Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

CONCEITOS PSICOLÓGICOS

Final de ano é época de fazer balanços – financeiros e outros – e as promessas para o próximo. Resolvi postar alguns conceitos, resumidamente, para ajudar ao meu leitor refletir sobre suas atitudes psicológicas e, quem sabe, ajudá-lo a se posicionar melhor nos próximos 12 meses.
Quando estava no Seminário de Mariana, recebemos a visita de um psicanalista belohorizontino. A presença foi maciça (mesmo porque era obrigatória) e foi o maior sucesso. Ele dividia a personalidade normal em vários setores que deveriam estar harmonicamente desenvolvidos. Foi a partir desta palestra que comecei a me interessar pela Psicologia e, profissionalmente, enveredar por este caminho.

Auto Estima, ou o nível de conforto que a pessoa se sente com ela mesma. Pessoas com alta auto estima tendem a ser francas e competentes em seus relacionamentos, seja pessoal ou público. Pessoas com baixa auto estima tendem a ser reservadas e de alguma forma ansiosas.
Ligação Familiar, ou o nível que uma pessoa apoia e valoriza o ambiente familiar. Pessoas com uma forte ligação familiar geralmente querem ou já tem filhos; São muito próximos dos seus parentes imediatos e preferem cozinhar em casa que ir a um restaurante. Pessoas com ligação familiar não tão aguçada tendem a ser mais individualistas, fogem do convencional e gostam bastante de festas e eventos sociais.
Auto Controle, ou a medida que uma pessoa exerce o controle sobre os vários aspectos da sua vida. Pessoas com um auto controle elevado são mais fortes emocionalmente, isto é, gerenciam melhor seus sentimentos. Pessoas com baixo auto controle geralmente possuem um temperamento brando, aparentando tranquilidade e calma.
Abertura Social, ou seja, até que ponto uma pessoa é aberta às outras e ao mundo. Pessoas com alto nível de abertura/dependência social tendem a gostar de uma gama de coisas (por exemplo: comida, música, filmes, etc), em parte, porque elas estão sempre preocupadas em agradar aos outros. Em contraste, as pessoas mais fechadas socialmente são geralmente muito independentes e teimosas, pois sabem o que gostam e dificilmente são capazes de mudar a opinião. 
Tolerância, ou ética de trabalho é o grau de flexibilidade mental. Pessoas com alto grau de tolerância são descontraídas, relaxadas e não são afetadas pelas mudanças. Em contraste, o indivíduo com baixo nível de tolerância tende ser firme, trabalhador e às vezes inflexível.

sábado, 24 de dezembro de 2011

DOIS POEMAS DE DUAS POETAS

POETAS

Entre meus leitores, tenho a alegria de ter três poetas. Um, de São Vicente de Minas, e duas, de Andrelândia. Para quem não conhece as duas cidades, são vizinhas. Só 19 quilômetros separam uma da outra. O que mostra que aquela região também é boa para produzir poetas, além dos queijos. O poeta de São Vicente mora atualmente em Ouro Preto.  E as duas andrelandenses têm muitas coincidências: o mesmo nome (Magda, diferenciando o segundo nome. Uma é Helena, a outra, Lúcia). Foram colegas de escola, amigas, casaram-se, mudaram de Andrelândia. Uma delas duplamente premiada em concursos de Poesia. A outra, avara, ainda esconde os poemas na gaveta. Mas teve a bondade de me enviar um deles. Coloco aqui as produções destas duas Magdas.


INFINITO


Está preso na memória
mas procuro  no infinito
o laço, a rosa, o grito,
o ser aflito que clama
qual luz trêmula  da chama,
de seu olhar na solidão,
do meu riso na amplidão !


Se o infinito, no tempo,
escorre as horas nos dedos,
há madrugadas e segredos
nos minutos frios,lentos,
escoando em pensamentos
qual nuvem solta ao vento
que com a tarde vem agora  !


Mas a alegria amanhece
qual borboleta de sonho
e com ela a fantasia
da luz serena que pousa
na janela do meu mundo
e procura o Eu profundo
na memória do infinito !
 
Magda Helena


SE

Quantas e tantas vezes, tão somente SE.
Duas letras que se apresentam poderosas,
Hábeis em abrir portas, revisitar o passado
E transformar o presente num toque de mágica.

Impotentes, porém, acenam promessas descumpridas,
Fluidas como as águas que se perdem por entre os dedos,
Mal fechados, das mãos, e incapazes de reter o impossível.

SE, sempre SE, enquanto tudo permanece em seu lugar,
Vãos os esforços em desatar nós, apagar pegadas,
Trilhar outras estradas, recolher palavras ao vento,
Estreitar antigos abraços ou acender os olhos da vida.


SE, que rola na cama, envolto nas horas da madrugada,
SE, que assusta o olhar com sugestões improváveis
SE, apenas SE, inviolável, de desejos somados e insaciáveis.
Magda Lúcia



domingo, 18 de dezembro de 2011

ENTREVISTAS DE SELEÇÃO

Minha experiência de selecionador me deu chances de conhecer várias respostas bizarras de candidatos. Porém, esta seleção de perguntas e respostas supera minhas expectativas. Para uma leitura bem humorada neste final de ano cheio de chuvas.

RESPOSTAS DADAS POR CANDIDATOS EM ENTREVISTA DE EMPREGO.
Extraídas da Revista Exame.

. 
Entrevistador – Você tem algum e-mail para contato?
Candidato
 - Sim, anota ai: gostosinha_da_zonaleste@hotmail.com 

Entrevistador – Como você está na questão das línguas estrangeiras? 
Candidato
 – Tenho português básico. 

Entrevistador – Qual curso universitário você deseja fazer? 
Candidato
 – Ah, to pensando em Nutricionismo, Letras ou Engenharia. 

Entrevistador - Então, você está construindo um networking?
Candidato
- Veja bem, eu não sou engenheiro, sou administrador.

Entrevistador
- Como você administra a pressão?
Candidato
- Ah, tranquilo. 11 por 7, no máximo 12 por 8.

Entrevistador
- Manter sempre o foco é muito importante. E me parece que você tem alguns lapsos de concentração.Candidato - O senhor poderia repetir a pergunta?

Entrevistador
- Como você se sente trabalhando em equipe?
Candidato
- Bom, desde que não tenha gente dando palpite, me sinto muito bem.

Entrevistador
- Como você se definiria em termos de flexibilidade?
Candidato
- Ah, eu faço academia. Sou capaz de encostar o cotovelo na nuca.

Entrevistador
- Nós somos uma empresa que nunca pára de perseguir objetivos.
Candidato
- Que ótimo. E já conseguiram prender algum? 

Entrevistador
- Vejo que você demonstra uma tendência para discordar.
Candidato
- Muito pelo contrário..

Entrevistador
- Em sua opinião, quais seriam os atributos de um bom líder?
Candidato
- Ah, são várias coisas. Mas a principal é ter liderança.

Entrevistador
- Noto que você não mencionou a sua idade aqui no currículo.
Candidato
- É que eu uso óculos, e isso me faz parecer mais velho.
Entrevistador
- E qual é a sua idade? 
Candidato
- Com óculos ou sem óculos?

Entrevistador
- Quais seriam seus pontos fracos?
Candidato
- Ah, é o joelho. Até tive de parar de jogar futebol. 

Entrevistador
- Há alguma pergunta que você queria me fazer?
Candidato
- Eu parei meu carro lá na rua. Será que eu vou ser multado?

Entrevistador
- Por que, dentre tantos candidatos, nós deveríamos contratá-lo?
Candidato
- Eu pensei que responder a isto fosse seu trabalho.

Entrevistador
- Como você pode contribuir para melhorar nosso ambiente de trabalho?
Candidato
- Bem, eu começaria trocando a recepcionista, que é muito feia.

Entrevistador
- Várias pessoas que se sentaram aí nessa mesma cadeira hoje são gerentes.
Candidato
- Puxa, o fabricante da cadeira vai ficar muito feliz em saber
disso.


Entrevistador
- Quando digo 'Sucesso', qual a primeira palavra que lhe vem à mente?
Candidato
- Pode ser duas palavras? 
Entrevistador
- Pode.
Candidato
- Milho. Nário.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Horus e Jesus.

No mês de Dezembro, em nossa cultura ocidental-cristã, festeja-se a vinda de Jesus. Mas seria a história de Jesus original? Única? Ou séria uma repetição de outras histórias e lendas? Uma cópia? Já ouviram falar de Horus? Krishna? Mitra? Atis? Bem, para termos uma visão mais próxima da realidade dos acontecimentos históricos de todas as religiões, vejamos estas interessanes comparações. Para mim, também foram novidades.

Hórus VS Jesus?


Horus é um deus egípcio. Jesus, também deus.
O conto de Hórus foi escrito em cerca de 3000 a.C.
O conto de Jesus foi escrito no primeiro século da era cristã..

SEMELHANÇAS
Hórus nasceu da Virgem Ísis (Meri na terra). Jesus nasceu de Maria.
Hórus foi batizado por Anup, quando tinha 30 anos. Jesus foi batizado por João Batista
Hórus foi considerado uma criança-prodígio aos 12 anos. Jesus impressionou os sábios do templo..
Hórus teve 12 discípulos e viajou com eles praticando milagres Jesus, 12 apóstolos...
Hórus disse que é o príncipe da eternidade. Jesus disse que é a luz do mundo.
Hórus disse que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Jesus também falou assim...
Hórus andou sobre as águas. Jesus, idem...
Hórus ressucitou um homem chamado El-Azar-Us. Jesus ressuscitou Lázaro.
Hórus traído por Tifão. Jesus foi traído por Judas.
Hórus foi invejado e considerado "o rei dos egípcios". Jesus, invejado e considerado  "o rei dos judeus".
Hórus foi condenado a morte e crucificado. Jesus, igualzinho...
Hórus foi enterrado. Jesus, sepultado.
Hórus ressucitou 3 dias depois. Jesus fez a mesma coisa.

DIFERENÇAS
Hórus era egípcio. Jesus era judeu.
Hórus era guerreiro e batalhador. Jesus desejava a paz.
Hórus foi esquecido e deixado. Jesus é louvado até hoje.

Há 3000 a.C no egípcio, já existia a lenda de que o Deus Hórus, nasceu no dia 25 de dezembro, a noite mais longa do ano, o dia em que o Sol renasce no horizonte, e onde se comemorava o "Sol invicto". O Nascimento de Horos foi anunciado por uma Estrela e acompanhado por 03 Reis. Hórus foi um “Messias solar” que lutava contra o Deus das trevas Set.

Hórus lutou durante 40 dias no Deserto contra as tentações de Satã. Era representado por um T. Fazia parte da Trindade Atom (o pai), Hórus (o filho) e Rá (o Espírito). Foi traído por Tifão, foi eestacado, foi enterrado, mas “Reviveu” 03 dias depois.

As versões sobre CRISTO são cópias de deuses bem mais antigos
Vamos lembrar.

Há 4000 anos AEC, na mitologia Mesopotâmia, já exista a lenda de que Gilgamésh nasceu da Deusa Ninsun com o rei Lugalbanda.

Há 3500 anos AEC, na lenda indiana de Vexo, já existia a versão de que, no Palácio de Madura, o Deus Vishnu apareceu a Lacmy, informando que sua filha Devanaguy geraria um filho-deus chamado Krishna, e que para cumprir os desígnios divinos, Devanaguy deveria continuar virgem...


Há 1200 AC na Pérsia, (atual Irã), já existia a lenda de que o Deus Mitra nasceu no dia 25 de dezembro da virgem Aúra-Masda; Teve 12 discípulos; Praticou milagres; Morreu estacado, mas Reviveu no 3º dia; Era chamado de “A Verdade”, “A Luz”. Foi batizado; Nasceu para lavar os pecados da humanidade; Durante o Culto ao deus Mitra era servido tanto o Pão com uma bebida alcoólica. E Mitra era reverenciado num domingo.

Há 1200 AC na mitologia romana o Deus Attis, nasceu na Frígia, no dia 25 de dezembro; da virgem Nana; Attis foi atraiçoado, martirizado, estacado e colocado em um  túmulo, mas reviveu depois de 03 dias.

Há 900 AC na lenda hindu, o Deus Krishna, nasceu no dia 25 de dezembro;
Nasceu da virgem Davaki com uma estrela;
Uma estrela avisou da sua chegada;
Fez milagres;
Após morrer, reviveu.

500 a.C, o Deus grego Dionísio, nasceu de uma virgem; foi um peregrino (viajante); transformou água em vinho; era chamado de Rei dos reis, Alpha e ômega (curioso que Jesus usa estas mesmas leras gregas para falar de si mesmo); após morrer reviveu; e era chamado de “Filho pródigo de Deus

ADONIS nasceu de uma relação incestuosa do rei CÍNIRAS (de Chipre), com a sua filha MIRRA.

Na mitologia indiana, a virgem Maya, sonhou que manteve relações com um elefante sagrado, e acabou dando a luz a Buda.

Na mitologia grega, temos a lenda onde Dionísio (Baco para os romanos), seria filho do Deus Zeus com a mortal Sêmele.

HÉRCULES teria nascido da virgem ALCMENA, que foi fecundada pelo Deus ZEUS.

Zarathustra foi outra divindade solar  da qual o cristianismo usou para criar a mitologia da personagem Jesus Cristo. Segundo os Persas e o Zend-Avesta, (o livro sagrado do Zoroastrismo), por volta do ano 1650 A.C., a mãe de Zarathustra, ainda virgem, foi fecundada por um raio de luz enviado dos céus, pelo Deus Ahuramazda.
Quando o bebê Zarathustra nasceu, os seus inimigos tentaram martirizá-lo, a fim de que Zarathustra não chegasse à maturidade e não cumprisse a sua missão divina (reveja a “história” de Herodes perseguindo os meninos).
Zarathustra foi tentado pelo Diabo quando se encontrava no Deserto...
Na lenda de Zarathustra há o dualismo do Bem x Mal, o Deus criador e do Messias.
No fim de 9.000 mil anos, ocorrerá a Segunda vinda de Zaratustra.
E haverá o Julgamento Final das almas de todos os mortos.





sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

COMO SUPERAR O FIM DO NAMORO

Este tema - final de realacionamento - é recorrente em meu blog. Talvez porque sempre tem alguem terminando um relacionamento (dai valer a pena repetir as idéias como um mantra), ou porque as postagens que falam sobre isto são bastante acessadas, resolvi voltar ao assunto. Recorro, então, a um artigo que li e às opiniões de uma psicóloga social.

COMO SUPERAR O FIM DO NAMORO.

Há poucas coisas que superam a dor do término da uma relação a dois. Ainda mais quando o ponto final é inevitável após uma traição ou um "eu não te amo mais". Apesar da distância entre a separação e a volta por cima ser longa, é possível encarar o momento com serenidade e espantar a tristeza para voltar a ter uma vida social e amorosa depois do trauma.

A falta de lealdade do parceiro ganha dimensões diferentes em cada situação. "Superar uma
traição é muito difícil, mas depende do histórico e da dinâmica da relação e também do significado que representa para cada um. Em alguns casos, ela se torna um elemento de estímulo de uma relação 'morna' e sem grandes impactos. De toda forma, superá-la implica em crédito e desejo de investir em uma relação, buscando compreender o processo e o papel de cada um neste caso", explica doutora em psicologia social Maria Izabel Calil Stamato


Momento traumático Para seguir em frente depois de um rompimento traumático é necessário desenvolver objetivos para se fortalecer e se curtir para estar apto a um novo envolvimento. De acordo Maria Izabel, o tempo para toda essa transformação é definida pela própria pessoa e depende de uma série de fatores que não estabelecem medidas de tempo convencionais. "Um ano, um mês, um dia? Não há prazos estabelecidos para se recuperar de um término de relação", explica a psicóloga.

De acordo com a profissional, o primeiro passo para dar "adeus" à
melancolia é investir em si mesmo. "Sem dúvida, ser preterido sempre traz prejuízos à autoestima, pois, após o momento inicial de raiva e de culpabilização do outro, a pessoa tende a atribuir a si mesma a responsabilidade pela perda, dando ênfase aos aspectos negativos de seu comportamento e se sentindo um 'lixo' por não ser capaz de manter um relacionamento", explica.
É possível encarar o fim de um namoro com serenidade e voltar a ter uma vida social e amorosa depois do trauma
As consequências da perda de confiança também se potencializam por conta do universo social que vivemos. "Lembrando que as intensas cobranças e exigências da sociedade para que todos sejam desejáveis e invejáveis, o que significa ter um relacionamento perfeito e feliz, acabam intensificando a negatividade da autoestima e ampliando o sofrimento de quem é abandonado", ressalta a especialista.
Dicas para enfrentar o fim Assim que o término do namoro ou casamento acontece, seja por traição ou qualquer outro motivo, comece a agir. Segundo Maria Izabel, o ideal é tentar contar o término para parentes ou amigos. Dessa forma você consegue assimilar dentro de você mesmo os lados negativos do relacionamento e sentir a necessidade de mudança.

Mania entre boa parte das pessoas e péssimo para a "reabilitação", voltar a falar com o ou a ex é considerado por alguns especialistas como uma armadilha. Espere, ao menos, dois meses para que seu coração volte aos trilhos. 

Outra saída que se torna valiosa nestes casos é simples: mexa-se. Procure fazer atividades que reúna as pessoas que possuem os mesmos interesses que você. Faça exercícios, o que libera endorfina (que permite trazer bem-estar), e outros programas que multipliquem a alegria. Aproveite e se jogue, inclusive, em atividades que seu ex não gostava de fazer.

Após perceber os primeiros sinais de mudança dentro de si mesmo, note que está na hora de anunciar a novidade e altere alguma coisa no exterior. Mude a ordem dos móveis da casa, corte e pinte o cabelo, use aquele esmalte que você tanto queria e aposte em visuais que ressaltem sua beleza. Cuidar de si mesmo faz um bem incrível, principalmente neste momento.  
Caso em algum momento sinta raiva do que aconteceu grite, extravase com exercícios e canalize essa energia para algo útil, como cuidar da própria casa. "O término de um namoro representa uma perda afetiva e, neste sentido, a pessoa que é preterida vive um processo de luto e de intenso sofrimento. Entretanto, não há fórmulas prontas para superar situações de perda, mas um elemento fundamental sempre é compreender o que esta perda representa na vida da pessoa, seu significado, trabalhar para transformar a situação em um processo de crescimento, que favoreça futuras relações", diz Maria Izabel




terça-feira, 6 de dezembro de 2011

HANDS ON... O que é isto?

Como recrutador em uma multinacional, vivi muito esta situação que Max Gheringer fala em sua crônica.  Tivemos um funcionário formado em Sorbonne, que não ficou muito tempo. O famoso “carregador de piano” é importantíssimo. Conheci duas chefias em meu tempo que não tinham formação superior – olha lá se tivessem o Ensino Médio – mas resolviam, e bem, os problemas do dia a dia. O excesso de “qualidades” também era uma anomalia.

 
                VOCÊ É HANDS ON?
(Max Gehringer)
 "Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais.
E a empresa contratante exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on.
Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico.
Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais.. A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico...
Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno.
E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade.
- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
- In a hurry!
- Saúde.
- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês.
- Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
- Não, não. Cópias normais mesmo.
- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
- Fabiana, desse jeito não vai dar!
- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
- Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
- Futuro? Que futuro?
- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
- Sei. Mas o senhor é hands on?
- Hã?
- Hands on. Mão na massa.
- Claro que sou!
- Então o senhor mesmo tira as cópias.
- E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.
Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:
1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas.
2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.
Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.
Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha.
Admitimos um montão de gente superqualificada.
E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel.
Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas !
Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou.
Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van.
E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade.
Sem mencionar que estava fazendo pós-graduação.
Só que não sabia nem abrir o capô.
Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta.
Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero.
Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar.
Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.
Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz :
O que é capaz de resolver, mas não de impressionar."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Educação Financeira dos Filhos

Como Educar Financeiramente os Filhos.
Comecei a dar mesada para meus filhos quando eles tinham 11 e 9 anos. Creio que os ajudei a lidar bem com o dinheiro. Um amigo meu e colega de trabalho me dizia que eu tinha “caderneta de poupança”, enquanto ele tinha uma “caderneta de gastança”. Mas afinal o que dizem os especialistas sobre a educação financeira dos filhos? Leiam o que disseram alguns especialistas.

Para a educadora financeira Cássia D’Aquino, o principal equívoco é achar que a criança não precisa ser educada sobre o tema.
"É um erro atribuir a responsabilidade da educação financeira à televisão, aos amigos ou à publicidade. Quem realmente interfere e estimula os filhos, em todos os aspectos, são os pais", diz.
O consultor financeiro Gustavo Cerbasi, que acaba de lançar o livro "Pais inteligentes enriquecem seus filhos" (Editora Sextante), afirma que os pais erram, por exemplo, quando deixam de envolver as crianças nas decisões financeiras da família.
"O filho pode ser convidado a participar do planejamento do orçamento das férias, da ceia de Natal ou de um fim de semana de passeio, por exemplo", sugere.

Só dar dinheiro não é suficiente

De nada adianta os pais se disporem a tratar do assunto com os filhos, no entanto, se usarem uma linguagem ou exemplos que não fazem parte da realidade das crianças.
O especialista em educação financeira Álvaro Modernell, autor de oito livros voltados para crianças, diz que um dos maiores erros dos pais é falar com elas de assuntos que fazem parte do universo adulto, como o custo da energia ou a aposentadoria.
Para Modernell, o mais adequado é fazer a abordagem em momentos relacionados a assuntos de interesse da criança.
"Se ela quer comprar uma bola, por exemplo, o pai pode ir com ela até duas ou três lojas para mostrar a importância da pesquisa de preços."
Outro erro comum, afirma Modernell, é achar que dar uma mesada já é suficiente. "Além de dar dinheiro, é importante que os pais deem orientação com relação ao planejamento e à poupança."
Dar dinheiro à criança sem data certa e valor definido também pode ter um efeito inócuo na educação financeira, afirma Cássia D’Aquino.
"A função da mesada é permitir que a criança possa começar a organizar seu dinheiro. Sem uma frequência, ela não tem como se planejar."

Mesada, só a partir dos 11 anos

Segundo Cássia, a mesada não deve ser dada à criança antes de ela completar 11 anos, porque é só a partir daí que ela tem a noção exata da duração do mês.
"Antes dos 11 anos, o ideal é dar uma semanada. Assim, se ela gastar todo o dinheiro e 'falir' no meio da semana, por exemplo, não precisará esperar tanto tempo para se recuperar", ensina.
Os especialistas também reprovam os pais que, na ânsia de dar aos filhos o que não tiveram, tentam satisfazer os desejos das crianças comprando presentes ou dando dinheiro de forma não planejada.
"Dessa forma, criamos a ilusão de que podemos compensar nossa ausência com a compra de bem-estar para os filhos", diz Gustavo Cerbasi.