Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes
Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

CONCEITOS PSICOLÓGICOS

Final de ano é época de fazer balanços – financeiros e outros – e as promessas para o próximo. Resolvi postar alguns conceitos, resumidamente, para ajudar ao meu leitor refletir sobre suas atitudes psicológicas e, quem sabe, ajudá-lo a se posicionar melhor nos próximos 12 meses.
Quando estava no Seminário de Mariana, recebemos a visita de um psicanalista belohorizontino. A presença foi maciça (mesmo porque era obrigatória) e foi o maior sucesso. Ele dividia a personalidade normal em vários setores que deveriam estar harmonicamente desenvolvidos. Foi a partir desta palestra que comecei a me interessar pela Psicologia e, profissionalmente, enveredar por este caminho.

Auto Estima, ou o nível de conforto que a pessoa se sente com ela mesma. Pessoas com alta auto estima tendem a ser francas e competentes em seus relacionamentos, seja pessoal ou público. Pessoas com baixa auto estima tendem a ser reservadas e de alguma forma ansiosas.
Ligação Familiar, ou o nível que uma pessoa apoia e valoriza o ambiente familiar. Pessoas com uma forte ligação familiar geralmente querem ou já tem filhos; São muito próximos dos seus parentes imediatos e preferem cozinhar em casa que ir a um restaurante. Pessoas com ligação familiar não tão aguçada tendem a ser mais individualistas, fogem do convencional e gostam bastante de festas e eventos sociais.
Auto Controle, ou a medida que uma pessoa exerce o controle sobre os vários aspectos da sua vida. Pessoas com um auto controle elevado são mais fortes emocionalmente, isto é, gerenciam melhor seus sentimentos. Pessoas com baixo auto controle geralmente possuem um temperamento brando, aparentando tranquilidade e calma.
Abertura Social, ou seja, até que ponto uma pessoa é aberta às outras e ao mundo. Pessoas com alto nível de abertura/dependência social tendem a gostar de uma gama de coisas (por exemplo: comida, música, filmes, etc), em parte, porque elas estão sempre preocupadas em agradar aos outros. Em contraste, as pessoas mais fechadas socialmente são geralmente muito independentes e teimosas, pois sabem o que gostam e dificilmente são capazes de mudar a opinião. 
Tolerância, ou ética de trabalho é o grau de flexibilidade mental. Pessoas com alto grau de tolerância são descontraídas, relaxadas e não são afetadas pelas mudanças. Em contraste, o indivíduo com baixo nível de tolerância tende ser firme, trabalhador e às vezes inflexível.

sábado, 24 de dezembro de 2011

DOIS POEMAS DE DUAS POETAS

POETAS

Entre meus leitores, tenho a alegria de ter três poetas. Um, de São Vicente de Minas, e duas, de Andrelândia. Para quem não conhece as duas cidades, são vizinhas. Só 19 quilômetros separam uma da outra. O que mostra que aquela região também é boa para produzir poetas, além dos queijos. O poeta de São Vicente mora atualmente em Ouro Preto.  E as duas andrelandenses têm muitas coincidências: o mesmo nome (Magda, diferenciando o segundo nome. Uma é Helena, a outra, Lúcia). Foram colegas de escola, amigas, casaram-se, mudaram de Andrelândia. Uma delas duplamente premiada em concursos de Poesia. A outra, avara, ainda esconde os poemas na gaveta. Mas teve a bondade de me enviar um deles. Coloco aqui as produções destas duas Magdas.


INFINITO


Está preso na memória
mas procuro  no infinito
o laço, a rosa, o grito,
o ser aflito que clama
qual luz trêmula  da chama,
de seu olhar na solidão,
do meu riso na amplidão !


Se o infinito, no tempo,
escorre as horas nos dedos,
há madrugadas e segredos
nos minutos frios,lentos,
escoando em pensamentos
qual nuvem solta ao vento
que com a tarde vem agora  !


Mas a alegria amanhece
qual borboleta de sonho
e com ela a fantasia
da luz serena que pousa
na janela do meu mundo
e procura o Eu profundo
na memória do infinito !
 
Magda Helena


SE

Quantas e tantas vezes, tão somente SE.
Duas letras que se apresentam poderosas,
Hábeis em abrir portas, revisitar o passado
E transformar o presente num toque de mágica.

Impotentes, porém, acenam promessas descumpridas,
Fluidas como as águas que se perdem por entre os dedos,
Mal fechados, das mãos, e incapazes de reter o impossível.

SE, sempre SE, enquanto tudo permanece em seu lugar,
Vãos os esforços em desatar nós, apagar pegadas,
Trilhar outras estradas, recolher palavras ao vento,
Estreitar antigos abraços ou acender os olhos da vida.


SE, que rola na cama, envolto nas horas da madrugada,
SE, que assusta o olhar com sugestões improváveis
SE, apenas SE, inviolável, de desejos somados e insaciáveis.
Magda Lúcia



domingo, 18 de dezembro de 2011

ENTREVISTAS DE SELEÇÃO

Minha experiência de selecionador me deu chances de conhecer várias respostas bizarras de candidatos. Porém, esta seleção de perguntas e respostas supera minhas expectativas. Para uma leitura bem humorada neste final de ano cheio de chuvas.

RESPOSTAS DADAS POR CANDIDATOS EM ENTREVISTA DE EMPREGO.
Extraídas da Revista Exame.

. 
Entrevistador – Você tem algum e-mail para contato?
Candidato
 - Sim, anota ai: gostosinha_da_zonaleste@hotmail.com 

Entrevistador – Como você está na questão das línguas estrangeiras? 
Candidato
 – Tenho português básico. 

Entrevistador – Qual curso universitário você deseja fazer? 
Candidato
 – Ah, to pensando em Nutricionismo, Letras ou Engenharia. 

Entrevistador - Então, você está construindo um networking?
Candidato
- Veja bem, eu não sou engenheiro, sou administrador.

Entrevistador
- Como você administra a pressão?
Candidato
- Ah, tranquilo. 11 por 7, no máximo 12 por 8.

Entrevistador
- Manter sempre o foco é muito importante. E me parece que você tem alguns lapsos de concentração.Candidato - O senhor poderia repetir a pergunta?

Entrevistador
- Como você se sente trabalhando em equipe?
Candidato
- Bom, desde que não tenha gente dando palpite, me sinto muito bem.

Entrevistador
- Como você se definiria em termos de flexibilidade?
Candidato
- Ah, eu faço academia. Sou capaz de encostar o cotovelo na nuca.

Entrevistador
- Nós somos uma empresa que nunca pára de perseguir objetivos.
Candidato
- Que ótimo. E já conseguiram prender algum? 

Entrevistador
- Vejo que você demonstra uma tendência para discordar.
Candidato
- Muito pelo contrário..

Entrevistador
- Em sua opinião, quais seriam os atributos de um bom líder?
Candidato
- Ah, são várias coisas. Mas a principal é ter liderança.

Entrevistador
- Noto que você não mencionou a sua idade aqui no currículo.
Candidato
- É que eu uso óculos, e isso me faz parecer mais velho.
Entrevistador
- E qual é a sua idade? 
Candidato
- Com óculos ou sem óculos?

Entrevistador
- Quais seriam seus pontos fracos?
Candidato
- Ah, é o joelho. Até tive de parar de jogar futebol. 

Entrevistador
- Há alguma pergunta que você queria me fazer?
Candidato
- Eu parei meu carro lá na rua. Será que eu vou ser multado?

Entrevistador
- Por que, dentre tantos candidatos, nós deveríamos contratá-lo?
Candidato
- Eu pensei que responder a isto fosse seu trabalho.

Entrevistador
- Como você pode contribuir para melhorar nosso ambiente de trabalho?
Candidato
- Bem, eu começaria trocando a recepcionista, que é muito feia.

Entrevistador
- Várias pessoas que se sentaram aí nessa mesma cadeira hoje são gerentes.
Candidato
- Puxa, o fabricante da cadeira vai ficar muito feliz em saber
disso.


Entrevistador
- Quando digo 'Sucesso', qual a primeira palavra que lhe vem à mente?
Candidato
- Pode ser duas palavras? 
Entrevistador
- Pode.
Candidato
- Milho. Nário.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Horus e Jesus.

No mês de Dezembro, em nossa cultura ocidental-cristã, festeja-se a vinda de Jesus. Mas seria a história de Jesus original? Única? Ou séria uma repetição de outras histórias e lendas? Uma cópia? Já ouviram falar de Horus? Krishna? Mitra? Atis? Bem, para termos uma visão mais próxima da realidade dos acontecimentos históricos de todas as religiões, vejamos estas interessanes comparações. Para mim, também foram novidades.

Hórus VS Jesus?


Horus é um deus egípcio. Jesus, também deus.
O conto de Hórus foi escrito em cerca de 3000 a.C.
O conto de Jesus foi escrito no primeiro século da era cristã..

SEMELHANÇAS
Hórus nasceu da Virgem Ísis (Meri na terra). Jesus nasceu de Maria.
Hórus foi batizado por Anup, quando tinha 30 anos. Jesus foi batizado por João Batista
Hórus foi considerado uma criança-prodígio aos 12 anos. Jesus impressionou os sábios do templo..
Hórus teve 12 discípulos e viajou com eles praticando milagres Jesus, 12 apóstolos...
Hórus disse que é o príncipe da eternidade. Jesus disse que é a luz do mundo.
Hórus disse que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Jesus também falou assim...
Hórus andou sobre as águas. Jesus, idem...
Hórus ressucitou um homem chamado El-Azar-Us. Jesus ressuscitou Lázaro.
Hórus traído por Tifão. Jesus foi traído por Judas.
Hórus foi invejado e considerado "o rei dos egípcios". Jesus, invejado e considerado  "o rei dos judeus".
Hórus foi condenado a morte e crucificado. Jesus, igualzinho...
Hórus foi enterrado. Jesus, sepultado.
Hórus ressucitou 3 dias depois. Jesus fez a mesma coisa.

DIFERENÇAS
Hórus era egípcio. Jesus era judeu.
Hórus era guerreiro e batalhador. Jesus desejava a paz.
Hórus foi esquecido e deixado. Jesus é louvado até hoje.

Há 3000 a.C no egípcio, já existia a lenda de que o Deus Hórus, nasceu no dia 25 de dezembro, a noite mais longa do ano, o dia em que o Sol renasce no horizonte, e onde se comemorava o "Sol invicto". O Nascimento de Horos foi anunciado por uma Estrela e acompanhado por 03 Reis. Hórus foi um “Messias solar” que lutava contra o Deus das trevas Set.

Hórus lutou durante 40 dias no Deserto contra as tentações de Satã. Era representado por um T. Fazia parte da Trindade Atom (o pai), Hórus (o filho) e Rá (o Espírito). Foi traído por Tifão, foi eestacado, foi enterrado, mas “Reviveu” 03 dias depois.

As versões sobre CRISTO são cópias de deuses bem mais antigos
Vamos lembrar.

Há 4000 anos AEC, na mitologia Mesopotâmia, já exista a lenda de que Gilgamésh nasceu da Deusa Ninsun com o rei Lugalbanda.

Há 3500 anos AEC, na lenda indiana de Vexo, já existia a versão de que, no Palácio de Madura, o Deus Vishnu apareceu a Lacmy, informando que sua filha Devanaguy geraria um filho-deus chamado Krishna, e que para cumprir os desígnios divinos, Devanaguy deveria continuar virgem...


Há 1200 AC na Pérsia, (atual Irã), já existia a lenda de que o Deus Mitra nasceu no dia 25 de dezembro da virgem Aúra-Masda; Teve 12 discípulos; Praticou milagres; Morreu estacado, mas Reviveu no 3º dia; Era chamado de “A Verdade”, “A Luz”. Foi batizado; Nasceu para lavar os pecados da humanidade; Durante o Culto ao deus Mitra era servido tanto o Pão com uma bebida alcoólica. E Mitra era reverenciado num domingo.

Há 1200 AC na mitologia romana o Deus Attis, nasceu na Frígia, no dia 25 de dezembro; da virgem Nana; Attis foi atraiçoado, martirizado, estacado e colocado em um  túmulo, mas reviveu depois de 03 dias.

Há 900 AC na lenda hindu, o Deus Krishna, nasceu no dia 25 de dezembro;
Nasceu da virgem Davaki com uma estrela;
Uma estrela avisou da sua chegada;
Fez milagres;
Após morrer, reviveu.

500 a.C, o Deus grego Dionísio, nasceu de uma virgem; foi um peregrino (viajante); transformou água em vinho; era chamado de Rei dos reis, Alpha e ômega (curioso que Jesus usa estas mesmas leras gregas para falar de si mesmo); após morrer reviveu; e era chamado de “Filho pródigo de Deus

ADONIS nasceu de uma relação incestuosa do rei CÍNIRAS (de Chipre), com a sua filha MIRRA.

Na mitologia indiana, a virgem Maya, sonhou que manteve relações com um elefante sagrado, e acabou dando a luz a Buda.

Na mitologia grega, temos a lenda onde Dionísio (Baco para os romanos), seria filho do Deus Zeus com a mortal Sêmele.

HÉRCULES teria nascido da virgem ALCMENA, que foi fecundada pelo Deus ZEUS.

Zarathustra foi outra divindade solar  da qual o cristianismo usou para criar a mitologia da personagem Jesus Cristo. Segundo os Persas e o Zend-Avesta, (o livro sagrado do Zoroastrismo), por volta do ano 1650 A.C., a mãe de Zarathustra, ainda virgem, foi fecundada por um raio de luz enviado dos céus, pelo Deus Ahuramazda.
Quando o bebê Zarathustra nasceu, os seus inimigos tentaram martirizá-lo, a fim de que Zarathustra não chegasse à maturidade e não cumprisse a sua missão divina (reveja a “história” de Herodes perseguindo os meninos).
Zarathustra foi tentado pelo Diabo quando se encontrava no Deserto...
Na lenda de Zarathustra há o dualismo do Bem x Mal, o Deus criador e do Messias.
No fim de 9.000 mil anos, ocorrerá a Segunda vinda de Zaratustra.
E haverá o Julgamento Final das almas de todos os mortos.





sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

COMO SUPERAR O FIM DO NAMORO

Este tema - final de realacionamento - é recorrente em meu blog. Talvez porque sempre tem alguem terminando um relacionamento (dai valer a pena repetir as idéias como um mantra), ou porque as postagens que falam sobre isto são bastante acessadas, resolvi voltar ao assunto. Recorro, então, a um artigo que li e às opiniões de uma psicóloga social.

COMO SUPERAR O FIM DO NAMORO.

Há poucas coisas que superam a dor do término da uma relação a dois. Ainda mais quando o ponto final é inevitável após uma traição ou um "eu não te amo mais". Apesar da distância entre a separação e a volta por cima ser longa, é possível encarar o momento com serenidade e espantar a tristeza para voltar a ter uma vida social e amorosa depois do trauma.

A falta de lealdade do parceiro ganha dimensões diferentes em cada situação. "Superar uma
traição é muito difícil, mas depende do histórico e da dinâmica da relação e também do significado que representa para cada um. Em alguns casos, ela se torna um elemento de estímulo de uma relação 'morna' e sem grandes impactos. De toda forma, superá-la implica em crédito e desejo de investir em uma relação, buscando compreender o processo e o papel de cada um neste caso", explica doutora em psicologia social Maria Izabel Calil Stamato


Momento traumático Para seguir em frente depois de um rompimento traumático é necessário desenvolver objetivos para se fortalecer e se curtir para estar apto a um novo envolvimento. De acordo Maria Izabel, o tempo para toda essa transformação é definida pela própria pessoa e depende de uma série de fatores que não estabelecem medidas de tempo convencionais. "Um ano, um mês, um dia? Não há prazos estabelecidos para se recuperar de um término de relação", explica a psicóloga.

De acordo com a profissional, o primeiro passo para dar "adeus" à
melancolia é investir em si mesmo. "Sem dúvida, ser preterido sempre traz prejuízos à autoestima, pois, após o momento inicial de raiva e de culpabilização do outro, a pessoa tende a atribuir a si mesma a responsabilidade pela perda, dando ênfase aos aspectos negativos de seu comportamento e se sentindo um 'lixo' por não ser capaz de manter um relacionamento", explica.
É possível encarar o fim de um namoro com serenidade e voltar a ter uma vida social e amorosa depois do trauma
As consequências da perda de confiança também se potencializam por conta do universo social que vivemos. "Lembrando que as intensas cobranças e exigências da sociedade para que todos sejam desejáveis e invejáveis, o que significa ter um relacionamento perfeito e feliz, acabam intensificando a negatividade da autoestima e ampliando o sofrimento de quem é abandonado", ressalta a especialista.
Dicas para enfrentar o fim Assim que o término do namoro ou casamento acontece, seja por traição ou qualquer outro motivo, comece a agir. Segundo Maria Izabel, o ideal é tentar contar o término para parentes ou amigos. Dessa forma você consegue assimilar dentro de você mesmo os lados negativos do relacionamento e sentir a necessidade de mudança.

Mania entre boa parte das pessoas e péssimo para a "reabilitação", voltar a falar com o ou a ex é considerado por alguns especialistas como uma armadilha. Espere, ao menos, dois meses para que seu coração volte aos trilhos. 

Outra saída que se torna valiosa nestes casos é simples: mexa-se. Procure fazer atividades que reúna as pessoas que possuem os mesmos interesses que você. Faça exercícios, o que libera endorfina (que permite trazer bem-estar), e outros programas que multipliquem a alegria. Aproveite e se jogue, inclusive, em atividades que seu ex não gostava de fazer.

Após perceber os primeiros sinais de mudança dentro de si mesmo, note que está na hora de anunciar a novidade e altere alguma coisa no exterior. Mude a ordem dos móveis da casa, corte e pinte o cabelo, use aquele esmalte que você tanto queria e aposte em visuais que ressaltem sua beleza. Cuidar de si mesmo faz um bem incrível, principalmente neste momento.  
Caso em algum momento sinta raiva do que aconteceu grite, extravase com exercícios e canalize essa energia para algo útil, como cuidar da própria casa. "O término de um namoro representa uma perda afetiva e, neste sentido, a pessoa que é preterida vive um processo de luto e de intenso sofrimento. Entretanto, não há fórmulas prontas para superar situações de perda, mas um elemento fundamental sempre é compreender o que esta perda representa na vida da pessoa, seu significado, trabalhar para transformar a situação em um processo de crescimento, que favoreça futuras relações", diz Maria Izabel




terça-feira, 6 de dezembro de 2011

HANDS ON... O que é isto?

Como recrutador em uma multinacional, vivi muito esta situação que Max Gheringer fala em sua crônica.  Tivemos um funcionário formado em Sorbonne, que não ficou muito tempo. O famoso “carregador de piano” é importantíssimo. Conheci duas chefias em meu tempo que não tinham formação superior – olha lá se tivessem o Ensino Médio – mas resolviam, e bem, os problemas do dia a dia. O excesso de “qualidades” também era uma anomalia.

 
                VOCÊ É HANDS ON?
(Max Gehringer)
 "Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais.
E a empresa contratante exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on.
Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico.
Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais.. A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico...
Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno.
E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade.
- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
- In a hurry!
- Saúde.
- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês.
- Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
- Não, não. Cópias normais mesmo.
- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
- Fabiana, desse jeito não vai dar!
- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
- Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
- Futuro? Que futuro?
- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
- Sei. Mas o senhor é hands on?
- Hã?
- Hands on. Mão na massa.
- Claro que sou!
- Então o senhor mesmo tira as cópias.
- E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.
Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:
1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas.
2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.
Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.
Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha.
Admitimos um montão de gente superqualificada.
E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel.
Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas !
Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou.
Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van.
E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade.
Sem mencionar que estava fazendo pós-graduação.
Só que não sabia nem abrir o capô.
Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta.
Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero.
Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar.
Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.
Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz :
O que é capaz de resolver, mas não de impressionar."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Educação Financeira dos Filhos

Como Educar Financeiramente os Filhos.
Comecei a dar mesada para meus filhos quando eles tinham 11 e 9 anos. Creio que os ajudei a lidar bem com o dinheiro. Um amigo meu e colega de trabalho me dizia que eu tinha “caderneta de poupança”, enquanto ele tinha uma “caderneta de gastança”. Mas afinal o que dizem os especialistas sobre a educação financeira dos filhos? Leiam o que disseram alguns especialistas.

Para a educadora financeira Cássia D’Aquino, o principal equívoco é achar que a criança não precisa ser educada sobre o tema.
"É um erro atribuir a responsabilidade da educação financeira à televisão, aos amigos ou à publicidade. Quem realmente interfere e estimula os filhos, em todos os aspectos, são os pais", diz.
O consultor financeiro Gustavo Cerbasi, que acaba de lançar o livro "Pais inteligentes enriquecem seus filhos" (Editora Sextante), afirma que os pais erram, por exemplo, quando deixam de envolver as crianças nas decisões financeiras da família.
"O filho pode ser convidado a participar do planejamento do orçamento das férias, da ceia de Natal ou de um fim de semana de passeio, por exemplo", sugere.

Só dar dinheiro não é suficiente

De nada adianta os pais se disporem a tratar do assunto com os filhos, no entanto, se usarem uma linguagem ou exemplos que não fazem parte da realidade das crianças.
O especialista em educação financeira Álvaro Modernell, autor de oito livros voltados para crianças, diz que um dos maiores erros dos pais é falar com elas de assuntos que fazem parte do universo adulto, como o custo da energia ou a aposentadoria.
Para Modernell, o mais adequado é fazer a abordagem em momentos relacionados a assuntos de interesse da criança.
"Se ela quer comprar uma bola, por exemplo, o pai pode ir com ela até duas ou três lojas para mostrar a importância da pesquisa de preços."
Outro erro comum, afirma Modernell, é achar que dar uma mesada já é suficiente. "Além de dar dinheiro, é importante que os pais deem orientação com relação ao planejamento e à poupança."
Dar dinheiro à criança sem data certa e valor definido também pode ter um efeito inócuo na educação financeira, afirma Cássia D’Aquino.
"A função da mesada é permitir que a criança possa começar a organizar seu dinheiro. Sem uma frequência, ela não tem como se planejar."

Mesada, só a partir dos 11 anos

Segundo Cássia, a mesada não deve ser dada à criança antes de ela completar 11 anos, porque é só a partir daí que ela tem a noção exata da duração do mês.
"Antes dos 11 anos, o ideal é dar uma semanada. Assim, se ela gastar todo o dinheiro e 'falir' no meio da semana, por exemplo, não precisará esperar tanto tempo para se recuperar", ensina.
Os especialistas também reprovam os pais que, na ânsia de dar aos filhos o que não tiveram, tentam satisfazer os desejos das crianças comprando presentes ou dando dinheiro de forma não planejada.
"Dessa forma, criamos a ilusão de que podemos compensar nossa ausência com a compra de bem-estar para os filhos", diz Gustavo Cerbasi.






domingo, 27 de novembro de 2011

AUTOESTIMA: MITOS E VERDADES

MITOS E VERDADES SOBRE AUTOESTIMA

Recentemente conheci uma pessoa com autoestima elevadíssima. "Eu me acho", ela dizia. ... Como está sua autoestima? Pare um minuto e pense quantas oportunidades perdeu porque acreditou que não conseguiria? A vida de quem não acredita em si mesmo é assim: medo, dúvida, vergonha, frustração, insegurança, culpa, insatisfação e confiança zero.

Rosemeire Zago
é psicóloga clínica com
abordagem junguiana
Quando não nos sentimos capazes é como se algo nos impedisse de irmos adiante. Quando insistimos em agradar... e ainda assim somos maltratados, abandonados, quando amamos mais ao outro do que a nós mesmos, na verdade está faltando autoestima. Muito se fala sobre autoestima, mas geralmente as pessoas confundem autoestima com falsos valores. Como há muita confusão sobre o tema, vamos refletir sobre alguns mitos e verdades sobre autoestima, que é acima de tudo você ter consciência de seu próprio valor.
1. Cuidar da aparência, ir à academia, cabeleireiro, comprar roupas, quer dizer que minha autoestima está elevada.

Mito: Cuidar de si nem sempre quer dizer autoestima elevada. Assim como cirurgias plásticas, casamento, trabalho, dinheiro, carro, nada disso cria autoestima. Muito pelo contrário, quem precisa disso para ter valor, na verdade só quer ser aceito por uma sociedade e uma mídia que “vendem” o que deseja que seja comprado. A pessoa que busca tudo isso pode querer compensar algo que não sente ter internamente. Mas gostar de si, se aceitar e se cuidar é um passo importante na conquista de uma autoestima elevada, mas não a determina.
2. Autoestima elevada é o mesmo que vaidade.

Mito: Definitivamente não! Mas é comum as pessoas confundirem. Nem sempre quem cuida de sua imagem pessoal está com autoestima elevada. É uma ilusão acreditar que buscar fora pode elevar a autoestima de uma pessoa. Autostima é algo que vem de dentro e não de fora.
3. Mostrar-se superior aos outros é sinal de autoestima elevada.

Mito: Arrogância, querer ser superior ao outro é apenas uma maneira de diminuir o outro para se elevar, porque na verdade se sente inferior. Quem tem consciência de seu valor é acima de tudo humilde.
4. A dependência é uma característica da autoestima baixa.

Verdade: Quem sente ter recebido pouco amor na infância, enfrenta muitos vazios e carências. Passa a buscar preencher o vazio através da relação afetiva. Confunde carência com amor, e a carência leva à dependência. A independência é uma virtude da autoestima.
5. Quem se mostra sempre alegre, seguro, confiante, está com autoestima elevada.

Mito: Nem sempre. Quando a pessoa transmite segurança, valorização excessiva de si mesma, está sempre brincando, querendo ajudar, nem sempre corresponde à verdade. No fundo, pode esconder uma pessoa também sem amor-próprio, só que busca o reconhecimento e amor por outros caminhos. Pode transmitir uma imagem de total segurança, mas na verdade está apenas querendo ocultar uma autoestima bem frágil.
6. Autoestima não muda, uma pessoa que está com baixa autoestima não pode fazer nada.

Mito: Autoestima oscila de acordo com as situações que vivenciamos. Por exemplo, se há uma situação de perda, seja de um trabalho ou de uma pessoa, a tendência é a autoestima ficar baixa. Autoestima é sempre uma questão de grau. Todos podem elevar sua autoestima.
7. Amar mais o outro que a si mesmo está relacionado com baixa autoestima.

Verdade: A falta de amor-próprio é sinal de muita carência, é a necessidade de amor, principalmente o amor por si mesmo. A autoestima, juntamente com o amor-próprio é a base para o ser humano.
8. A inveja pode ser um sinal de autoestima baixa.

Verdade: A inveja é uma das emoções mais primitivas. É o desejo em ter o que não lhe pertence, querer o que é do outro, ou ser o que o outro é. Há uma tendência a supervalorizar o outro com tudo que ele tem e desvalorizar o que se tem. A inveja geralmente surge do sentimento de sentir-se incapaz e inferior, percebendo o outro como tendo todos os atributos que acredita não ter. O pensamento de quem sente inveja, ainda que seja inconsciente é: “o outro é capaz de conseguir, eu não sou”.
9. Autoconhecimento eleva a autoestima.

Verdade: Autoestima está totalmente relacionada com autoconhecimento. Quanto mais você obtê-lo mais conseguirá elevar a sua!
10. Autoestima elevada depende do reconhecimento e aprovação de outras pessoas.

Mito: Qualquer tipo de dependência é sinal de baixa autoestima, pois quanto mais dependemos do outro, seja na busca de reconhecimento e/ou aprovação, mais estamos valorizando a opinião de outras pessoas, nos permitindo ser manipulados, e mais vulneráveis e fragilizados nos tornamos. Quanto mais reconhecimento e aprovação buscamos, mais nossa autoestima estará baixa. O importante é o reconhecimento, não de outros, mas principalmente de nós mesmos. Mas nem sempre as pessoas conseguem reconhecer os próprios méritos, pois desde pequenos somos incentivados a valorizar o que o outro fez, nunca o que fizemos; supervalorizamos o outro na mesma medida que nos desvalorizamos.





sexta-feira, 25 de novembro de 2011

POR CAUSA DA CRISE NA GRÉCIA

Recebi este texto pela internet, achei-o bem humorado , crítico e irônico, e não vou perder a oportunidade de enviar a meus inteligentes leitores. Aproveito para agradecer a uma das leitores que me enviou. Fiz alguns complementos.

POR CAUSA DA CRISE NA GRÉCIA:
1.     “Hércules é demitido dos seus 12 trabalhos e procura bico como segurança na casa de tolerância de Vênus
2.     “Afrodite foi rodar bolsinha na esquina”
3.     “Hades começa a vender suco de soja”
4.     “Atenas entra em liquidação e muda seu nome para Apenas”
5.     “Platão, de tanto andar com Sócrates, agora está na fila para transplante de fígado”
6.     “Sem dinheiro para pagar uma diarista e nem os ônus trabalhistas, Zeus muda o nome de seu lar de “Olimpo” para “Ossujo
7.     “Multidão na Acrópole protesta para que Aquiles trate seu calcanhar no SUS”
8.     “Medusa de dia faz bico na ala das cobras em zoológico e à noite transforma pessoas em pedras e vai vender na Cracolândia”
9.     “A Acrópole é vendida e em seu lugar é inaugurada uma Igreja Universal do Reino de Zeus
10.    “Asclépio (deus da medicina) decide suspender o atendimento aos planos de saúde”
11.    “A deusa Atena é vista trabalhando como garçonete em lanchonete da rede McDonald nos EUA e se torna colega da Gretchen”
12.    “Narciso vende seus espelhos para pagar dívida do cheque especial”

13.  "Pandora montou uma pequena empresa para produção de caixas de embalagem"
14.    “Zeus vende o trono pro José Sarney, que, como sempre, vai pagar com o dinheiro público.”

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Melhorando a saúde com o Cérebro

O texto a seguir, eu o pincei num artigo sobre Cérebro. Como é uma visão otimista para nós, vale a pena ler.

MELHORANDO A SAUDE COM NOVOS NEURÔNIOS.

Durante décadas foi senso comum acreditar que os neurônios, as principais células que compõem o cérebro, eram apenas produzidos durante a gestação e no começo da infância, e só. De acordo com este dogma, havia pouca esperança de se repor os neurônios perdidos pelo envelhecimento, por acidentes ou por doenças.
Há quase 20 anos foi descoberto que o cérebro adulto continua a produzir novos neurônios ao longo da vida – fenômeno chamado de neurogênese. Já havia relatos de neurogênese especialmente em aves, mas a demonstração de que isso ocorria em humanos revolucionou as neurociências, provocando uma mudança de paradigma. Atualmente, há indícios de que os neurônios continuam a se formar mesmo em idosos afetados por doenças degenerativas do cérebro, como o Alzheimer.
Diversos estudos têm sido publicados ultimamente, cobrindo desde o papel que os neurônios recém-nascidos podem ter na formação da memória, até as diversas atividades que podem alterar sua produção. Então, com base nessas últimas evidências, como podemos aumentar a produção de neurônios e como isso pode melhorar a saúde?
A produção de neurônios não ocorre de forma constante, sendo influenciada por uma série de fatores ambientais distintos. Por exemplo, o consumo de álcool tem mostrado que retarda a produção de novas células nervosas. Por outro lado, ela pode ser estimulada através de exercícios físicos. Foi demonstrado que camundongos que faziam exercícios produziam o dobro de neurônios do que os sedentários.
Mesmo utilizando de artifícios para produzir mais neurônios, não significa que os mesmos estarão disponíveis. A maioria deles morre em poucas semanas, como geralmente ocorre com outras células do nosso corpo. Porém, pesquisas com camundongos têm demonstrado que se os animais forem desafiados cognitivamente, essas células nervosas vão sobreviver. É como se o cérebro fabricasse novos neurônios para a eventualidade de precisar deles.
O interessante é que as pesquisas indicam que quanto mais difícil for a tarefa a ser realizada, maior a quantidade de neurônios que sobreviverão. Também indicam que é o processo de aprendizagem, e não apenas o desafio, que garantem essa sobrevivência. Então, se não houver o aprendizado, o desafio será em vão. Além disso, quanto mais tempo demorar para o aprendizado ocorrer, mais neurônios serão retidos, o que aparentemente significou um maior esforço.
A maioria das pesquisas é desenvolvida com animais de laboratório. Então, o que aconteceria com um ser humano se ele parasse de produzir novos neurônios no hipocampo? A medicina moderna, infelizmente, nos oferece uma população de “cobaias” prontas: pessoas que estão fazendo tratamento de quimioterapia. A quimioterapia afeta o processo de divisão celular necessário para a geração de novas células. Portanto, não deve ser coincidência que pacientes sob tratamento quimioterápico geralmente reclamam de dificuldade de aprendizagem e memória, uma síndrome também conhecida como “quimiocérebro”.
Podemos resumir essas principais descobertas em alguns conceitos simples:
•    Milhares de novos neurônios são produzidos no cérebro adulto todo dia, particularmente numa região chamada de hipocampo que afeta os processos de aprendizado e memória.
•    Em poucas semanas, a maior parte desses novos neurônios morrerá, a não ser que o cérebro seja desafiado a aprender algo novo. O aprendizado efetivo, especialmente o que requer um grande esforço, pode manter esses novos neurônios vivos.
•    Apesar dos novos neurônios não serem essenciais para boa parte da aprendizagem, a sua falta pode afetar o processo de aprendizagem e a memória. Portanto, estimular a neurogênese, pode auxiliar na redução do declínio cognitivo e manter o cérebro em forma.
Então, comece já a se engajar em atividades que estimulam a produção de neurônios, como exercícios físicos, e em atividades que desafiem seu cérebro e resultem em aprendizado, garantindo a sobrevivência desses neurônios, como o estudo formal ou os exercícios do Cérebro Melhor. Desta forma, você aumenta as suas reservas cerebrais e fica mais resistente ao declínio cognitivo e a doenças neurodegenerativas. Como os neurônios continuam a se multiplicar até o final da vida, nunca é tarde demais para começar a formar essa reserva. E, também nunca é cedo demais para começar, pois terá mais tempo de formar uma reserva maior.





sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Um Poema de Pablo Neruda.

Um Poema de Pablo Neruda.

Recebi este poema, atribuído a Pablo Neruda. Gostei. Além da beleza dos versos, o significado que pode ter para nós. Em um de seus “Contos Peregrinos”, Gabriel Garcia Marques narra seu encontro com Neruda numa mesa de refeição: o poeta não se furtava ao prazer da mesa. Muito pelo contrário.
Morre lentamente quem não viaja
Quem não lê, quem não houve música
Quem destrói o seu amor próprio
Quem não se deixa ajudar
Morre lentamente quem se transforma escravo do hàbito
Repetindo todos os dias o mesmo trajeto
Quem não muda as marcas no supermercado,
Não arrisca vestir uma cor nova
Não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão
Quem prefere o “preto no branco” e os “pontos nos is”
A um turbilhão de emoções indomáveis
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho
Quem não se permite, uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
  Chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo
Não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo
Exige um esforço muito maior do que o simples Fato de respirar.
Estejamos vivos, então!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Inversão de Papéis

A Secretaria da Mulher do Governo Dilma criou uma boa celeuma recentemente ao tentar - despoticamente, viés característico do partido no poder - proibir uma propaganda com Gisele Buntchen.Voltou atrás. Isto me deu a chance de buscar em meus alfarrábios algo escrito há dezenas de anos.Eis o artigo/comentário:

Inversão de Papéis


            As mulheres, de há algum tempo para cá, muito justa e sabiamente estão reclamando um direito que lhes pertence: o de serem tratadas como seres humanos. Realmente, pelo que se tem visto nas sociedades capitalistas e patriarcais, o papel da mulher tem sido relegado a um segundo plano ou mesmo visto como objeto de cama e mesa. E adorno também. Os tempos estão mudando e o movimento pela libertação da mulher – ao lado do movimento de libertação de outras melhorias étnicas, religiosas e sexuais (no caso de gay people) – se alastrou pelo mundo todo. Como todo movimento, teve seus extremismos, por exemplo, Betty Friedman e algumas líderes feministas pagas pela Cia para conturbar a revolução de Khomeini, acusando-o de porco chauvinista e assassino. Talvez o seja (não duvido), mas onde estavam as líderes feministas para reclamar polícia política do Xá, a terrível Savak? A coerência (ou a busca da mesma) acima de tudo.
            Aqui também no Brasil alguns passos foram dados neste sentido. Veja por exemplo a psicóloga e sexóloga Shere Hite que acabou tendo proibido o seu relatório entre nós. Ou mesmo na televisão, com a famosa rede Plim Plim apresentando um supostamente programa feminino ou feminista: Malu-Mulher, em que temas tabus, como aborto e pílula, são abordados. Não levando em conta a própria mensagem do programa: o desquite visto pelo lado da mulher. Telespectador viciado, acabei me deparando com algumas cenas televisivas que me deixam pensativo e pensando na modificação profunda que pode ter nas pessoas a inversão de papéis. Vejamos, os exemplos.
            Escondido em todo o coração de mulher está o sentimento materno. (Também o homem poderia, em tese, ter tal sentimento: dar uma de maternal em cima dos outros; porém como o chauvinismo e o machismo trabalham contra o próprio homem, tal sentimento é proibido). Então o que se deve fazer uma agência de propaganda para atingir a dona de casa num assunto que lhe diz respeito, a limpeza? Coloca um jovem, magro, todo frágil e desajeitado para vender sabão, detergente e outras coisas mais, justamente para despertar aquele sentimento de piedade nas mulheres. Pode-se dar ao luxo sádico de rir do “garoto”, quando ele escorrega o cotovelo e quase cai.
            Num outro comercial vemos um homem forte, destes que não titubearíamos em chamar de machão, tipo Mister Universo, varrendo com todo gosto uma copa-cozinha e falando da importância do detergente que ele usa. A mulher, creio que pintando as unhas (ainda o ranço preconceituoso – ela poderia, por exemplo estar trabalhando),  diz com uma voz fresca e estúpida: ele é tão forte!
            Uma agência de publicidade teve seu anúncio muito criticado por setores mais tradicionais da sociedade: era a do leite fresco. Um homem bem vestido, seguro de si, acaba desmunhecando no fim, quando descobre que as vozes (maioria feminina) chamam de “fresco” não a ele, mas ao leite. Enfim, o homem é fresco.
            Uma linda jovem loura (agora é o preconceito com as morenas: mulher tem que ser nórdica) é paquerada (de novo) quando  ele está vendo umas roupas penduradas num cabide bem alto e comprido. Ela sorri, sorri (compreensivamente? estupidamente? em conluio?) e quando aparece toda no vídeo tem ao seu lado um homem feio, careca, baixo e de óculos. O outro engole em seco.
            E finalmente, outra preciosidade do vídeo. Um outro garoto propaganda, jovem, magro, delicado, feio (com um queixo de fazer inveja a um jumento) e de voz horrorosa fala maquinalmente sobre as qualidades de um aspirador de pó. Fala delicadamente e no fim (seria para recompensar o bonequinho? o pobrezinho?) vem uma mulher (loura pra variar) e vupt pega-o no colo e o leva, ele satisfeito da vida.
            Não diria que “há algo de podre no Reino da Dinamarca”, mas que os valores estão sendo contestados e sem qualquer perspectiva de como substituí-los e que uma inversão pura e sistemática dos papéis pode confundir muito “carinha"  por aí, ah, isto eu digo.

Mário Cleber Silva
16/09/1979. 


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

AMOR DEMAIS

O AMOR NUNCA É DEMAIS?

Recentemente uma mãe de dois filhos adolescentes e de uma criança me procurou perguntando se amar DEMAIS os filhos seria um problema. Além de procurar saber o que era amar os filhos e o que ela entendia por “demais”, descobri que ela andava estressada com o assunto e que, de uma forma ou de outra, ela os estressava também. Começamos a falar então de que o conceito de mãe, além de ser maleável e cultural, tinha que se adaptar aos novos tempos. No século XXI, uma mãe com conceitos da primeira metade do século XX seria conflito na certa.
É sabido que um ambiente amoroso e recheado de afetividade tem seu reflexo biológico no aumento da funcionalidade do sistema imunológico, o que permite uma vida física de maior qualidade. No entanto, a natureza não deixa passar em branco nenhum tipo de excesso, portanto, façamos uma analogia entre o amor e a água.
Dando água na medida certa para uma pessoa, você assegurará condições ideais de hidratação e saúde a ela. Se der de menos, ela ficará desidratada. E demais, ainda que movido pelo belo sentimento do amor, vai matar esta pessoa.
Muitas pessoas confundem o que poderíamos chamar de doação de amor incondicional, com doação fora do controle.
Quantas vezes você já ouviu noticias falando de pessoas que mataram por amor, mutilaram por amor? Quantas pessoas vocês conhecem aprisionadas em relacionamentos doentios por que um deles, por amor, sufoca, tira o ar, mata o próprio amor?
Pois é, assim ocorre também nas relações entre pais e filhos. Vemos pais que amam de menos, vemos pais que amam demais. E por mais estranho que pareça, os que amam demais acabam causando mais mal do que os que amam de menos. Pela falta, o organismo acaba tendo que buscar meios de suprir sua carência, o que pode impulsionar o crescimento, certamente que um crescimento dolorido, mas crescimento.
O amor na medida certa dá ao organismo das crianças, tanto física quanto psiquicamente, todo suporte para o crescimento adequado, como uma planta que recebe a terra e a água na medida certa, e cresce, desenvolve, floresce e dá frutos.
O amor em excesso, inibe o crescimento, causa o ostracismo e a falta de iniciativa para a busca, pois aparentemente as suas necessidades estão atendidas. Assim, teremos a semente  que morre antes de florescer porque a água ajudou a apodrecer a terra antes que a natureza pudesse fazer seu papel.
Portanto, amor incondicional é aquele que você dá sem colocar condições, e sem fazer cobranças, e isso não tem nada a ver com a medida do amor. E diga-se de passagem dificílimo de acontecer, pois estamos acostumados a cobrar o amor que damos.
A pergunta que se deveria fazer não é se dou amor demais ou de menos, mas se meu amor é incondicional ou não. É preciso praticar este amor incondicional.










segunda-feira, 7 de novembro de 2011

GASTAMOS MAIS QUANDO RELAXADOS

O final do ano está aí, as comemorações natalinas neste mundo capitalista vêm com tudo, o décimo terceiro é como o Papai Noel: sempre chega em Dezembro. Como evitar gastar mais do que o necessário? Bem, quem sabe este texto pode ajudar os meus leitores.

POR QUE GASTAMOS MAIS QUANDO ESTAMOS RELAXADOS?

Um cassino é tipicamente um lugar intencionalmente desconfortável. O teto é baixo, a luz é fraca e a poluição visual e sonora impera. Não há nem relógios visíveis para os apostadores perderem a noção do tempo. Uma verdadeira armadilha para tomar dinheiro.
Na última década, entretanto, os cassinos de ponta passaram por uma mudança dramática de conceito. Os espaços tornaram-se amplos, projetados para serem agradáveis, com decoração de bom gosto e repletos de flores. E essa mudança teve um efeito profundo nas receitas, proporcionando recordes de faturamento para os cassinos que adotaram esse novo conceito.
Esses cassinos descobriram empiricamente há algum tempo o que só recentemente um estudo conduzido por americanos e asiáticos acabou comprovando – pessoas que estão relaxadas gastam muito mais livremente do que aquelas que não estão muito à vontade.
Os pesquisadores induziram as mais de 670 pessoas avaliadas a determinados estados emocionais utilizando uma variedade de estímulos visuais e sonoros cuidadosamente escolhidos. Depois de serem induzidas a uma condição “relaxada” ou a uma “menos relaxada, mas igualmente agradável”, as pessoas foram solicitadas a avaliar o valor monetário de diversos produtos.
Em todos os seis experimentos conduzidos, as pessoas que se sentiam mais relaxadas atribuíam valores monetários mais elevados, ou seja, gastavam mais dinheiro. Num dos experimentos, as pessoas tinham que fazer ofertas para uma câmera digital através de um leilão simulado. Enquanto as que não estavam relaxadas fizeram ofertas que se aproximavam do valor de mercado da câmera, as que estavam relaxadas fizeram ofertas que, na média, eram 11% mais altas.
E isso não ocorria somente com câmeras. O mesmo efeito foi observado numa ampla variedade de produtos e serviços, de sorvetes a tratamentos de beleza. O sentimento de relaxamento até aumentou a vontade de experimentar atividades de risco, como saltar de bungee jump.
Por que o relaxamento nos torna mais propensos a gastar? É que quando nos sentimos seguros, somos mais capazes de concentrar nossa atenção em todas as potenciais recompensas em jogo. Ao invés de nos preocuparmos com o preço, contemplamos as vantagens de termos uma câmera sofisticada ou a emoção de cair em queda livre. Como os psicólogos demonstraram , as pessoas que estavam mais relaxadas representavam o valor dos produtos com um grau mais elevado de abstração, aumentando assim a percepção de valor desses produtos.
O mesmo conceito adotado pelos novos cassinos, enfatizando a importância do relaxamento, já vem sendo adotado por diversos outros tipos de estabelecimentos, desde hotéis a shopping centers. Lojas de luxo há tempos utilizam uma estética relaxante para fazer seus consumidores menos sensíveis aos preços extravagantes. Como resultado, acabam se preocupando menos com a fortuna paga por uma bolsa Luis Vuitton ou um relógio Rolex, e mais com as virtudes abstratas da marca.
Esse estudo nos faz pensar que pode ser uma má ideia ir às compras quando estamos de férias...
(Descobri que eu vivo tenso...)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

SEXALESCENTES: O que é isto?

Sou um sujeito de sorte. Amigos internautas de vez em quando me enviam textos que posso aproveitar no blog. Este de hoje enfoca curiosamente o meu caso: as pessoas que ultrapassaram os 60 anos. Leiam, e aqueles que ainda não chegaram lá se alegrem: o seu futuro vai ser ótimo.



SEXALESCENTES

  

Se estivermos atentos, podemos notar que está a aparecer uma nova classe social: a das pessoas que andam à volta dos sessenta anos de idade, os sexalescentes : é a geração que rejeita a palavra "sexagenário", porque simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer.

Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica - parecida com a que, em meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se.

Este novo grupo humano que hoje ronda os sessenta teve uma vidarazoavelmente satisfatória.

São homens e mulheres independentes que trabalham há muitos anos e queconseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram durantedécadas ao conceito de trabalho. Que procuraram e encontraram há muito aatividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida.

Talvez seja por isso que se sentem realizados... Alguns nem sonham emaposentar-se. E os que já o fizeram gozam plenamente cada dia sem medo doócio ou da solidão, crescem por dentro quer num, quer na outra. Desfrutam a situação, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, preocupações, fracassos e sucessos, sabe bem olhar para o mar sem pensar em mais nada, ou seguir o vôo de um pássaro da janela de um 5.º andar...

Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quandoas suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar.

Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de poder que lhe deu o feminismo dos anos 60. Naqueles momentos da sua juventude em que eram tantas as mudanças, parou e refletiu sobre o que na realidade queria. Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre
tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas... Mas cada uma fez o que quis : reconheçamos que não foi fácil, e no entanto continuam a faze-lo todos os dias.

Algumas coisas foram adquiridas.

Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos "sessenta", homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe (e vêem-se), e até se esquecem do velho telefone para contatar os amigos - mandam e-mails com as suas notícias, idéias e vivências.

De uma maneira geral estão satisfeitos com o seu estado civil e quando não estão, não se conformam e procuram muda-lo. Raramente se desfazem em prantos sentimentais.

Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos. Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte para outra...

Os maiores partilham a devoção pela juventude e as suas formas superlativas, quase insolentes de beleza ; mas não se sentem em retirada. Competem de outra forma, cultivam o seu próprio estilo... Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do esporte, ou dos que ostentam um Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de um modelo. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência.

Hoje, as pessoas na década dos s essenta, como tem sido seu costume ao longo da sua vida, estão a estrear uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos e agora já não o são. Hoje estão de boa saúde, física e mental, recordam a juventude mas sem nostalgias tolas, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas. Celebram o sol em cada manhã e sorriem para si próprios...

Talvez por alguma secreta razão que só sabem e saberão os que chegam aos 60 no século XXI ...

Tita Teixeira