Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes
Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

quinta-feira, 31 de maio de 2012

É Possível Um Novo Amor?

O primeiro texto do mês de Maio falava do Amor. Termino o mês com o mesmo tema. Um artigo cheio de esperanças para quem gostaria de amar novamente.


UM NOVO AMOR. É POSSÍVEL?

Por Maria Helena Matarazzo*

No amor, é fácil nos enganarmos com as pessoas e com os inúmeros mitos existentes sobre o assunto. Os desencontros são inevitáveis e provocam mini-mortes em nosso coração. Mas é necessário recomeçar sempre, sem precipitações. Nessa área, não existem soluções milagrosas. Basta dar chance de o amor acontecer e, a partir daí, construí-lo passo a passo.

O mundo está repleto de pessoas que tentam enganar você de propósito, fazendo-o acreditar que são o que não são. Muitas vezes, disfarçam bem a situação com camuflagens: homens que nunca usam aliança, ou mulheres que produzem uma cortina de fumaça, inventando partes de sua história. Nessas condições, fica difícil decifrar o sinal: "Amor à vista" ou " Perigo à vista"?

Os mitos românticos podem feri-lo. Alguns deles o fazem acreditar que você não tem controle sobre sua vida amorosa, mas isso não é verdade. Sua vida social e afetiva não é estabelecida pelo destino, você a determina.

Às vezes, você está num clima de diversão aventureira, quer surfar nas emoções para se sentir vivo. Existem encontros que podem deixá-lo intrigado, deliciado ou chocado. Nessas ocasiões, você dá valor ao provisório, não ao definitivo. Também as pessoas tentam adequar sua imagem, suas "falas", ao que o outro deseja. Isso não passa de tentativa um pouco mais calculada e menos intuitiva de conquistar, de seduzir, influenciada pelas idéias do marketing moderno.

Em um mundo assim, como escolher? Como diferenciar pessoas que são realmente o que parecem ser de outras que são uma imagem retirada do real, inventada com base nos meios de comunicação de massa? As mulheres adoram romance e isso as faz se produzirem para se sentir mais atraentes. Cuidado para não viver um clichê, porque não se pode fabricar uma sensação. Para ser verdadeira, ela deve surgir naturalmente –não pode ser fingimento nem encenação, senão vira uma imitação forçada da vida que, como sabemos por experiência própria, leva logo à desilusão.

Cada encontro é diferente. Só que as pessoas descomprometidas estão cansadas de representar. Conquista sem desejo é uma farsa. Só ficam o alô e o tchau no meio, as falas de sempre.

Quando você se aproxima de um (a) estranho (a), ele (a) experimenta uma série de sentimentos, desde a atração até o medo. Sentir tudo isso ao mesmo tempo leva a pessoa a ter a impressão de estar fora de seu equilíbrio. Uma maneira para o outro é dando-he o poder de decidir o que vai acontecer depois. Dentro do espírito do "novo romance", não se flerta só para obter algo de alguém. Flerta-se, sobretudo, para dar algo a alguém. Ao flertar com sinceridade, você ergue pontes em vez de paredes. O flerte é um presente que você tem o poder de dar.

Por outro lado, os desencontros são inevitáveis. Flertes mal-sucedidos, uma maré de azar e até golpes duros –como quando alguém passa a mão em seu talão de cheques –podem ir entupindo suas artérias emocionais e provocando infartos silenciosos: minimortes em partes do coração. Muitos homens vão decepcioná-la, e só uma minoria entregará o que prometeu. Grande número de mulheres não passa de fantasia, que pode arrebatar numa relação com muita adrenalina e nenhuma substância. Às vezes, parece que os encontros escorregam entre os dedos. O surpreendente é que o coração humano tem incrível poder de recuperação. Não se esqueça, porém, de que quem escolhe é você, ou, mais precisamente, seu grau de maturidade e consciência. Pessoas imaturas e oportunistas acabam se envolvendo com propostas de relacionamento tão imaturas e oportunistas quanto elas. É você que se deixa iludir ou não.

Quando se trata de amor, é comum pensar-se em soluções milagrosas, em vez de primeiros passos. Se as grandes soluções não funcionam na primeira tentativa, quer-se logo desistir, voltar a não fazer nada, ou precipitar-se em outra tentativa. É preciso fazer com que o começo volte a ser um começo de verdade, em vez de última chance. A idéia é a seguinte: "Se o outro partir com o tempo, alguém virá". E não: "Tive a sorte de encontrar alguém, e agora?". É preciso ter a convicção de que, cedo ou tarde, isso vai acontecer de novo. A vida ensina que, embora existam sentimentos mágicos, como a compaixão, amor não é mágica e não acontece num passe de mágica.


*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de, entre outros, "Coragem para Amar", da Editora Record.
                                  

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Para que serve um Psicólogo?

Para que serve o (a) Psicólogo (a)?


É um mundo fascinante, este, da Internet. Textos e artigos bons me caem na mão e as primeiras pessoas que penso são os meus leitores. O de hoje é particularmente marcante para mim: O que é um psicólogo? Ora, sendo psicólogo, nada mais justo do que encaminhar aos acompanhantes de meu blog.

Por Leonardo Abrão.
Não é raro as pessoas brincarem dizendo que alguém está “doido” e que, portanto, necessita de um psicólogo. Essa brincadeira, bastante comum em qualquer classe econômica ou faixa etária da nossa sociedade, revela uma questão: de uma maneira geral e bastante simplista, o senso comum acredita que a Psicologia é “coisa para pessoas desequilibradas, com problemas mentais ou desajustes sociais”.
Esse mesmo senso comum, que também costuma pensar que Psicologia “é coisa para mulheres, para fracos ou pessoas que não sabem o que querem da vida”, tem as suas raízes fincadas tanto no desconhecimento absoluto do que faz um psicólogo, quanto na falsa idéia de que “quem sabe o que faz”, sabe mesmo o que faz, o que pensa e o que sente. Então, se essas são as seivas das quais o senso comum se alimenta, falemos agora, rapidamente, sobre elas, contribuindo para o verdadeiro esclarecimento das pessoas que, talvez e desnecessariamente, estejam sofrendo sem saber que existe um profissional especializado em sofrimento humano. Esse profissional é o psicólogo e, essencialmente, é isso o que ele faz: trabalha com o sofrimento humano. Esse sofrimento, independentemente da intensidade com que se apresente, pode estar relacionado a qualquer outra condição humana, como, por exemplo, um casamento, um curso, uma viagem, um namoro, um emprego, uma dívida, uma perda, uma desilusão ou um medo.
As possibilidades, infinitas por definição, são proporcionais às possibilidades da criatividade humana, intrinsecamente permeadas por pensamentos, sentimentos, julgamentos, interesses, expectativas, desejos, receios e todo o mais que os homens podem desenvolver a partir das suas complexas existências e, ainda mais complexas, teias de relacionamentos. Frente aos turbilhões de possibilidades existenciais, comportamentais e relacionais que os homens podem desenvolver, não é de se estranhar que os indivíduos, às vezes, possam se sentir ou se julgar confusos, desestimulados, perdidos ou entristecidos, e, por conseqüência desses sentimentos ou julgamentos, desenvolverem as mais diferentes e improváveis reações comportamentais, atitudinais e até mesmo biológicas em suas vidas. O psicólogo, frente a essas questões, é o profissional capacitado, pela ciência e pela prática profissional, para acolher e ajudar o indivíduo a olhar, refletir, avaliar a sua situação e a intervir sobre ela.
E por que o psicólogo é o profissional capacitado para isso? Por que é ele que, primeiramente, dedica a sua formação acadêmica aos estudos dos mecanismos de funcionamento e operação da mente e do comportamento humano. O psicólogo, em outras palavras, é o profissional capacitado para compreender os mecanismos de funcionamento do cérebro, da mente, dos pensamentos, sentimentos e comportamentos dos homens, sendo apto, portanto, para auxiliá-los em relação as suas dificuldades frente às condições e características das suas vidas particulares ou relacionais. Por entender como a mente, a alma e/ou a consciência humana se sistematiza, organiza e age, o psicólogo é o profissional melhor capacitado para avaliar os “nós”, ou aparentes “nós”, nos quais essa mesma mente, alma e/ou consciência humana, às vezes, pode se enroscar. Dito isso, não é difícil compreender que qualquer ser humano, em qualquer etapa da sua vida, possa, às vezes, necessitar dos conhecimentos, técnicas e habilidades de um psicólogo. “Doido”, “desajustado”, “fraco” ou não, sabendo ou não sabendo o que quer da vida, qualquer ser humano está sujeito a dar “nós” na cabeça. Não é ótimo, portanto, existir um profissional que, por conta de seus conhecimentos, técnicas e habilidades, entenda de “nós” e esteja apto a identificá-los, compreendê-los e a desfazê-los?
Na verdade, tais conhecimentos, técnicas e habilidades dos psicólogos já extrapolaram o universo existencial dos indivíduos em sofrimento e também se tornaram úteis ao universo existencial e relacional de organizações empresariais, instituições escolares, ambientes esportivos, hospitalares e comunitários das sociedades humanas. Nessas outras estruturas, o psicólogo também pode atuar favorecendo e potencializando a saúde mental das pessoas, prevenindo doenças, prejuízos e outros tantos “nós” que, onde há cérebros, mentes, consciências, inconsciências e comportamentos humanos, são passíveis de aparecerem.




segunda-feira, 21 de maio de 2012

Histórias que Minha Avó Contava

Esta é uma das crônicas que publiquei. Tem seu sabor nostálgico.

Histórias que minha avó contava

                Apesar de seus oitenta e tantos anos, e do inseparável e constante cigarrinho, cujas baforadas joga deliciosamente sobre os netos, Maria Nazaré, minha avó, é uma pessoa extremamente lúcida, de invejável memória, de grande religiosidade e de um profundo humor. Resolveu contar-me alguns casos de sua vida, que poderiam deliciar os leitores.
                Há muitos e muitos anos, quando nem estrada havia lá nas profundas das Minas Gerais, a forma mais comum de transporte era o cavalo. O da minha avó era fogoso, forte, bonito e bastante corajoso. Ela o chamava de Neguinho (talvez nestes tempos de politicamente (in)correto seria um absurdo). Ele obedecia à sua voz ou a um pequeno gesto na rédea. Os caminhos que iam da cidade à fazenda eram tortuosos e cheios de barrancos e buracos. Destemida como uma amazonas, lá ia minha avó montada no Neguinho. Chovera naquela tarde, e a lama fazia o cavalo escorregar. De repente, não mais do que de repente, como diria o poeta, o cavalo escorregou no barranco. Embaixo, um buraco de uns quinze metros de fundura. As patas traseiras do animal já estavam abaixo da terra. Com esforço, as dianteiras se mantinham fixas, e assim não caíram, animal e amazona, no escuro buraco. Maria Capoeira, uma vizinha e amiga, que vinha logo atrás, ao ver aquele quase desastre, apelou para a divindade: “Valhei-me Nossa Senhora Aparecida!” E milagrosamente, o cavalo acabou subindo o barranco, e nada aconteceu.
                “Se quiser acreditar, acredita; se não, não precisa ficar rindo”, repreende ao sorriso descrente.
-        Pode contar mais – falo, incentivando-a. E ela não se dá por rogada.
                Outra vez – narra ela, depois de um cigarrinho aceso recentemente -, tinha saído para a cidade, levando o Uizé e a Mariazinha (o Uizé é José), todos muito pequetitos (não sei onde foi arrumar este “pequetito”), e fomos para a casa da Sá Dolores para uma conversa amena e amiga. Já tinha avisado ao Antônio (o meu avô) que estaria de volta à noitinha. E não é que me esqueci do tempo! Quando dei por mim, já estava escuro. Ia de qualquer jeito. “Fica, comadre”, dizia Sá Dolores, “dorme aí com as crianças”. “Não, tenho que ir, tenho que ir.” E lá me mandei, indo pelo Areão. Chegando ao córrego, mandei as crianças tirarem o sapato para a gente atravessar. O vento cortava e fazia barulho, zunindo nos ouvidos. Tínhamos de andar depressa. Nem lua tinha. Tínhamos medo de encontrar algum animal bravo, uma cobra assustada, ou qualquer coisa. As pinguelas também eram um perigo. Chegamos apavoradas em casa. Depois de colocar as crianças para dormir, olhei da janela e vi uma escuridão que nem breu. Aí, então, desmaiei.
-        Essa eu acredito – falei.
            - Ah é? Escuta esta. Morrera uma velha lá em Andrelândia na época do frio. Gelada estava a mulher, com aquele inverno danado, e fomos prepará-la para o enterro. Mas a mulher ficara com os braços duros e não tinha jeito de colocar uma roupa nela. Então, eu fui falando: “Vamos fulana, arrumar para ir à missa. O padre já está esperando. Precisamos ir à igreja” - e o braço da mulher amoleceu, e assim colocamos a roupa direitinho...
            - Credo... não tinha outra melhor?
A minha avó ria do meu medo.
            - Tem mais esta. Uma vez, à tarde, quando tinha ido visitar a comadre Aninha na fazenda lá perto, resolvi voltar sozinha, encurtando o caminho, passando pelo atalho. Para quê... Quando eu estava indo, vieram cinco cachorros bravos, e já iam me atacar quando eu mostrei o terço para eles e falei: “Valhei-me minha Primeira Comunhão.” - E os quatro cachorros ficaram quietos, e eu fui andando.
           - Ei, vó... - ela não me deixou terminar.
           - Tem mais. Fui andando e os cinco cachorros atrás. Quando já estavam para dar o bote, disse novamente, apontando o terço: “Valhei-me minha primeira comunhão”, e os quatro cachorros, “pá” no chão. Quietinhos.
           - Uai, vó, não eram cinco cachorros que estavam atrás da senhora? Só quatro que ficaram quietos. E o quinto? - tinha que pegá-la.
           - Está falando comigo agora – ria a avó, enquanto soltava uma baforada do seu cigarro na minha cara.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Obesidade Física e Obesidade Mental.

Sempre encontro textos interessantes na internet. Se as ideias batem com o meu pensamento, gosto de partilhar com meus leitores. Este texto traz muitos conceitos para refletir. Ficar preso ao passado, guardar mágoas e dar uma de vítima neste mundo cruel, isto não leva a lugar nenhum. É um atraso. Passemos ao texto que começa com um problema atual: a obesidade.

Hoje em dia a obesidade é vista como uma doença e, como doença, deve ser tratada, com a maior seriedade possível.
A obesidade vista pelos olhos da psicossomática nada mais é que um reflexo de um confronto interno, relacionado com as emoções que, por algum motivo, consciente ou inconsciente, foi reprimido com o intuito de evitar alguma dor.
A briga constante com a balança em busca do “corpo perfeito”, na realidade, também é um enorme reflexo de uma briga interna muito profunda e que pode durar muitos anos .
Muitas pessoas hoje em dia perderam a fé, a autoestima e o amor próprio e na falta deles passam a buscar desesperadamente o  amor dos outros como forma de compensar o que não têm.
Infelizmente isto não é suficiente, por que nem sempre conseguem suprir essa necessidade e ai passam a sentir um enorme vazio dentro de s,i e procuram preenche-lo com comida.
Como o vazio não some, a pessoa passa a buscar mais e mais consolo na comida, pois sua necessidade de amor não foi suprida.
A doença surge neste círculo vicioso.
Qual a finalidade da doença?
A doença tem a finalidade de nos avisar que algo não está bem dentro de nós, mas muitas vezes essas mensagens são interpretadas erroneamente e algumas pessoas passam a acreditar que a causa de sua infelicidade seja o excesso de peso, e não aceitam que o excesso de peso é só um sinal de algum outro conflito, talvez um pouco mais profundo e difícil de ser identificado. O excesso de peso é consequência e não causa do sofrimento mental.
Nossa mente é sábia e está sempre em busca de equilíbrio e essa constante busca pode ser feita através da compensação. É como se nosso subconsciente pensasse assim:
“Se eu não consigo preencher esse vazio, preencherei com a comida .”
Nem todas as pessoas buscam consolo na comida, algumas buscam preencher esse vazio de outras formas, como: consumismo excessivo, drogas, álcool, sexo desregrado, brigas, dinheiro, poder, doenças, síndromes,  violência de todos os tipos, fofocas, trabalho excessivo ou se excluindo completamente do mundo, vivendo reclusas em seu mundo.
Cada pessoa tem a sua própria fórmula de preenchimento do vazio, muitas vezes secretas até para si mesmo.
A gordura é o casulo que a pessoa cria, inconscientemente, para se proteger ou se esconder dos problemas externos.
Pessoas muito sensíveis, que se deixam magoar com muita facilidade, buscam se proteger atrás da gordura, que representa a maciez de um abraço.
Lembre-se:
“ Quanto mais você “ engolir “ e guardar em seu corpo mágoas, tristezas, culpas, remorsos, senso de injustiça, senso de abandono, frustrações , decepções, entre outros, mais o seu corpo engordará. “
Para você superar definitivamente essa dificuldade de emagrecer terá de compreender que toda expectativa gera frustração. Por isto não fique esperando acontecer o que você deseja, nem queira que as pessoas sejam como você ou lhe deem aquilo que tanto você almeja.
Saia já dessa postura de vítima e passe o poder para você mesmo. Ninguém é responsável pelas suas fraquezas ou fracassos. Tudo depende exclusivamente da sua postura diante da vida e dos acontecimentos. Não são os acontecimentos que vão interferir em sua vida, mas como você encara estes acontecimentos. Passe a agir como adulto e mostre seus verdadeiros interesses a quem é importante para você: você mesmo.
Tenha coragem de mudar seu comportamento e ser você mesmo.  Não se prenda ao passado. Se você ficar vivendo no passado – quase sempre negativo e infeliz -  as  mensagens que você pode enviar ao seu subconsciente são pensamentos e condutas contrárias ao que está vivendo hoje. O importante é sair logo desse círculo vicioso que ainda está impresso em sua mente inconsciente.
Torne seus pensamentos mais ativos e coloque em prática as suas decisões. O mundo espera você para agir com ele. Transforme-se em uma pessoa cheia de energia.
Quando guardamos mágoas  é porque estamos sendo egoístas, querendo que tudo seja do nosso jeito. Liberte-se dessa tendência e aceite as pessoas como elas são. Seja você mesmo e não se permita pensamentos negativos.
Eleve-se a cada dia com bons sentimentos e pensamentos em relação à vida e cresça cada vez mais dentro da evolução pessoal, sem mágoas, sem medos, nem desconfianças.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dia das Mães. Texto de Martha Medeiros.

Um óimo texto de Martha Medeiros para este dia. Não gostei, porém, da frase onde ela coloca deus e o diabo. Como dizem: nada a ver.

MÃE

Martha Medeiros

Vamos esclarecer alguns pontos sobre mães, ok?
Desconstruir alguns mitos.
Não, não precisa se preocupar.
Não é nada ofensivo, eu também sou mãe...e avó!
Vamos lá:

MÃE É MÃE: mentira !!!
Mãe foi mãe, mas já faz um tempão!
Agora mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar.
Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista.
Também é cozinheira e lavadeira.
Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito.
Mãe às vezes também é pai.
Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão.
Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock pra desespero de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!): moderníssima,
antenadíssima,  não fica mais em cadeira de balanço, se quiser também namora, trabalha, adora dançar.
Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã de aeróbica, mergulhadora.
Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres.
Mãe já foi mãe, agora é mãe também.

MÃE É UMA SÓ: mentira !!!
Sabe por quê?
Claro que sabe!
Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso.
De certa forma, tem duas mães.
Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida.
Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular.
E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa.
Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco mães.
Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser uma forma de exercer a maternidade.
O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma.

SER MÃE é PADECER NO PARAÍSO: mentira!
Que paraíso, cara-pálida?
Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não entram.
Cara, estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes, e aborrecida outras tantas, vamos combinar.
Quanto a padecer, é bobagem.
Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar.
Por exemplo?
Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que você não tem a mínima idéia de onde fica.
Aí a barra é pesada, pode crer...

MATERNIDADE é A MISSÃO DE TODA MULHER:  mentira !!!
Maternidade não é serviço militar obrigatório!
Deus nos deu um útero,  mas o diabo nos deu poder de escolha.
Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas,  se não tê-los,   como sabê-lo?
Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas.
Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência.
Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação, vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida mesmo, que é pequena mas tem bastante espaço.
Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de Fernando Pessoa.
É difícil, mas acontece.
MAMÃE, EU QUERO: verdade!
Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua.



sábado, 5 de maio de 2012

"Mas"... você já pensou nisto?

Meus leitores são muito especiais. De vez em quando me mandam textos interessantes, curiosos e úteis. O de hoje, recebi-o de uma colega do Curso Pleno Viver, da UEMG, e tem uma particularidade: como a mudança numa frase pode nos ajudar a dar a volta por cima ou abrir perspectivas. Ele, o texto, alia algo do português com o fator autoestima. Bem relevante.
A palavra "mas", tem um poder interessante.
Ela anula o que vem antes dela.

"Eu quero viajar para Europa, mas isso vai custar muito caro".
Nesta frase, o querer viajar para Europa perdeu a força diante do fato de custar caro.
Assim sendo, a viagem está praticamente descartada.

"Você fez um bom trabalho, mas faltou um pequeno detalhe..."
Como você se sentiria diante de um comentário como este em relação a seu trabalho?

Quando mal utilizada, a palavra "mas" desmotiva, desanima, enfraquece a pessoa, diminui a autoestima.

Alguns exemplos:
· Quero ter sucesso na carreira, mas estou numa profissão que não é valorizada.
· Quero ter meu negócio próprio, mas não tenho capital.
· Quero dobrar meus rendimentos, mas não sei como.

Mas, (você consegue notar o efeito desta palavra agora, nesta frase?) quando bem utilizada, ela se torna uma aliada poderosa.

Veja que interessante:
· Estou numa profissão que não é valorizada, mas quero ter sucesso na carreira.
· Não tenho capital, mas quero ter meu negócio próprio.
· Não sei como, mas quero dobrar meus rendimentos.

Os obstáculos perdem sua importância. Só com esta mudança, muitas vezes surgem ideias interessantes para superar os obstáculos.

Quando você diz que "quero ter meu negócio próprio, mas não tenho capital" -- é como se estivesse desistindo, ou no mínimo sem esperanças.

Quando você faz uma mudança pequena e diz "não tenho capital, mas quero ter meu negócio próprio", poderão surgir muitas ideias: procurar um sócio com capital é uma das opções, ou começar a poupar e formar o capital para iniciar o negócio próprio, ou procurar um negócio compatível com o capital de que dispõe, etc.

A fórmula é muito simples: quando perceber que sua frase usa o "mas" como desculpa para se sentir mal, simplesmente gire a frase de 180 graus. Troque de posição as partes que estão antes e depois do "mas" e isso fará uma grande diferença.

Só com isso, você poderá elevar sua autoestima, ser mais produtivo, mais animado, mais motivado, enfim, ter mais sucesso.

Experimente! Não quer experimentar? Então tem um "mas" mal colocado.
Talvez você esteja dizendo "é uma ideia interessante, mas acho que não vai funcionar para mim"
Então diga: "Acho que isso não vai funcionar para mim, mas é uma idéia interessante; vou experimentar".


terça-feira, 1 de maio de 2012

CINCO PASSOS PARA SUPERAR UMA CRISE AFETIVA

Hodiernamente, do preadolescente até o idoso, todos passam por crise em seus relacionamentos afetivos. Como superá-la? Este texto, recebido e lido recentemente, vai clarear as ideias e dar dicas importantes.

CINCO PASSOS PARA VOCÊ SUPERAR A CRISE NO RELACIONAMENTO AMOROSO.

Um relacionamento amoroso é como uma longa viagem em um carro: às vezes, você viaja em linha reta, estradas lisas, uma bela paisagem de fundo. Em outras ocasiões, as estradas podem ser estreitas, com curvas sinuosas e até traiçoeiras, com muitos buracos e obstáculos. O carro pode até quebrar no meio do caminho, e você e seu parceiro podem abandoná-lo e decidirem seguir sozinhos. Mas como um casal, vocês sabem lidar com os desvios desse percurso? Veja a seguir cinco passos para ajudar você a viajar por essa estrada feita de belas paisagens e muitos obstáculos chamada relacionamento.

O relacionamento perfeito muitas vezes não passa de ilusão. Discordâncias e conflitos são comuns e devem ser encarados e avaliados pelo casal. Segundo o psicólogo e sexólogo membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (Sbrash) Paulo Bonança, "as crises são comuns nos relacionamentos e até esperadas, e são nelas que surgem as oportunidades do casal crescer. A crise pode ser entendida como um mal-estar na relação. O que poucos percebem é que o mal-estar pode estar dentro da pessoa, e, não necessariamente, na relação. No entanto, por mais que esse mal-estar esteja dentro do indivíduo, querendo ou não ele o levará para a relação. A diferença está em como ele irá fazer isso".

Como tudo tem o seu lado bom, uma crise pode ser uma oportunidade de resolver alguma situação que esteja atrapalhando a relação do casal. A dificuldade que as pessoas podem ter é de enxergá-la dessa maneira. Sobre isso, Paulo explica que "se o mal-estar está em mim, eu posso levá-lo para a relação de duas maneiras. Eu posso fechar a cara diante de qualquer coisa e ficar mal-humorado sem razão aparente ou eu posso colocar esse problema de maneira direta: 'eu não estou satisfeito com isso'. Quando eu levo o mal-estar para a relação de maneira mais aberta, dou ao outro a possibilidade de perceber o que está me incomodando e, juntos, encontrar caminhos para resolver e superar".

Algumas crises são mais complicadas de resolver do que outras, pois podem envolver questões mais delicadas e enraizadas no casal. "Como saber se a crise é passageira? Bom, se conversamos sobre ela e fazemos novos acordos sobre a relação, absolvemos a crise. Porém, falar sobre o que nos incomoda nos tira da zona de conforto e, também, tira o outro da zona de conforto dele, mas é isso que permite a readequação desse relacionamento. Aquela antiga zona de conforto poderia não ser tão real assim. Se o casal quer crescer no relacionamento, precisam enfrentar essas crises, com muita conversa e adaptação", conclui Paulo.

Veja a seguir o que a psicanalista e psicoterapeuta Daniela Roher e a analista Susan E. Schwartz falam sobre como superar juntos os obstáculos dessa viagem que o casal resolve fazer quando compartilham uma vida, no livro "Casais em encruzilhadas: cinco passos de encontrar o seu caminho de volta para o amor" (em tradução livre do inglês):
1. Inspecione a estrada
A estrada que você está seguindo pode estar danificada pela raiva, frustração e decepções. Mas quando você examina o que há ao redor, tem certeza absoluta de que não há nada positivo? Olhe para o seu parceiro como uma pessoa completa - não como a pessoa da última briga ou discussão. Pense nos bons momentos que tiveram e nas qualidades dele que você ainda gosta. Então, use esses pontos a favor como combustível para dar o primeiro passo. Atinja o seu parceiro com a sua linguagem corporal: faça contato com o olhar, relaxe, descruze os braços, e talvez até sorria. Tenha uma conversa agradável. Faça coisas simples que mostrem que você ainda se importa e que você quer comprometer-se a continuar junto.
2. Desenterre o que causou o estrago
A maior parte dos problemas nos relacionamentos não são causados pela relação em si - são causados pelas emoções escondidas e inconscientes do passado. Nossas visões de amor e relacionamento começam na infância e ficam na gente como uma sombra, nos seguindo de uma relação a outra. Ao explorar essas sombras emocionais, através da autorreflexão e prestando atenção nos seus sonhos, você está apto a identificar a verdadeira raiz dos seus problemas - e evoluir, de culpar o seu parceiro a comunicação sobre esses problemas.

3. Desfaça e classifique a sua bagagem
Uma vez que você está apto a identificar a bagagem emocional que está carregando, você verá que está na hora de deixar parte dela para trás. Essa é a hora de separar memórias, dores, sentimentos, conflitos, desejos e fantasias do que "poderia ter sido". Esse processo envolve uma série de estágios, desde sentir-se deprimido e só, sentir-se traído, nervoso e sobrecarregado a lentamente reorganizar suas visões de si mesmo, seu parceiro e do seu relacionamento. Então, irá integrar essas visões em uma nova imagem de vocês dois, juntos.
4. Reconstrua a confiança na jornada adiante
Para seguir juntos o resto da jornada, você e seu parceiro precisam tornar-se emocionalmente disponíveis para o outro mais uma vez. Quando o seu parceiro compartilha o que sente com você, responda com empatia. Sinta o que ele sente. Confirme que se sente da mesma maneira ou que pode entender o que ele está dizendo. Converse sobre como lidar com situações similares no futuro e acompanhe por um tempo, para ter certeza que o seu parceiro está bem - e que nada precisa ser mais profundamente explorado. Ao reparar problemas assim que eles emergem, você e seu parceiro irão aprender como tornar-se emocionalmente disponíveis para o outro de novo.
5. Acesse as emoções que movem a relação
Intimidade está no coração de todos os relacionamentos, então você precisa promover ações que aproximem vocês dois. Gaste tempo demonstrando intimidade fisicamente (ao tocar ou expressão afeição), filosoficamente (falando sobre o propósito da vida, valores compartilhados e objetivos) e socialmente (nutrindo laços com a família, comunidade e o resto do mundo). Uma relação bem-sucedida também equilibra intimidade com a vontade de ser você mesmo. Uma maneira de alcançar isso é falando sobre suas vidas, incluindo a vida a dois e a individual antes de se conhecerem. Isso irá reforçar o que cada um de vocês traz para a relação, tanto enquanto casal quanto individualmente. E, sobretudo, deixe o seu parceiro saber o quanto é importante e que você aprecia o que ele faz por você. Faça o seu parceiro sentir-se especial deixando um bilhete carinhoso, mandando flores ou só ligando para dizer "oi".