Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes
Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Madrigal de um louco e outro poema

Quando eu fazia literatura e português, o professor pediu que colocássemos  em forma de poema os nossos pensamentos sobre o que seria a poesia. Não sei se estava inspirado ou me faltava a inspiração, mas saiu algo assim. (Para compensar a leitura, coloquei no final um belo poema. Reparem no formato. O que lembra a vocês?)

POESIA É...

Ver as montanhas
o céu
o mar.
Sentir
o peso
a leveza
a imensidão.

Contemplar
a noite
as estrelas
a lua,
o dia,
 o sol.
Perceber
 o escuro
 o cintilar
 a brancura
 a claridade
 o calor.

Olhar
 a criança
 a mulher
 o homem
 o animal
 a planta
 a árvore
 o fruto.
Receber
 o carinho
o afeto
 a força
o instinto
 o nascimento
 o crescimento
 a vida.

Tocar
 a terra –molhada/ seca-
 a água – limpa/suja-
 a madeira – dura/macia-
 a pedra – leve/pesada-
a pele – lisa/áspera-
 os cabelos – longos/curtos –
 o rosto – alegre/triste.

Ouvir
os sons (diversos)
 a música (suave)
 o barulho (ensurdecedor)
 a voz (sussurrada)
 o choro (convulsivo)
 o riso (solto)
 o grito(sufocado)
 o silêncio(sepulcral).

Cheirar
 a rosa colhida
 o perfume derramado
 o corpo estendido.

Degustar
 a comida – preparada –
o doce – derretido –
 o amargo – espalhado –
o beijo – roubado.
                                                                          








Madrigal de um louco –
Da Costa e Silva.


Lua
Camélia
Que flutua
No azul Ofélia
Serena e dolente,
Fria,  vagando  pelas
A l t u r a s   serenamente
Por entre os lírios das estrelas
--Santel  aceso  para  a  saudade
Lua   etérea,   simbólica,    perdida
Entre os astros de ouro pela imensidade;
Esfinge   da  ilusão  no   deserto  da   vida !!
Lâmpada   do sonho, lívida, suspensa
Vaso  espiritual  dos  meus  cismares
Custódia argêntea da minha crença
Ó    rosa    mística    dos    ares   !
Unge   meu ser  na  apoteose
Da  tua  luz  e  eu  frua
Cismando, a pureza
Da    luz    e  goze
Toda   a   tua
tristeza
Lua!


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

TristezaX Depressão.

NÃO CONFUNDIR DEPRESSÃO COM TRISTEZA.
Talvez porque vivamos em um mundo onde tudo está misturado e confuso, todos estão metendo tristeza e depressão no mesmo balaio de gatos. Tempos atrás, existia a Psicose maníaco depressiva. Agora com a criação de novos termos – politicamente corretos neste mundo politicamente incorreto -, surgiu a famosa bipolaridade. Quem não conhece uma pessoa deprimida hoje? Parece que estão pululando ao nosso lado, quando não somos nós mesmos os deprimidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão já é a principal causa de incapacidade de trabalhar em pessoas que têm entre 15 e 44 anos. É claro que a doença atinge muita gente, mas é importante saber diferenciar um caso – a depressão – da tristeza. Afinal, ficar triste é natural, faz parte da vida e não precisa de tratamento médico. Ou fazia parte. Ficamos tristes antigamente, chorávamos e pronto. Hoje ninguém pode ficar triste: é depressão. Alto lá, com o andor que a depressão é de barro.
Veja bem isto: é muito sério.

No livro "A Tristeza Perdida – Como a Psiquiatria Transformou a Depressão em Moda" (Editora Summus), os autores Allan V. Horwitz e Jerome C. Wakefield levantam essa questão do domínio da depressão, que teve início em 1980, quando a Associação Americana de Psiquiatria lançou uma nova versão do manual de diagnósticos, que hoje está na quarta versão.

O que os autores afirmam é: o diagnóstico para distúrbios mentais se tornou generalista. Se alguém apresentar cinco sintomas de uma lista, é considerado depressivo. Para eles, no entanto, os médicos não se preocupam em questionar as circunstâncias. Dessa forma, a nossa velha conhecida tristeza pode ser encarada como uma doença, que precisa ser tratada com antidepressivos, dando a impressão perigosa de que os medicamentos são a solução para todos os males.
Temos uma necessidade urgente de acabar logo com a tristeza. Não podemos sofrer nem um pouquinho, uma dor de cotovelo, uma leve decepção. E se bate uma tristeza inexplicável, pronto, eis uma depressão. E o que fazer? Tomar remédio.
O correto diagnóstico é o calcanhar de Aquiles de muitos médicos, psiquiatras e psicólogos. E se isso não for revertido, continuarão a misturar e confundir tristeza com depressão e não adianta dar um nome novo e bonitinho.

A tristeza é um sentimento natural e espontâneo, parte inerente da condição humana. É uma resposta normal às frustrações e perdas, como uma demissão no emprego, o fora do namorado, uma discussão, entre inúmeros motivos. O tempo que a pessoa ficará triste depende da importância do fato. No entanto, ela é passageira.

A depressão pode surgir até sem razão específica. O indivíduo se sente infeliz na maior parte do tempo, torna-se mais ansioso ou irritado do que o normal, perde a capacidade de apreciar situações prazerosas, deixa de conviver com amigos e familiares, apresenta perda de concentração, pode ter ganho excessivo de peso e sentir dores pelo corpo. Nesse caso, é preciso procurar um médico. O quadro requer tratamento, diferentemente da tristeza -um sentimento importante e que precisa ser vivido. 

Vivemos em uma cultura imediatista, com o desejo de resolver os problemas rapidamente e, de preferência, sem dor. "Infelizmente, todos os nossos sentimentos e comportamentos são orquestrados pelo consumo", afirma Dulce Critelli, coordenadora do Existentia - Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana.

"Assim, tristezas são tratadas como fome: se você saciar, passa. O  incômodo, a dor, o mal-estar devem ser extirpados por não ser algo prazeroso. É assim que acabamos chamando a tristeza de depressão e caímos facilmente nos antidepressivos."

Para a psiquiatra Elisabeth Sene-Costa, autora de "Universo da Depressão" (Editora Ágora), muitas pessoas fazem uma interpretação errada da tristeza. "Elas acham que ao ficarem tristes podem cair em uma depressão. Não admitir a tristeza é um mecanismo de defesa. Para solucionar logo o problema, vão aos consultórios em busca de uma pílula mágica. Isso é um equívoco enorme", diz Elisabeth.

Os números comprovam que a população procura cada vez mais os remédios. A venda de medicamentos antidepressivos e estabilizadores do humor cresceu 44,8% no Brasil de 2006 a 2009, segundo o instituto de pesquisa IMS Health.

Nos Estados Unidos, mais de 164 milhões de receitas para depressão foram prescritas em 2008, de acordo com um estudo feito por pesquisadores das universidades de Columbia e Pensilvânia. "Nesse mundo competitivo, a tristeza é vista como um sinal de fraqueza. Quando, na verdade, é o contrário. O sentimento fortalece e, quem não o sente, fica frágil", explica a psicóloga Irene Cardotti. 
Para ela, quem usa antidepressivo sem necessidade não enxerga que a felicidade artificial mina totalmente o impulso de mudança. E, pior, sem aprender a lidar com os próprios problemas. Antes de partir para um remédio, o melhor a fazer é conversar com amigos e parentes. A terapia também pode ajudar, especialmente, nos casos em que a tristeza se prolonga. “Nossa cultura atual identifica boa vida com felicidade e felicidade com mero prazer. Esse sentimento nem sempre é conquistado através do prazer. Muito pelo contrário: na maioria das vezes, a felicidade é resultado de um boa e longa batalha", diz Dulce Critelli, coordenadora do Existentia - Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana.

Ninguém deseja a tristeza. Ela dói, não é agradável, mas é importante, faz parte da vida e nos fortalece. "Ao deixarmos esse sentimento fluir, elaboramos nossa perdas. Damos a chance de nos reorganizarmos internamente e superar a fase de maneira saudável”, explica a psicóloga Irene Cardotti. O lado positivo é que podemos rever defeitos e analisar consequências de nossos atos e, dessa forma, encontrar  força e equilíbrio e para retomar o ritmo normal de vida.

"É preciso encarar conflitos e situações ruins com mais serenidade. É através do sofrimento que desenvolvemos a maturidade", afirma o psicólogo Mauro Godoy, especializado em Psicologia Analítica e Antropologia. Por isso, quando a tristeza chega, em vez de tentar mandá-la embora, é melhor perceber o que ela tem a ensinar.

“O mais comum é acreditar que não tivemos participação nenhuma na construção dessa perda, mas não é verdade", explica Dulce Critelli, coordenadora do Existentia - Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana. Ao levar um fora em um relacionamento, por exemplo, o abandonado pode ter uma parcela de culpa, sim. "Pode ter sido falta de cuidado e carinho, não ter se preparado o suficiente, ter sido teimoso, entre outras tantas possibilidades”, diz Dulce. Ao admitir erros, encontramos a melhor resposta para que situações semelhantes não se repitam.





quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Quais são seus medos?

DE QUE VOCÊ TEM MEDO?

Recentemente, um morador de meu prédio andou tendo pavor de elevador, provocando atritos com outros condôminos. E em uma conversa com uma amiga, ela se queixava do envelhecimento (fez 60 anos este ano) e temia-o cada vez mais.  Li alguns livros sobre medo, recentemente.E por acaso recebi este texto sobre medos que vale a pena ser lido.



Você saltaria de pára-quedas? Entraria sem lanterna em uma caverna escura? Aguentaria ficar algumas horas preso no elevador? (Eu mesmo fiquei preso por 1 hora e 15 minutos em um elevador com mais três pessoas) Sentir medo de determinadas situações é justificado por um instinto de sobrevivência. Mas o pânico excessivo, despropositado, diante de determinada situação que não gera medo em outras pessoas pode ser um distúrbio de ansiedade, conhecido como fobia e que, em alguns casos, pode alterar significativamente a rotina da pessoa. E você, tem medo de quê?

Se você prefere subir de escada até o topo do maior edifício do mundo, o Burj Dubai, com 160 andares, do que entrar em um elevador, seu medo pode ter raízes mais profundas. De acordo com a psicóloga Ana Isabel Milhano, “as fobias são distúrbios de ansiedade que se revelam por medos irracionais ou desproporcionados perante objetos (coisas, seres vivos, etc…), pessoas ou em relação a certas situações ou atividades, as quais, em circunstâncias normais ou noutros indivíduos, não provocam qualquer medo em especial ou excessivo. A pessoa com fobia, apesar de poder ter consciência de que o seu medo é irracional, não consegue evitá-lo e sente medo sempre que se encontra perante a situação fóbica. Muitas vezes, tende a evitá-la, sendo, por isso, um medo patológico”.

O medo que uma pessoa com alguma fobia sente diante de determinada situação pode ser irracional, mas não é inteiramente injustificável. Para a psicóloga, “numa primeira apreciação, as fobias não são justificáveis, se considerarmos a grande quantidade de indivíduos que não sentem medo. As fobias representam medos irracionais, ou seja, sem razão de acontecerem. No entanto, geralmente, podem explicar-se no contexto real da pessoa, em particular na sua história de vida, que pode ser investigada para se perceber a razão dessa fobia. Pode ser causada por experiências traumáticas ou, frequentemente, surge como um medo deslocado em relação a um medo maior do passado. Por exemplo, o medo das alturas pode ser desencadeado por sentimentos de desamparo ou de abandono vivenciados anteriormente”.

Existem medos mais comuns do que outros, como de lugares fechados e de altura, mas, segundo Ana Isabel, eles não têm idade para começar a se manifestar. “É variável a idade em que surgem as fobias – podem existir fobias de infância que, em geral, são de curto prazo, mas a maioria ocorre no início da idade adulta ou ainda na adolescência e o indivíduo pode ir desencadeando ou intensificando uma ou mais fobias ao longo da sua vida. Tudo depende do desenvolvimento. Pelo percurso natural de vida, o medo de envelhecer poderá ser desencadeado a partir de certa idade da pessoa, particularmente quando constata uma maior proximidade temporal com a sua finitude, por exemplo. Mas atenção, só é considerada fobia se o medo for exagerado e fizer desencadear reações fora do comum” explica.

Uma fobia não tratada corretamente pode afetar bastante a rotina de uma pessoa, a ponto de ela evitar até sair de casa. Uma fisioterapeuta conhecida minha largou o emprego porque tinha que subir cinco andares de elevador. Por isso, dependendo do caso, o tratamento é fundamental. “Algumas fobias são mais complexas e podem ser realmente limitativas e, se não tratadas, têm tendência a serem crônicas e a agravarem-se. Um dos tratamentos psicológicos mais utilizados, na linha cognitivo-comportamental, consiste na progressiva dessensibilização em relação ao objeto de medo, de modo a enfraquecê-lo e superá-lo. Depois, a pessoa é progressivamente colocada perante a situação que lhe desencadeia o medo, mas de forma controlada, numa ótica de que deve enfrentar o medo passo a passo, até ser capaz de não ter reação fóbica perante a situação. O uso de medicamentos, em alguns casos, é necessário”, diz Ana.

                       
Existem algumas fobias que são mais comuns, especialmente em adultos. Por isso, Ana Isabel Milhano preparou uma pequena lista com algumas delas e as reações que desencadeiam nos pacientes. Veja a seguir:
Gerascofobia: medo de envelhecer
Em último grau, o que desencadeia esta fobia é o medo da própria morte. A pessoa pensa “Do que vou morrer?”, “Como vou morrer?”, “Qual a forma ideal de morrer?”, “Vou sofrer muito?”. Quanto ao lado estético, podemos pensar no acréscimo de rugas e em como retirá-las, ou ainda se desperdiçou muito da sua vida, se poderia ter feito outras coisas. Acontece que, para todos, o tempo não volta atrás.
Ocofobia: medo de veículos
Sente uma grande ansiedade se tiver de conduzir e mesmo como passageira do veículo. Pode, por exemplo, convencer-se de que terá um acidente enquanto viaja. Relaciona-se com a amaxofobia (medo de conduzir), em que a pessoa pode sentir medo de não conseguir se “virar” no trânsito ou de ficar sozinha perante algum problema com o veículo, em locais ou situações difíceis de pedir ajuda. Em outro grau, a pessoa pode experimentar a fobia apenas em determinadas situações da condução que lhe causam o medos como o de dirigir à noite, de passar em túneis ou em pontes, com trânsito congestionado etc.
Distiquifobia: medo de acidentes
A pessoa pondera sistematicamente a possibilidade de acidente em determinada situação. Por exemplo, uma fobia comum é o medo de voar de avião. É verdade que “não nascemos para voar”. Talvez, por isso, seja uma fobia compreensível. No entanto, existindo no mundo de hoje diversas formas de transporte, sabemos que os acidentes são menos frequentes em espaço aéreo do que no sistema rodoviário, pelo que seria plausível que este medo não existisse.
Claustrofobia: medo de espaços confinados ou lugares fechados
Por exemplo, o medo de andar de elevador, que passa por pensamentos de medo de ficar preso lá dentro e que ninguém o tire. Imagine o medo de ficar vivo dentro de um caixão! Assim, torna-se mais fácil pensar no medo de ficar preso num elevador. A dimensão dos espaços é diferente, assim como a possibilidade de se atuar e resolver as duas realidades, mas o conceito é semelhante. Sugiro ver o excelente filme “Sábado”, onde um grupo de pessoas fica preso no elevador em um sábado à tarde, com um morto, que descia de elevador junto com dois papa defuntos.

Acrofobia: medo de lugares altos
Basicamente, a pessoa, em um lugar alto, pode pensar na hipótese de queda, o que a fará tender a evitar a situação. Também pode imaginar a hipótese de queda de outros que estejam consigo ou que lhe sejam próximos. É de fato angustiante, visto pelo olhar do fóbico.




sábado, 17 de setembro de 2011

Um Horóscopo Diferente

Quando trabalhei em jornal, quase criei uma página de horóscopo. Não seria muito dificíl. Mas resolvi aventurar-me nesta seara somente uma vez, quando escrevi este texto, extraido de meu livro.

Novíssimo horóscopo de Mac Maldoso

            Que me perdoem a falsa modéstia, mas resolvi batizar o horóscopo com o apelido familiar, mesmo porque, revolucionário como é, ficaremos mundialmente conhecidos: o horóscopo e eu, naturalmente. Este (o horóscopo) é geral, amplo e irrestrito. Caso alguém queira um particular, individualizado, de seu próprio signo, mande-me um óbolo (para quem não sabe, óbolo é doação, dádiva, “dindin”, “tutu”, etc.), pois o correio está caro - aumentou recentemente-, inseguro – depois de loteado politicamente pelos governantes do momento e com os carteiros em greve,  e o papel de carta também não está barato. Poderia usar a internet, mas os hackers são um perigo constante. Até as fotos nuas de Scarlett Johansen foram hackeadas. Não as recebi, porém, infelizmente.  Vou começar com o meu próprio signo, pois sou egocêntrico. E também para dar uma nova visão ao mundo horoscopista.
Peixes. Todo cuidado é pouco. O mar não está para eles. Aliás, não só o mar, como a terra e o ar. Tudo poluído. Principalmente se você for de Rio Turvo. Cuidado com a alimentação, pois todo peixe morre pela boca. Se você for grandão, tipo baleia, cuidado, pois a pesca não está totalmente proibida. A fama dos peixes não é boa. A piranha não presta, o tubarão é ricaço e o cachalote já foi preso por ter sido confundido com um especulador imobiliário, o caça lotes. Viverá muito, do nascimento até a morte.
Carneiro. Não se dá bem com Touro, pois é mais calmo, tranqüilo e pouco agressivo. Defeito ou qualidade: basta começar a contar e já caem no sono. Signo preferido dos bons gourmets. Não gastam muito com alimentação, pois são herbívoros, e não carnívoros. Também conhecido como Áries.
Touro. É mais valioso de todos os signos. Como a sua carne está pela hora da morte, poucos se dão ao luxo de nascer neste signo. Serve para todas as atividades. Só o seu berro ainda não foi aproveitado. No setor amoroso, o taurino sofre muito, porque sempre está com chifres. O pior País para se viver continua sendo a Espanha, enquanto não acabarem com as touradas. O Canadá tem preconceito. Cor preferida: vermelho.
Gêmeos. Muita briga e muita sem-vergonhice. Um sempre está passando pelo outro quando não está passando o outro para trás. Não têm muito amor pela mãe; deram trabalho demais. Há perigo de incesto, principalmente se forem de sexo diferente ou quando um for andrógino.
Câncer. É o mais mal falado de todos os signos e responsável pelo grande flagelo da humanidade. Sofrimentos atrozes, quando não morre prematuro, para os nativos deste signo. Os médicos e farmacêuticos têm muita preferência por ele, assim como os cientistas que estão querendo ganhar  prêmio Nobel.
Leão. Muito xingado recentemente, pois se tornou mascote/símbolo de algo abjeto e temível hoje em dia: o Imposto de Renda. Extremamente agressivo, mas muito procurado para se tornar animal doméstico. É exibicionista, principalmente se trabalhar em circo. Possuidor de vasta cabeleira é ótimo freguês para cabeleireiros e cabeleireiras. Tem dentes perfeitos e gosta muito de Touro, com quem se dá bem, o que não implica que Touro se dê bem com Leão. Muito pelo contrário. Tem complexo de superioridade; pensa que é rei.
Virgem. Existência muito curta ultimamente. E difícil de ser encontrada. Até os 13 anos é comum, se não aparecer nenhum tarado antes. Depois, seja o que Deus quiser. Raríssimas chegam a uma idade provecta. É o sonho de muitas mães. Signo muito procurado pelos homens, em geral. É a que mais casa. Pedra preferida: a pomo. Fruta detestável: a maçã.
Balança. O grande problema dos nascidos neste signo é o peso. Uma balança nunca combina com outra, daí não ser indicado o casamento entre si. Touro, Carneiro e Peixes têm sempre algum caso com o Balança. Mulher que faz regime tem horror a este signo. A desonestidade é uma característica quase que essencial do balança. Detesta fiscal honesto, evidentemente. Uma balança bem usada faz a riqueza de qualquer um.
Escorpião. São pessoas venenosas e traiçoeiras. Preferem a solidão e os lugares ermos. Não são muito progressistas, acreditando-se que sempre andam para trás. Não gostam de brincadeiras e são responsáveis pelo provérbio: “Quem brinca com escorpião, sai ferrado”.
Sagitário. Gostam muito de mitologia, sendo especialistas em história da civilização, principalmente a grega. Têm alguns problemas para a reprodução, pois ficam em dúvida entre uma sereia ou outro sagitário. Tem problemas de coluna.
Capricórnio. Muito parecido com Carneiro, com quem pode se relacionar muito bem. Não é tão feliz como Touro, mas, ao contrário deste, não sofre muitas traições, pois tem só um chifre. Também gosta de uma mitologia, dando-se bem com os Sagitários.
Aquário. Uma opção para os peixes, desde que queiram sobreviver. É muito preferido por crianças e mulheres. Apresentam estatura e tamanhos variadíssimos, assim como são os mais diversificados dos signos, estão em todas as camadas sociais. Aquário se dá bem com virgem, pois lhe é inofensivo.
É só.


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Traído pela Memória.

 Vou falar da memória. De como podemos ser traídos pela memória. Eis um ótimo texto que li.

Você confia na sua memória? Tente se lembrar de algum acontecimento traumático na sua vida. Você consegue se lembrar onde estava? Quem estava com você? E como você se sentiu durante o evento? Você provavelmente esteja muito confiante dessas memórias, mas nossas lembranças não são tão precisas quanto nós imaginamos.
Especialistas explicam que a memória muitas vezes não é armazenada de maneira completa ou pode até ser armazenada de maneira equivocada. Além disso, é possível modificar uma memória durante o processo em que ela é recordada e isso até pode ser usado em terapias. Existem até drogas com o poder de apagar totalmente a memória de longo prazo de uma pessoa ou de fortalecê-la.
Elizabeth Phelps, da Universidade de New York nos EUA, explica que memórias de eventos traumáticos são armazenadas principalmente numa região do cérebro chamada de amídala, um centro de processamento de emoções do cérebro particularmente envolvido com o medo. A amídala foca tão pesadamente nas emoções que ela acaba não armazenando adequadamente os detalhes do evento. Estudos de imagem cerebral com voluntários americanos têm demonstrado que, quando eles pensam sobre o ataque às Torres Gêmeas no fatídico 11 de setembro, há uma grande ativação da amídala, enquanto a ativação do parahipocampo, região do cérebro importante para resgatar detalhes, é baixa.
O problema é que essas lembranças falhas podem ter graves consequências, pois às vezes combinamos os detalhes de nossas experiências incorretamente. Um exemplo disso foi o de Donald Thompson, um psicólogo e especialista em memória, que foi acusado de um estupro brutal. Mas por sorte de Thompson, ele tinha um álibi inquestionável. Ele estava dando uma entrevista ao vivo na televisão sobre memórias não confiáveis no momento do crime. A mulher estava assistindo à entrevista quando foi estuprada e acabou confundindo o rosto de Thompson com o do estuprador. De acordo com Daniel Schachter, professor de psicologia em Harvard, esse tipo de memória confiável mal atribuída é uma das causas mais frequentes de acusações erradas.
Nossas memórias mudam toda vez que pensamos sobre um evento do passado. Quando nossos cérebros armazenam memórias, elas passam por um processo de consolidação e, enquanto o processo não é concluído, as memórias permanecem frágeis. Toda vez que recordamos algo, criamos oportunidades de mudar ou atualizar o que resgatamos. Este processo nos permite deixar nossas memórias mais precisas na medida em que adicionamos novas informações a elas, explica o professor da Universidade do Arizona Lynn Nadel.
A reativação da memória pode fortalecer, mudar ou atualizar nossas lembranças, e pode ser usada no tratamento de pessoas que sofrem de distúrbio de estresse pós-traumático. Quando resgatamos memórias e não fazemos nada para diminuir seu impacto, o medo se torna maior, mas quando novas informações são adicionadas à memória, o medo pode diminuir.
Terapias químicas também podem algum dia diminuir o impacto emocional negativo das memórias. Em 2006, o pesquisador Todd Sacktor, descobriu uma proteína responsável pelo processo de armazenar memórias de longo prazo. Pesquisas indicaram que aplicando mais dessa proteína fez com que memórias de longo prazo fossem fortalecidas.
Pesquisadores desenvolveram uma droga, chamada de ZIP, que inibe essa proteína e, em testes feitos com ratos, permitiu com que eles apagassem as memórias de longo prazo desses ratos. Tratamentos usando essa droga, o ZIP, seriam antiéticos em humanos, pois os pesquisadores não conseguem atacar uma memória específica e, consequentemente, apagariam todas as memórias de longo prazo de uma pessoa.
Mesmo sabendo que não podemos confiar cegamente em nossa memória, é importante lembrarmos que nossa habilidade de memorizar pode ser melhorada com a prática e o treino frequente com jogos de memória é uma ótima maneira de exercitarmos essa habilidade tão importante para nossas vidas.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Primeiro aniversário.

Hoje é um dia de muita alegria, júbilo e regozijo. Estamos comemorando 1 ano de existência e soprando a nossa primeira velinha.E o “nós” se refere ao autor do blog e aos leitores. Todos estamos de parabéns. Se não fosse a contínua presença dos leitores, suas opiniões e o apoio, eu teria perdido o prazer em fazer o blog, em atualizá-lo. Obrigado a todos vocês. Mas, afinal, quem são estes leitores? Quantas postagens ocorreram? Vejamos alguns números Foram 2.270 acessos nestes últimos 12 meses. E neste mês de agosto aconteceu o ápice dos leitores: 297 acessos.  E eis aqui uma visão da origem geográfica (o blog está internacional) de quem me acompanha.
Brasil: 1.943
Estados Unidos: 125
Alemanha: 51
Portugal: 34
Reino Unido: 32
Holanda: 14
Angola: 10
Austrália: 9
Canadá: 7
Israel: 6
E sem contar dois do Japão, um de Senegal, da Argentina, da Espanha, ìndia e até da República Tcheca. Uma amiga, fazendo turismo na Turquia e em Amã, acessou de lá. Mas foi bondade dela.
Foram 109 artigos. Muitos, de minha própria lavra. Outros, tomei emprestados. Tentar unir humor, conhecimento e literatura tem sido o meu objetivo.
Leitores atentos e amáveis têm feito comentários sobre o blog, ou através dele mesmo – tarefa difícil -, ou pelo meu email, ou – uns felizardos, eles, (rs) - pessoalmente
E, para terminar, que esta data se repita por muitos anos, que meus leitores se mantenham fieis, que apareçam novos leitores e que vocês continuem gostando, tirando proveito e se divertindo com algo que gosto muito de fazer: escrever.
Um atencioso e carinhoso abraço (virtual) a vocês.

Mário Cleber da Silva

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A História de Chapeuzinho Vermelho

Todos nós já lemos a história de Chapeuzinho Vermelho. Mas o autor só deu uma versão. Que tal ouvirmos a versão do Lobo Mau? Podem acreditar: não tem final feliz. Sei que estamos vivendo um mês de comemoração de nosso primeiro aniversário, mas as coisas tristes também fazem parte de nossa vida. Temos que encará-las. Vejamos o que o Lobo Mau vai dizer. (Reparem a data em que foi escrita)

A história do Chapeuzinho Vermelho contada pelo lobo que não era tão mau


            Numa pequena e humilde cabana no meio da floresta vivia um velho lobo, numa cadeira de rodas, junto com seu filho o lobinho. Viviam modestamente os dois, se alimentando parcamente e numa existência quase que monótona, porém razoavelmente feliz. Seria mais feliz para o lobinho se ele soubesse o motivo porque o pai, o lobo, tão forte e sacudido e ainda novo vivia constantemente naquela cadeira de rodas, conseguida numa campanha de caridade. Assim sendo, uma manhã resolvera tirar tudo a limpo e acabou perguntando ao pai: - Por que o senhor ficou assim, meu pai?
            O lobo levou um susto tal que quase caiu da cadeira, mas controlou-se e com uma voz macia e quente resolveu contar a sua verdadeira história.
            - Era uma vez uma menina muito bonita e graciosa que se chamava Chapeuzinho Vermelho. O que ela tinha de beleza e graça tinha de maldade. Vivia criando casos na floresta, brigando com os bichos, pondo fogo nas árvores, poluindo os rios, parecendo até as fábricas de celulose. Pintava o sete a danadinha. A mãe dela também não ficava atrás, tanto era assim que o marido dela, o pai do Chapeuzinho, tinha se mandado da sua cabana e fora morar na cidade, trabalhando como bóia-fria e passando uma fome danada. A mãe, quando se viu livre do marido, deu pulos de alegria, pois estava a fim de ter um caso com o caçador que vivia andando pela floresta. Com medo de que Chapeuzinho Vermelho não concordasse com o novo casamento, não que ela gostasse do pai, mas porque ela era malvada mesmo e não queria vê-la feliz, o que fez a mãe?
            - O que fez, o que fez? perguntou o lobinho interessado naquela história de terror.
            - Mandou a Chapeuzinho Vermelho levar uma cesta de comida para a vovozinha, no outro lado da floresta. Preste atenção, lobinho. Ela, a mãe, não quis levar comida pois sabia que eu vivia rondando a floresta e nem quis acompanhar a filha. Deixou-a entregue à própria sorte. Estava eu então pastando tranquilamente entre as árvores quando dei de encontro com aquela formosa jovem, de cabelos dourados e que fiz eu, eu lobo solitário e que não via a sua mãe há muito tempo? Resolvi atacá-la, pois afinal lobo também tem os seus desejos e eu não ia matá-la. Vã e (palavra ilegível) esperança como diria o macaco. Ela, esperta como quê, não se deixou levar pela minha lábia e acabou me convencendo de que ali o melhor seria conversar ou papear e se quisesse algo mais sério deveria ir até à casa da vovó, pois lá o conforto era bem melhor do que o duro chão da floresta. Ela me deu o endereço certinho, inclusive o CEP, pois sem CEP não se faz nada nesta floresta e pra lá eu me mandei.
                        - E então, e então? os olhos do filho do lobo brilhavam de suspense.
                        - Dei com os burros nágua. Cheguei com o máximo de cuidado na casa da vovó para não assustá-la e qual não foi o meu espanto ao ver a porta aberta e a vovozinha toda tranquila e à vontade na sala vendo televisão, na sessão da tarde. Vestida sumariamente, acredito que ela estava esperando alguém para um programa que não fosse televisivo. Engoli a velha com roupa e tudo e quando a Chapeuzinho Vermelho entrou e me viu, fingiu que não me reconhecia e veio se insinuando comigo: Por que você tem as orelhas tão compridas? para te ouvir, falei. Foi um jogo erótico que tava me deixando loucão. Ela era muito coquete. Pois bem, na hora que eu ia dar o bote, ela gritou: socorro, socorro, olha o lobo, mau. Aí pro meu azar, chegou o caçador que estava a fim da mãe de Chapeuzinho Vermelho e para fazer média me deu um tiro na testa e na perna. Desmaiei e ele acabou me fazendo uma cesariana, sem anestesia (e olha que eu pagava INPS), para tirar a vovó. Como era caçador e não médico fiquei estropiado e aleijado. Esta é a minha triste história.
                        Lobinho abraçou com dó o pai e duas grossas lágrimas caíram de seus olhos inocentes e assustados diante de tanta maldade...

Mário Cleber Silva
20/09/1979