como ela é vivida", afirma a psicóloga Maria Julia Kovács, fundadora e coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo).
Segundo a psicóloga Denise Pará Diniz, coordenadora do Setor de Gerenciamento de Estresse e Qualidade de Vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a intensidade da vivência depende do significado que cada um de nós dá a ela. "Ter sonhos e pensar em estratégias para realizá-los já é uma das fases do viver intensamente".

Sentir que está aproveitando o que de melhor a vida pode oferecer também inclui o envolvimento e o compromisso que cada pessoa tem com a própria existência. "Alguém que mora numa pacata cidade e vive uma rotina simples e previsível pode, perfeitamente, viver intensamente, se está satisfeito com suas escolhas", fala a psicóloga Blenda de Oliveira.


O valor da rotina


Ao imaginar que a felicidade está em vivenciar experiências fantásticas ou luxuosas, muita gente despreza a importância da rotina. E, ao pensar assim, invariavelmente, projeta sua realização no futuro – é nele que se encontra a alegria tão sonhada, e não no momento presente. Esse é um erro que provoca desperdício de tempo e energia.

Para Blenda de Oliveira, as pessoas precisam aprender a se divertir com a rotina e a tirar proveito dela. "É uma pena quando as pessoas esperam a sexta-feira, o fim de semana ou as férias para 'aproveitar a vida'. A vida pode ser muito divertida todos os dias. Mesmo no trabalho dá para arrumar uma brecha para fazer algo bem simples e agradável, como tomar um cafezinho ou dar uma volta no quarteirão, observando as pessoas, os lugares, o céu", exemplifica a psicóloga.
Não são poucas as pessoas que acreditam que uma vida intensa significa ter de passar por todas as experiências de forma indiscriminada, sem muita reflexão, deixando-se levar pela vontade momentânea. "Essa forma de viver gera ansiedade", declara a psicóloga Sâmia Simurro, vice-presidente de projetos da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida). Ela diz que as pessoas confundem e acreditam que "ter ou fazer coisas" é o caminho para uma vida plena.

"Podemos ter um prazer momentâneo, mas ele tem um tempo de duração que, em geral, é curto. Quando aquela conquista deixa de fazer efeito, voltamos ao mesmo estado de humor de antes. O que se deve perseguir é o bem-estar e a paz interior. Assim, não importa o que se tenha ou faça. É possível se sentir bem e aproveitar o que a vida oferece", afirma Sâmia.

A ilusão do "dane-se"


Mas já que só temos certezas sobre o presente e precisamos valorizá-lo, não seria bom, então, seguir o conselho de tentar viver cada dia como se fosse o último? Para Maria Julia Kovács, da USP, esse "slogan" não passa de uma ideia falsa.
"Pode haver momentos de jogar tudo para o alto e agir sem pensar nas consequências, mas, a  longo prazo, essa atitude pode trazer prejuízos às relações afetivas, familiares, sociais e profissionais", explica a psicóloga. "Não pensar no amanhã é bom, às vezes necessário. No entanto, sempre teremos de conviver com nossos medos, traumas e angústias", diz Helio Roberto Deliberador, professor do Departamento de Psicologia Social da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
Viver o presente nada tem a ver com "ligar o botão do dane-se". "O que é possível, o que é de direito e dever de todos nós, é que possamos viver com a intensidade, mas sempre de forma responsável. Responsável conosco, pela nossa saúde física, mental e social", afirma Denise Pará Diniz.

"Ser íntegro e coerente consigo mesmo dá consistência à vida, é libertador e nos deixa emocionalmente maduros para que possamos aproveitar o melhor que a vida tem para oferecer", declara Sâmia.

sábado, 16 de novembro de 2013

O que você entende por transtornos mentais?




A postagem de hoje vai tentar explicar o que são transtornos mentais e sua origem.
Leiam com cuidado. Achei no meio de vários emails recebidos.

Segunda causa mais comum de invalidez em todo o mundo, a depressão fica atrás apenas das dores nas costas, segundo um estudo recém-publicado na revista científica PLOS Medicine. A pesquisa comparou a depressão clínica, um dos transtornos mentais mais comuns, com outras 200 doenças e lesões apontadas como causas de invalidez. Segundo os autores, a doença deve ser tratada como uma prioridade de saúde pública global.

Falar sobre transtornos mentais ainda é um assunto muito delicado. Mas o fato é que eles são bem mais comuns do que se imagina. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os transtornos mentais atingem cerca de 700 milhões de pessoas no mundo, representando 13% do total de todas as doenças. E apesar de doenças como esquizofrenia e psicose serem as primeiras lembradas ao se falar no assunto, elas não são as mais frequentes. No topo da lista estão a depressão e a ansiedade.
No Brasil, a capital paulista é a cidade com o índice mais alto de habitantes com transtornos mentais. Isso é o que aponta o projeto São Paulo Megacity: estudo realizado pelo IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas de São Paulo com 5.037 residentes dos 39 municípios da região da Grande São Paulo, em 2012.
Depressão

A depressão é caracterizada pela tristeza, baixa autoestima, pessimismo e desânimo. Segundo a OMS, a depressão atinge cerca de 350 milhões de pessoas pelo planeta, o que corresponde a 5% da população mundial. Só no Brasil, 10% da população sofrem com o problema.

Já a ansiedade é caracterizada por excesso de pensamentos negativos, sensação de aflição, incapacidade de relaxar, tensão e preocupação exagerada. De acordo com a organização, a ansiedade atinge 10 milhões de pessoas.

Apesar dos altos números, muitas pessoas consideram a depressão e a ansiedade mais um "estado emocional" do que uma doença. O que é um erro grave: não dando o devido valor a esses sintomas, pode-se adiar o diagnóstico da doença, agravar seu estado e até mesmo prejudicar seu tratamento.

"É necessário entender que o transtorno mental é uma doença como qualquer outra, como diabetes, por exemplo. É necessário buscar tratamento para que os sintomas sejam controlados e, assim, a pessoa possa levar uma vida normal", afirma a psicóloga Ana Cristina Fraia, coordenadora terapêutica da Clínica Maia Prime.

Uma doença com tratamento

Os transtornos mentais podem ser causados por vários fatores, entre eles a genética, a química cerebral (problemas hormonais ou uso de substâncias tóxicas que afetam o cérebro) e o estilo de vida são tidos como os principais. "Muita pessoas acreditam que os transtornos mentais não tem componente físico e, portanto seriam causados apenas por fatores externos, ambientais, sociais", aponta Pedro Katz, psiquiatra do Hospital Samaritano de São Paulo.

Como qualquer doença, os transtornos mentais precisam de tratamento e acompanhamento especializado. Existem medicamentos eficazes para tratar depressão, esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo e todas as outras doenças mentais.

"Hoje, com um refinamento maior dos diagnósticos e com o avanço dos tratamentos, pode-se ajudar pessoas que possuem alterações mais sutis em relação a um sofrimento emocional, mas que, se diagnosticadas e tratadas, apresentam uma melhora importante na qualidade de vida", explica Marco Antônio Abud Torquato Junior, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Ipq/HCFMUSP) e do Hospital Universitário da USP.

Porém o tratamento não é fácil: ele exige comprometimento e adesão - em muitos casos para a vida toda. Isso porque a maioria dos transtornos mentais não tem cura. Muitos médicos os comparam às doenças como hipertensão ou diabetes, que também não têm cura, mas podem ser controladas a ponto do paciente viver bem. "Não tem cura, mas tem controle - desde que a pessoa busque e siga um tratamento adequado. Aí é possível atingir uma boa qualidade de vida", ressalta Fraia.

Preconceito e desinformação

O que não pode é ficar sem tratamento - o que acontece muitas vezes devido ao preconceito e a desinformação que cercam os transtornos mentais. E vencer isso é um verdadeiro desafio.

 "Em geral, o maior desafio está no início do tratamento, em ajudar a própria pessoa e sua família a vencerem o preconceito e o estigma em relação a realizar um tratamento psiquiátrico", afirma Torquato.

Parte desse preconceito existe justamente pela falta de informação. O assunto ainda é considerado tabu e dificilmente é discutido abertamente, mesmo na mídia.  Também não existem muitos materiais informativos ou campanhas para esse tipo de doença. E a informação é um aliado importantíssimo na hora de fazer um diagnóstico e buscar um tratamento, que pode fazer toda a diferença para a qualidade de vida e o bem-estar do paciente.

"As pessoas ainda têm muita dificuldade e pouco acesso a informações que as auxilie a compreender que, embora estejamos falando de doenças que se manifestam com alterações emocionais, mudanças de humor, do comportamento e do pensamento, existe na maioria dos casos um comprometimento orgânico. E que é necessário um tratamento, que é efetivo na grande maioria dos casos", explica Katz.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Você é pão duro nas viagens ao exterior? Veja estas dicas.




Quanto você pagaria por suas viagens ou enquanto viaja? Ou você é pão duro ou gastador em suas viagens
no exterior?

Parece ser uma incoerência pagar uma passagem para Europa, que é cara – comparativamente não tanto
quanto as passagens para o Nordeste Brasileiro – e querer fazer economia, ou ser pão duro. Sempre
coloquei um teto de gastos diários, quando viajo. Não atingindo, gastaria mais no outro dia. Mas há todo
 tipo de gente por lá, gastando ou economizando seu rico dinheirinho.
Mas foi lendo este artigo de Chris Gillebeau que fiquei chocado: eu não era TÃO  pão duro. Pão duríssimo
 é o 
autor deste texto. Veja só:
Viajante contumaz, os amigos perguntavam como ele fazia para pagar todas as viagens.  E ele deixava bem
 claro qual a estratégia.

Primeiro, defina suas prioridades.
Em palavras simples: o que você valoriza? Lembre-se: onde está seu tesouro, aí estará seu coração.
Ele valoriza a viagem em si. Faz tudo o que sua condição financeira permite. Ao saber que ele iria gastar
30 mil dólares para visitar 100 países, ele achou barato. Claro que ele não tinha 30 mil dólares dando sopa,
 mas ele decidiu que não precisava de tudo isto e que ia gastando enquanto viajava, com a expectativa de
que isto ia levar muitos anos. Mas valia a pena gastar este dinheirão no desafio de visitar a metade do mundo.
A primeira leva dos 93 países custou muito mais do que a quantia prevista. Mas suportável, se se paga em
 longos anos.
Lição: escolha o que você valoriza e direcione seus gastos para estas experiências.

Segundo, Pratique a Frugalidade Seletiva.
Este é um tópico controverso: a frugalidade. Não se sente à v ontade para falar para as pessoas ficar
contando tostões e centavos. Se sua renda é baixa, você nunca vai ficar rico fazendo economia.
 Você precisa ganhar mais.
A frugalidade que ele adotou foi bem pessoal:  ele mesmo se nomeou “um f.d.p. bem baratinho”.
E não compra nada que não seja absolutamente necessário. Se um sanduíche no aeroporto custa 9 dólares,
 ele passa fome, mas não paga. Só usa transporte público e se tiver que gastar sola de sapato carregando
a mochila nas costas para chegar num albergue, ele gasta e não pega taxi.
E teve mais escolhas “inteligentes”.
Depois de pular lanches e almoços, e ficar encharcado de chuva em muitos países, ele criou a regra de 10
 dólares para lhe informar sobre seus gastos na estrada (aquele teto de gastos, que eu, Mário Cleber, falei
 no início): se custa menos de 10 dólares e vai melhorar sua vida, ele compra na hora.
E ficou mais racional: não comprava nada que ele não  tivesse condições de pagar. Fugia de dívidas. Fazia
 economia em alguns lugares para gastar em outros (ah, olha eu aí, de novo).
Lição: se você não tem muito dinheiro, seja mais cuidadoso ao gastá-lo.
E atenção: veja se consegue pacotes. São mais baratos.

Ele demorou muito a viajar SÓ com mochilas. Antes ele fazia igual a todo mundo: usava milhas, comparava
os preços e escolhia o melhor para ele. Aí ele começou a ficar atento a alguns truques, como:
Pegar tudo o que é de graça nas salas de espera. Croissant é de graça? Mê dê seis, por favor.
Cappuccino é ilimitado? Só vou beber cappuccino.
Aprecie o que você tem no momento. Depois pode não ter mais.
Pegar voos com paradas e fique nos países por um tempo.
Carregar todos os talheres do avião.

Não faça cara feia para estas dicas, caro leitor do blog. Quem sabe ajudarão você.

sábado, 9 de novembro de 2013

Felicidade é uma empresa de um só funcionário: você.



Esta frase, infelizmente, não é minha, mas está em um texto que achei extremamente valioso do site
 “Pequeno Guru”, falando sobre felicidade e, com outro excelente achado, dizendo que ela, a felicidade, 
é de graça. Leiam e mesmo achando que estou repetitivo, penso que vale a pena repetir para descobrirmos 
maneiras variadas de ser feliz.

“O melhor remédio para aqueles que estão assustados, solitários ou infelizes é ir para fora, algum 
lugar onde possam ficar sozinhos com o céu, natureza e Deus. Para então, e só então, você
conseguir sentir que tudo é como deveria ser e que Deus quer que as pessoas sejam felizes entre a 
beleza e a simplicidade da natureza.” (Anne Frank)
A receita de Anne pode soar romântica demais para muitos ouvidos, mas nada como a pureza e o otimismo
 de uma criança para resgatar emoções há muito abandonadas pelos adultos. Crianças podem não conhecer
muito da vida, mas se tem uma coisa que elas sabem é ser feliz. Comer guloseimas coloridas, brincar fora 
de casa sem importar com a cor da roupa ou com joelho ralado, ter muitos amigos e até brigar com alguns,
 mas sem guardar mágoas. Ser criança é quase um sinônimo de ser feliz — e o maior pecado do mundo
 deveria ser destruir a infância de alguém. Talvez por isso a maioria das pessoas sente tanta saudade dessa
 época, porque desconhece essa sensação hoje. Ser um adulto feliz parece exigir tanto esforço que o 
assunto se tornou popular em livros e palestras. Não é mais difícil ser feliz hoje do que aos 7 anos,
 é apenas diferente, e requer algumas mudanças na forma como você vê a vida.
Quando somos crianças temos 1 milhão de motivos para ser feliz e 1 ou 2 problemas para nos preocupar.
 Na vida adulta, isso parece se inverter — os problemas aumentam e sem os devidos cuidados podem 
superar as coisas boas. Dinheiro é o líder da quadrilha da infelicidade, afetando bilhões de pessoas no mundo.
 E aqui vem o primeiro segredo, o impacto que o dinheiro exerce na nossa vida depende da importância 
que damos: dinheiro é fonte de felicidade ou um mal necessário?
Felicidade não é algo a pronta entrega, é um produto caseiro feito nos detalhes e com muito amor.
É difícil falar de felicidade sem falar de dinheiro, então a importância que damos a ele afeta diretamente
 à nossa felicidade. Quer ver uma coisa? Suponhamos que você receba duas ofertas de emprego para 
trabalhar em outra cidade com moradia paga pela empresa e precisa escolher entre elas:
a) Empresa multinacional com salário de R$14.000 e uma boa casa (mas não a melhor) em condomínio fechado de altíssimo padrão em um dos bairros mais ricos da cidade.
b) Empresa multinacional com salário de R$9.000,00 e uma cobertura em edifício de alto padrão em bairro classe média.

Qual você escolheria? Segundo cientistas britânicos, as pessoas são mais felizes quando são mais bem 
sucedidas que as outras com quem convivem, independente do quanto ganham e do valor dos seus bens. 
Em outras palavras, é melhor ser o magnata do bairro do que um Zé Ninguém do Alphaville.
Se você quer comprar felicidade, precisa comprar  momentos, não coisas. Você ainda vai sair ganhando
 porque momentos geralmente custam menos do que coisas. Para alguns, trocar de carro por um melhor é
 o maior exemplo de felicidade que se pode ter. Até faz sentido, pois carro gera status e se nosso status
 for maior que os dos outros, ficamos felizes (é a ideia do estudo acima). Mas é mais provável que o  
carro, por melhor que seja, ainda o faça desejar a caminhonete do vizinho. Também é provável que lhe 
deixe com a grana curta e lhe faça adiar aquela viagem para Europa que há tanto tempo sua namorada sonha. Momentos são mais valiosos que coisas.
Mas não precisamos viver como monges para encontrar a felicidade. Ter coisas nos faz feliz sim, ganhar
 mais no final do mês também nos faz feliz, mas apenas se os nossos desejos não aumentarem junto.
É impossível não transbordar de felicidade com a compra do primeiro imóvel, mas se você já pensa 
em dar de entrada por outro maior no futuro, essa felicidade durará pouco. O dinheiro gera felicidade ao 
preencher um vazio, mas muitas vezes acaba acontecendo como Benjamin Franklin disse uma vez, criando
 um novo. Ao invés de satisfazer uma vontade, ele dobra ou triplica. Dinheiro deveria vir com uma dose 
de sabedoria porque só assim elas saberão usar a seu favor.
Felicidade tem preço sim, de banana
Ao saber que a palavra “vovó” é mais associada à felicidade do que  “iPhone” ou “milhão”, 
 realizei uma pequena pesquisa em busca de um consenso sobre felicidade entre pensadores, filósofos 
e escritores. Embora cada um tenha sua própria opinião, uma das noções mais comuns pode ser resumida
 em uma frase do sábio escritor americano William Ward: “felicidade é um trabalho interno”.
Aristóteles, Dale Carnegie, Dalai Lama, Eleanor Roosevelt, Marco Aurélio todos compartilhavam a ideia
 de que felicidade vem das suas próprias ações e pensamentos. Mas só você sabe o que lhe deixa feliz,
 não é? Seja o que for, apenas não esqueça que ela está dentro de você e não em um shopping center. 
Felicidade não é algo a pronta-entrega, é um produto caseiro feito nos detalhes e com muito amor.
Não há regras, mas você pode começar por aqui
É tudo sobre sua habilidade de viver um momento de cada vez e valorizar o que já conquistou. Quanto
 mais você pensar no futuro e viver para ele, menos você aproveitará o hoje e maiores as chances de viver 
frustrado, preocupado e infeliz. Nunca esqueci da história de um homem que durante muitos anos trabalhou
 no turno da noite da redação de um jornal, o único momento que tinha com seus filhos pequenos era
 quando os levava para escola e raros eram os momentos a dois com amigos e a esposa. Seu objetivo era
 trabalhar duro para se aposentar cedo e então aproveitar a vida, e o turno da noite pagava mais. Ele
faleceu em um acidente de trânsito bem antes da aposentadoria.
Dinheiro é importante, mas está longe de ser tudo. Para provar que você pode ser mais feliz sem o
salário dos sonhos, há 4 pequenos conselhos que gostaria de compartilhar. Como a felicidade reside na
simplicidade, você verá que esses conselhos não têm nada de novo. A força deles está no quanto você
 os aplica na sua vida.
1. Aproveite os amigos e a família
Enquanto você ainda pode. A amizade é uma das maiores fontes de felicidade. É quase um consenso na 
ciência hoje que é impossível ser feliz sozinho. A consultoria Gallup diz que são necessárias pelo menos
 6 horas diárias de convívio social para uma vida feliz. Se uma simples conversa com um colega de trabalho
 contribui para sua felicidade, imagine o impacto de um happy hour com um amigo. Quantas vezes seus 
pais lhe telefonaram reclamando que você não os visita mais? E aquele amigo que já lhe convidou várias
 vezes para fazer algum coisa e você “nunca pode”? Compromissos sempre vão existir, mas é preciso 
achar uma brecha na agenda para quem você ama. Lembre-se que amizades verdadeiras não são
 construídas
 a partir do dinheiro. Se tudo que seus amigos gostam de fazer é ir para baladas caras em roupas de 
marca, talvez você devesse rever essas amizades (como sua mãe deve ter lhe dito alguma vez na vida). 
Amigo não é aquele que lhe acompanha em uma viagem à Europa, mas aquele que pega um ônibus lotado
 para o litoral sem ter onde ficar. Só pela parceria.
2. Seja generoso
Altruísmo é outra grande fonte de felicidade. Dar R$1,00 para uma criança no semáforo não faz muita
 diferença no seu bolso, mas provavelmente faz para o seu bem-estar.(Aqui discordo do autor, coisa mais
 comum em primeiro mundo, mas aqui no Brasil batalha-se para evitar dar dinheiro no farol). Pessoas
 que fazem trabalhos voluntários ou doam regularmente desfrutam de um ganho emocional considerável. 
Mas ações ainda menores do que essas contribuem para a felicidade, como dar uma lembrança 
inesperada para alguém.
A felicidade é uma empresa de um único funcionário, você.
Gastar dinheiro com alguém que você gosta tende a lhe deixar mais feliz do que se gastasse com algo para
 você, é o que dizem os autores de “Happy Money”. Por quê? É contagiante. Fazer algo por alguém 
nos faz com que nos sintamos bem conosco, fortalece laços e gera maiores lembranças positivas.
3. Faça o que gosta
Todos os dias, eu tento fazer pelo menos 1 coisa que eu gosto muito. Sem culpa. Assistir uma 
série, jogar videogame, tomar uma cerveja. O que quer que você goste muito, assegure de fazer com
 regularidade. De preferência, procure atividades relaxantes, mas não é regra. Tem gente que fica feliz ao
 correr 5km, outras ao ficar esparramado no sofá. Apenas uma observação: preste atenção se isso
 contribui de forma genuína para uma sensação agradável duradoura e que permaneça  depois. Muitas 
coisas das quais gostamos trazem benefícios momentâneos e depois geram sensações de culpa,
 angústia e inferioridade (por exemplo, Facebook). Nem tudo que é bom nos faz bem. (Ou como outro
 filósofo dizia: eu posso tudo, mas nem tudo me convem).
4. Dedique sua vida alguém
O amor é a única coisa que conhecemos no começo de nossas vidas. Com o tempo, nasce o medo
 através dos nossos erros, más experiências e julgamentos. Toda fonte de amor é válida e incrivelmente
 poderosa, mas o amor de casal é o que leva homens e mulheres às experiências mais intensas. Quando
 puro e sincero, o amor por alguém é a maior fonte de felicidade que se pode sentir. Fica-se feliz só por
 estar na presença do outro e tudo é mais intenso, tudo parece melhor do que realmente é. Claro, também 
é fonte de tristeza e melancolia, mas grandes recompensas carregam grandes riscos e uma vez que você
 encontrar a pessoa certa, a felicidade invade sua vida de uma maneira impressionante. (leia: 
“Pré-requisito para amar”) Nunca deixe essa pessoa ir embora da sua vida. Como instruiu o pastor no
 casamento de um grande amigo meu: “viva para a sua esposa. Ela é a pessoa mais importante da sua vida, 
mais até que os seus filhos”. Quando encontrar a pessoa certa, dedique sua vida a ela, essa também é 
uma das maiores lições que você pode ensinar aos seus filhos. Nada é mais forte que o amor para mudar 
o mundo — e a sua vida.
Quer ser feliz? Então seja!! É um trabalho interno no qual o exterior influencia até onde você permitir, não
 existe nada lá fora que possa lhe ajudar mais do que você mesmo. A felicidade é uma empresa de um 
funcionário só: você.







terça-feira, 5 de novembro de 2013

Geração X, Y e baby boomers.

Que é isto? Perguntarão alguns leitores distraídos ou desconfiados. Bem, o texto vai explicar.  Li  no facebook (o que mostra que facebook pode ser útil), postado por duas pessoas conhecidas minhas. Achei bastante pertinente, curioso e bem bolado, a partir do próprio título. Leiam, repensem e imaginem o seguinte: a geração atual terá maiores expectativas de realização, ou não? Serão mais bem sucedidas ou não?

Porque os jovens profissionais da geração Y estão infelizes?


Esta é a Ana.
Ana é parte da Geração Y, a geração de jovens nascidos entre o fim da década de 1970 e a metade da década de 1990. Ela também faz parte da cultura Yuppie, que representa uma grande parte da geração Y.
“Yuppie” é uma derivação da sigla “YUP”, expressão inglesa que significa “Young Urban Professional”, ou seja, Jovem Profissional Urbano. É usado para referir-se a jovens profissionais entre os 20 e os 40 anos de idade, geralmente de situação financeira intermediária entre a classe média e a classe alta. Os yuppies em geral possuem formação universitária, trabalham em suas profissões de formação e seguem as últimas tendências da moda. - Wikipedia
Eu dou um nome para yuppies da geração Y — costumo chamá-los de “Yuppies Especiais e Protagonistas da Geração Y”, ou “GYPSY” (Gen Y Protagonists & Special Yuppies). Um GYPSY é um tipo especial de yuppie, um tipo que se acha o personagem principal de uma história muito importante.
Então Ana está lá, curtindo sua vida de GYPSY, e ela gosta muito de ser a Ana. Só tem uma pequena coisinha atrapalhando:
Ana está meio infeliz.
Para entender a fundo o porquê de tal infelicidade, antes precisamos definir o que faz uma pessoa feliz, ou infeliz. É uma formula simples:
É muito simples — quando a realidade da vida de alguém está melhor do que essa pessoa estava esperando, ela está feliz. Quando a realidade acaba sendo pior do que as expectativas, essa pessoa está infeliz.
Para contextualizar melhor, vamos falar um pouco dos pais da Ana:
Os pais da Ana nasceram na década de 1950 — eles são “Baby Boomers“. Foram criados pelos avós da Ana, nascidos entre 1901 e 1924, e definitivamente não são GYPSYs.
Na época dos avós da Ana, eles eram obcecados com estabilidade econômica e criaram os pais dela para construir carreiras seguras e estáveis. Eles queriam que a grama dos pais dela crescesse mais verde e bonita do que eles as deles próprios. Algo assim:
Eles foram ensinados que nada podia os impedir de conseguir um gramado verde e exuberante em suas carreiras, mas que eles teriam que dedicar anos de trabalho duro para fazer isso acontecer.
Depois da fase de hippies insofríveis, os pais da Ana embarcaram em suas carreiras. Então nos anos 1970, 1980 e 1990, o mundo entrou numa era sem precedentes de prosperidade econômica. Os pais da Ana se saíram melhores do que esperavam. isso os deixou satisfeitos e otimistas.
Tendo uma vida mais suave e positiva do que seus próprios pais, os pais da Ana a criaram com um senso de otimismo e possibilidades infinitas. E eles não estavam sozinhos. Baby Boomers em todo o país e no mundo inteiro ensinaram seus filhos da geração Y que eles poderiam ser o que quisessem ser, induzindo assim a uma identidade de protagonista especial lá em seus sub-conscientes.
Isso deixou os GYPSYs se sentindo tremendamente esperançosos em relação à suas carreiras, ao ponto de aquele gramado verde de estabilidade e prosperidade, tão sonhado por seus pais, não ser mais suficiente. O gramado digno de um GYPSY também devia ter flores.
Isso nos leva ao primeiro fato sobre GYPSYs:
GYPSYs são ferozmente ambiciosos
President1
O GYPSY precisa de muito mais de sua carreira do que somente um gramado verde de prosperidade e estabilidade. O fato é, só um gramado verde não é lá tão único e extraordinário para um GYPSY. Enquanto seus pais queriam viver o sonho da prosperidade, os GYPSYs agora querem viver seu próprio sonho.
Cal Newport aponta que “seguir seu sonho” é uma frase que só apareceu nos últimos 20 anos, de acordo com o Ngram Viewer, uma ferramenta do Google que mostra quanto uma determinada frase aparece em textos impressos num certo período de tempo. Essa mesma ferramenta mostra que a frase “carreira estável” saiu de moda, e  também que a frase “realização profissional” está muito popular.
Para resumir, GYPSYs também querem prosperidade econômica assim como seus pais – eles só querem também se sentir realizados em suas carreiras, uma coisa que seus pais não pensavam muito.
Mas outra coisa está acontecendo. Enquanto os objetivos de carreira da geração Y se tornaram muito mais específicos e ambiciosos, uma segunda ideia foi ensinada à Ana durante toda sua infância:
Este é provavelmente uma boa hora para falar do nosso segundo fato sobre os GYPSYs:
GYPSYs vivem uma ilusão
Na cabeça de Ana passa o seguinte pensamento: “mas é claro… todo mundo vai ter uma boa carreira, mas como eu sou prodigiosamente magnífica, de um jeito fora do comum, minha vida profissional vai se destacar na multidão”. Então se uma geração inteira tem como objetivo um gramado verde e com flores, cada indivíduo GYPSY acaba pensando que está predestinado a ter algo ainda melhor:
Um unicórnio reluzente pairando sobre um gramado florido.
Mas por que isso é uma ilusão? Por que isso é o que cada GYPSY pensa, o que põe em xeque a definição de especial:
es-pe-ci-al | adjetivo
melhor, maior, ou de algum modo
diferente do que é comum
De acordo com esta definição, a maioria das pessoas não são especiais, ou então “especial” não significaria nada.
Mesmo depois disso, os GYPSYs lendo isto estão pensando, “bom argumento… mas eu realmente sou um desses poucos especiais” – e aí está o problema.
Uma outra ilusão é montada pelos GYPSYs quando eles adentram o mercado de trabalho. Enquanto os pais da Ana acreditavam que muitos anos de trabalho duro eventualmente os renderiam uma grande carreira, Ana acredita que uma grande carreira é um destino óbvio e natural para alguém tão excepcional como ela, e para ela é só questão de tempo e escolher qual caminho seguir. Suas expectativas pré-trabalho são mais ou menos assim:
Infelizmente, o mundo não é um lugar tão fácil assim, e curiosamente carreiras tendem a ser muito difíceis. Grandes carreiras consomem anos de sangue, suor e lágrimas para se construir – mesmo aquelas sem flores e unicórnios – e mesmo as pessoas mais bem sucedidas raramente vão estar fazendo algo grande e importante nos seus vinte e poucos anos.
Mas os GYPSYs não vão apenas aceitar isso tão facilmente.
Paul Harvey, um professor da Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, e expert em GYPSYs, fez uma pesquisa onde conclui que a geração Y tem “expectativas fora da realidade e uma grande resistência em aceitar críticas negativas” e “uma visão inflada sobre si mesmo”. Ele diz que “uma grande fonte de frustrações de pessoas com forte senso de grandeza são as expectativas não alcançadas. Elas geralmente se sentem merecedoras de respeito e recompensa que não estão de acordo com seus níveis de habilidade e esforço, e talvez não obtenham o nível de respeito e recompensa que estão esperando”.
Para aqueles contratando membros da geração Y, Harvey sugere fazer a seguinte pergunta durante uma entrevista de emprego: “Você geralmente se sente superior aos seus colegas de trabalho/faculdade, e se sim, por quê?”. Ele diz que “se o candidato responde sim para a primeira parte mas se enrola com o porquê, talvez haja um senso inflado de grandeza. Isso é por que a percepção da grandeza é geralmente baseada num senso infundado de superioridade e merecimento. Eles são levados a acreditar, talvez por causa dos constantes e ávidos exercícios de construção de auto-estima durante a infância, que eles são de alguma maneira especiais, mas na maioria das vezes faltam justificativas reais para essa convicção”.
E como o mundo real considera o merecimento um fator importante, depois de alguns anos de formada, Ana se econtra aqui:
A extrema ambição de Ana, combinada com a arrogância, fruto da ilusão sobre quem ela realmente é, faz ela ter expectativas extremamente altas, mesmo sobre os primeiros anos após a saída da faculdade. Mas a realidade não condiz com suas expectativas, deixando o resultado da equação “realidade – expectativas = felicidade” no negativo.
E a coisa só piora. Além disso tudo, os GYPSYs tem um outro problema, que se aplica a toda sua geração:
GYPSYs estão sendo atormentados
Obviamente, alguns colegas de classe dos pais da Ana, da época do ensino médio ou da faculdade, acabaram sendo mais bem-sucedidos do que eles. E embora eles tenham ouvido falar algo sobre seus colegas de tempos em tempos, através de esporádicas conversas, na maior parte do tempo eles não sabiam realmente o que estava se passando na carreira das outras pessoas.
A Ana, por outro lado, se vê constantemente atormentada por um fenômeno moderno: Compartilhamento de Fotos no Facebook.
As redes sociais criam um mundo para a Ana onde: A) tudo o que as outras pessoas estão fazendo é público e visível à todos, B) a maioria das pessoas expõe uma versão maquiada e melhorada de si mesmos e de suas realidades, e C) as pessoas que expôe mais suas carreiras (ou relacionamentos) são as pessoas que estão indo melhor, enquanto as pessoas que estão tendo dificuldades tendem a não expor sua situação. Isso faz Ana achar, erroneamente, que todas as outras pessoas estão indo super bem em suas vidas, só piorando seu tormento.
Então é por isso que Ana está infeliz, ou pelo menos, se sentindo um pouco frustrada e insatisfeita. Na verdade, seu início de carreira provavelmente está indo muito bem, mas mesmo assim, ela se sente desapontada.
Aqui vão meus conselhos para Ana:
1) Continue ferozmente ambiciosa. O mundo atual está borbulhando de oportunidades para pessoas ambiciosas conseguirem sucesso e realização profissional. O caminho específico ainda pode estar incerto, mas ele vai se acertar com o tempo, apenas entre de cabeça em algo que você goste.
2) Pare de pensar que você é especial. O fato é que, neste momento, você não é especial. Você é outro jovem profissional inexperiente que não tem muito para oferecer ainda. Você pode se tornar especial trabalhando duro por bastante tempo.
3) Ignore todas as outras pessoas. Essa impressão de que o gramado do vizinho sempre é mais verde não é de hoje, mas no mundo da auto-afirmação via redes sociais em que vivemos, o gramado do vizinho parece um campo florido maravilhoso. A verdade é que todas as outras pessoas estão igualmente indecisas, duvidando de si mesmas, e frustradas, assim como você, e se você apenas se dedicar às suas coisas, você nunca terá razão pra invejar os outros.

Sobre o autor: Típico mineiro que adora um bom papo, geek desde pequeno e se graduou em Engenharia Elétrica pelo Inatel. É Co-fundador do G88 e pretende trazer um "cadim" de tudo para nossos leitores.


Agora, de novo o blogueiro Mário Cleber.

Duas coisas: 1) creio que deverão comer a grama já plantada, antes de atingir o sucesso. 2) não diria ignorar as outras pessoas, mas não se comparar com os outros. Meu guru há 10 anos já me dizia isto.
E aí, leitores, o que acharam?